Capítulo 36

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Hugo | Perigo 👻
1 mês depois

Subia o morro com a Estela no braço com vários pensamentos na mente, tô cansadão papo reto, esse mês foi puxado para um caralho, acabou que eu assumi a Estela sozinho no bagulho mesmo e foi só responsabilidade no peito do pai, faz um mês também que não vejo a outra e nem faço questão, ela escolheu assim pô, posso ter sido um pouco emocionado em ter envolvido os pivetes, mas agora já era também.

Jurei para mim mesmo que não ia voltar atrás na minha palavra mas a saudade do meu pivete tava fudida no peito, a Estela também, chama pela mãe dela direto, o foda é que criança se acostuma irmão e papo que nem foi muito dias pra ela ta assim, só foi a porra de dois dias e a garota se acostumou valendo, no primeiro dia que voltei da casa do Russo, fui direto para o abrigo deixar ela lá, a garota tava dormindo e eu deixei ela lá, mas foi só eu chegar na porta de casa que a menina que fica lá me ligou desesperada dizendo que ela não parava de gritar e chorar pedindo por mim e eu não entendi valendo, a garota tinha me conhecido a dois dias atrás e já estava assim, mas quando rola o papo de conexão é foda né, e tudo que ela passou, quando encontrei ela e dei tudo de mim pra ver ela bem e feliz, acabou que tanto ela quanto eu se apegou e ai a garotinha não desgrudou mais.

__ coe tia, ela vai ficar aqui hoje viu, papo de invasão, quero ficar na ativa e com ela não dar - falei quando entrei no abrigo vendo as crianças tudo sentada assistindo na sala.

Paula : você sabe que ela não fica Hugo, pela fé - a mãe do Thalles falou e eu rir negando.

__ vai ficar quetinha hoje com a tia hein, papai tem que trabalhar cara - falei com ela que fez bico. - para de graça Estela, jaja eu volto e trago chocolate, pode ser?

Estela : ximmm papai - bateu palmas e eu entreguei ela a tia Paula, me despedi das duas e fui em direção a boca, vendo o Russo e Thalles lá, fazia um mês que não via o Russo e o Thalles tava boladão comigo por conta que eu proibir a outra de subir o morro, já disse ela quem quis assim.

__ qual a boa?

Russo : minha filha quer pegar algumas coisas que tem na casa dela aqui, e eu vim na maior boa vontade falar contigo namoral filho da puta - falou tentando ser calmo mas já tava puto o que me fez rir mas fechar a cara com ódio.

__ Thalles pega e leva pra ela na entrada do morro.

Th : coe filho da puta, deixa de marra, ta doidinho pra ver o pivete, aproveita e deixa ela entrar e vai lá ver ele e leva a garotinha pra ela ver, dois maluco da cabeça - fiz cara feia pra ele mas fiquei com a idéia na mente, se pá tava na hora desse bagulho acontecer mesmo, não vou atrás dela e sim do meu pivete, que a saudade tava de matar.

__ duas horas para ela pegar as coisas e meter o pé, vou pensar se levo a Estela lá, agora vaza daqui os dois caralho.

Thalles deu uma tapa na minha cabeça e saiu, olhei para o Russo na minha frente de braços cruzados e cruzei os meus também.

Russo : tua marra comigo não funciona filho da puta, vai ficar nessa até quando?

__ ela que quis assim Russo - virei a cara pra ele e só ouvir a porta batendo xinguei ele mandando ele quebrar essa porra e rir quando ele mandou eu tomar no meu cu, filho da puta chatão.

Enrolei ali um pouquinho, fumei um back manerinho e fui em direção ao abrigo para pegar minha filha e até esqueci o chocolate dela, o tanto que essa garota vai surtar no bagulho por conta disso.

Paula : foi rápido mesmo hein - falou assim que eu entrei e eu rir.

__ a mãe dela quer ver ela, vou aproveitar que tô de bom humor e vou levar, ver meu pivetinho também - falei pegando ela no colo que já foi se abrindo quando ouviu a palavra mãe.

Estela : mamain, mamain - falou batendo palmas, como se soubesse que ia ver a feiosa.

__ parou de graça hein, tenho que ser o favorito cara - beijei o pescoço dela que sorriu se encolhendo.

Paula : Graças a Deus vocês resolveu acabar com essa palhaçada, as crianças que estavam sofrendo com isso - nem rendi assunto só sair agradecendo por ela ter ficado com minha cria e ela disse que queria falar comigo depois sobre o abrigo.

Eu também tava tendo umas idéias massas sobre isso, até porque não queria ficar só em uma casa pequena, queria expandir e queria colocar as crianças para adoção, queria que tivessem uma chance de ter uma família como eu tive e não esperar até ficar um pouco maior e entrar para o tráfico, isso aqui não é destino para ninguém.

Olhei a porta da casa que ela morava aberta e respirei fundo, depois de um mês inteiro sem se ver, eu vou ver ela de novo e não tava pronto pra esse bagulho não, mas meus filhos precisava disso, entrei na casa ouvindo vozes.

Estela : mamainnn - gritou toda escandâlosa e eu vi a outra virar, toda gatinha olhando na nossa direção, coloquei ela no chão e ela correu em direção a ela, pegou ela no colo com lágrimas nos olhos e cheirou ela toda abraçando.

Luna : que saudade meu amor - beijou o pescoço dela. - oii Hugo - falou comigo e eu só acenei com a cabeça pra ela, louco pra perguntar do meu pivete. - o Jota tá no quarto jogando, pode ir lá se quiser - assenti e nem demorei só fui quase correndo até lá.

__ eae pivetinho - falei vendo ele todo entertido no celular.

Jota : papaaaai - gritou e pulou em cima de mim. - pensei que não ia ver você nunca mais, não faz mais ixxo pai, eu acho que não sei viver sem voxe - falou todo errado e eu não segurei as lágrimas, caralho o pivetinho me desmontava por inteiro, moleque filho da puta.

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Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora