𝐄𝐒𝐓𝐑𝐄𝐋𝐀𝐒 𝐂𝐀𝐃𝐄𝐍𝐓𝐄𝐒 | Todos conheciam a tradição quase infantil de fazer pedidos a estrelas cadentes, essa foi uma cultura que não se perdeu mesmo 97 anos depois de um apocalipse nuclear.
Quando Clarke perguntou a ele sobre isso, Bell...
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𝙿𝙾́𝙻𝙸𝚂
Lyra não se lembra muito bem de como se sentiu quando o pai morreu. Ela tinha 6 anos quando o homem foi executado por esconder duas filhas natblidas, ela era nova demais pra entender o que realmente estava acontecendo alí. Lexa não a deixou olhar na direção do pai, e Cygnus Kom Trikru não gritou enquanto o cortavam até a morte por traição. Quando tudo acabou, ela pôde ver o sangue do pai por todo o chão, mas não teve o movimento de olhar para o corpo, os soldados apenas colocaram ela e a irmã em um cavalo e partiram para Pólis, de onde elas não saíram por muito tempo.
Quando Costia morreu, as coisas foram completamente diferentes, ela tinha 16 e, depois de meses de tortura, ela foi obrigada a assistir enquanto a mulher tinha a cabeça cortada. Seus braços ficaram roxos com a força que Roan a segurava, e ela se lembra de gritar, muito, até perder a voz. Lyra se lembrava exatamente da sensação de fracasso e vazio que assolou seu peito quando tudo acabou. Era como se ela tivesse perdido o rumo, uma parte de si.
Tanto Cygnus quanto Costia eram assuntos proibidos em Pólis. Seus nomes não eram mencionados em hipótese nenhuma, principalmente para Lexa. Nos últimos anos, a mulher falava muito sobre sua morte, sobre o que aconteceria quando sua hora chegasse, mas Lyra nunca tinha pensado de fato em como seria perder a irmã.
Era uma possibilidade assombrosa.
Quando ela entrou na sala para conversar com a comandante, depois de ver Clarke cruzando os corredores furiosa, viu Lexa sentada em seu trono, com uma plenitude estonteante. Ela iria entrar num duelo que podia custar sua vida e não parecia nem um pouco preocupada.
— Você não pode fazer isso. — A mais nova declarou sem rodeios. — É uma armadilha, e você vai caminhar direto pra ela.
Lexa suspirou, recostando-se no trono.
— O duelo é necessário. Faz parte do que sou. Do que nós somos. Eu não posso simplesmente recusar.
— Não se trata de honra, Lexa, se trata de sobrevivência! — Lyra exclamou, sua voz carregada de desespero. — Ela quer sua cabeça, quer te tirar do caminho. Você sabe disso.
— Não estou planejando morrer, Lyra. — Lexa respondeu calmamente. Seu tom era sereno, mas com a firmeza de quem já aceitou seu destino, qualquer que fosse.
— Você sempre fala como se tivesse feito as pazes com isso, como se fosse inevitável, mas não é! — Lyra começou a caminhar de um lado para o outro, as mãos trêmulas. — Você é a comandante, qualquer um poderia ser seu campeão, eu poderia ser sua campeã se você permitisse. Não precisa aceitar o desafio! Não precisa...