Capítulo 24

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                   Erick | Russo
                  Maratona 3/4

Olhava para a cara daquele puto pensando em o que fazer, caralho 19 anos, 19 anos esperando por isso, esperando por achar a minha filha, 19 anos me culpando por ter deixado levarem ela de mim, se eu não tivesse me descuidado, ela teria crescido comigo, com a mãe dela, e agora com as irmãs dela, à 3 anos atrás me permitir a ter filhos, porque na minha mente do caralho eu pensava que se eu tivesse filhos, iria acontecer a mesma coisa e quando eu achasse a minha cria, ela iria pensar que eu não procurei por ela e só seguir a vida, mas esse caralho não foi assim.

Tenho mais 2 pivetas, gêmeas de 3 anos, Minhas Bias, Beatriz e Bianca, elas são a minha fortaleza pô.

__ eu quero conhecer ela - falei depois de um tempo.

Th : e se não for ela pô? Só vai endoidar a nega mais ainda, ela já sofreu pra caraí pô - falou cheio de marra e eu neguei.

__ eu sinto pô, tô sentindo que é ela, me leva lá como quem não quer nada e eu vejo o que faço depois - falei e ele assentiu, levantou e eu levantei junto com o mano Perigo.

Enquanto saímos da boca, eu pensava o que iria fazer, como iria contar pra ela e como ia falar para minha dona que a nosss filha ta de volta, caralho eu esperei por 19 anos, porra.

Perigo : ta nervoso sogrão? - olhei pra ele de braços cruzados e ele riu levantando as mãos em rendição - se for mesmo esse bagulho, somos família pô, minha mulher - falou cheio de marra e eu dei um soquinho no braço dele e ele riu, depois de um tempo chegamos e eu travei, caralho nem tava parecendo o dono de uma facção, tava parecendo um bobão cheio de medo na porra do bagulho, puta que pariu.

Th : colfoi caralho, travou?

Olhei pra ele com ódio e ele riu, entrando na tal casa e eu entrei também.

__ caralho Th, já é a segunda vez que eu digo, EXISTE PORTA - gritou a última parte e ele riu abraçando ela que empurrou ele rindo também e travadão na porra do bagulho, eu tenho certeza pô, é minha alina, ta grandona, mudada pá Caraí, mas o rosto ainda é igual o da minha dona, é ela.

Ela olhou pra mim sem entender, talvez porque eu estava lá e eu resolvi falar de uma vez, não tem pra que enrolar, ela tava ali na minha frente.

__ eae pô, sou teu pai - joguei fazendo o Perigo olhar pra mim no ódio e o Th abrir maior olhão, enquanto ela me olhava sem entender nada.

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Beatriz e Bianca 3 anos

Imaginem o Russo e Luana como quiserem🙏

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora