Capítulo 07 | Sensações e emoções.

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Toda sensação de cansaço, deixando a moleza tomar conta de seu corpo, Amara não conseguia focar em seus pensamentos, muito menos se acalmar.

Ela não queria morrer dentro daquele banco, nem com aquelas pessoas, por mais que soubesse que aquela virose fosse passar logo.

Quando experimentamos experiências desagradáveis, na qual parece que nunca vai acabar, é totalmente natural querer estar nos lugares certos e com as pessoas certas.

- Droga, o que essa criatura tem? Justo agora só pra fuder com a porra do
plano! - Tokyo gritava ao nervos. - Nem com remédio ela melhorou. - A mulher caminhava de um lado para o outro repetidamente, enquanto roía sua unha.

- Ser incoerente não ajuda em nada em momentos como esse, então por favor saia daqui e deixa quem quer ajudar. - Berlim colocou sobre a testa da garota, um pequeno pano molhado com água gelada para resfriar o corpo dela.

Tokyo se retirou da sala batendo seus pés com raiva do homem, quase uma birra. Já Amara, tentava respirar de forma regulada, por mais que aquilo só a deixasse mais desregulada.

Nairóbi se aproximou e colocou sua mão sobre as bochechas dela, examinando sua temperatura corporal.

- Diz pra mim o que você tá sentindo. - Ela alisava o rosto da jovem, Amara estava suando e tendo arrepios de frio sobre seu corpo. Neste momento, a situação foi interrompida pelo toque do Telefone ecoando sobre a sala.

- Já volto. - Nairóbi correu até o telefone e o atendeu. Enquanto a mulher se distraia na conversa, Berlim levou seu rosto até o de Amara, deixando-os quase colados. Era possível sentirem a respiração um do outro.

- Eu vou cuidar de você até melhorar. - A garota esboçou um pequeno sorriso nos lábios, ela sentia a mão do homem sobre seu rosto de forma totalmente delicada e gentil.

- Fudeu, Berlim! - Nairóbi disse totalmente nervosa chamando a atenção para ela.

- O que aconteceu, Nairóbi? - Perguntou o homem ao se levantar e caminhar até ela. - O professor acabou de dizer pra gente se preparar porque os tiras tão lá na frente se preparando pra entrar! - A mulher passou a mão fortemente em sua cabeça, fazendo seus cabelos se bagunçarem para
trás. - Ele tentou negociar ou arrumar tempo, mas não querem saber, vão entrar mesmo assim.

- Seguinte, vai avisar o pessoal e preparem os reféns como a gente combinou. Eles não vão entrar, não
hoje. - Ele tinha sua mão sobre o ombro da mulher em sua frente.

- O que você vai fazer, Berlim? - Ela não fez questão de esconder sua preocupação com o cara, quão estava quase se matando horas atrás. - Não se preocupe, só faça o que eu mandei. - A mulher apenas acenou com a cabeça e se retirou com pressa.

- Amara, vamos? - A garota o olhou totalmente confusa e sonolenta, mal conseguia abrir os olhos ou raciocinar.

- Vamos pra onde, Berlim? - Ele não a respondeu, apenas a pegou, enquanto caminhava com pressa e a garota em seus braços.

Ele a levou para um cofre que foi arrombado por Dave e seu pai.

- Berlim, eu tô com calor, eu quero tirar esse macacão. - O homem a colocou sentada e largou seu fuzil ao lado dela no chão. Berlim abriu o macacão dela e o retirou com cuidado, deixando-a apenas de calcinha e sutiã.

- Toma um pouco de água. - Ele abrirá uma garrafa e levou até a boca da garota que quase devorou a garrafa de tanta sede. A água escorregava pelo corpo dela, trazendo alívio pelo calor que estará sentindo.

- Vai com calma. - Riu pelo nariz. - A água não vai fugir e posso te dar quantas garrafas quiser, mesmo que isso deixe os outros sem.

Amara enxugou a água da sua boca, com a parte de trás da sua mão direita. Ver ela daquele jeito, deixava Berlim um pouco envergonhado e mantendo poucos olhares para ela, principalmente por respeito.

Refém do amor | BerlínOnde histórias criam vida. Descubra agora