Kylian Mbappé

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Era uma noite típica em Paris, e o Parc des Princes estava lotado. A tensão do jogo estava no ar, mas tudo o que eu conseguia pensar era nela, SN.
Ela sempre estava lá, no mesmo lugar, sorrindo de forma radiante, acompanhando cada movimento meu em campo. Era o tipo de apoio que me deixava com confiança.

Hoje, porém, algo parecia estranho. Eu tinha marcado um gol há poucos minutos e, como sempre, procurei ela na arquibancada, esperando o sorriso animado que conhecia tão bem. Mas o que vi me deixou desconfortável.
Um homem, claramente um torcedor da equipa rival, estava perto dela, se inclinando demais, dizendo algo que não consegui compreender.
Mesmo de longe, dava pra perceber que SN estava desconfortável , tentando educadamente se afastar.
O sangue ferveu em minhas veias.

Pensei que talvez estivesse exagerando, então forcei minha concentração de volta ao jogo. Mas em cada momento que passava meus olhos voltavam para ela. O mesmo torcedor continuava lá, cada vez mais invasivo, e SN visivelmente desconfortável.

No intervalo, fui direto para o túnel, mas não conseguia parar de pensar no que estava acontecendo.
Será que ela estava bem? A ideia de alguém se aproximar dela de uma forma errada, principalmente quando eu não podia fazer nada, me irritava profundamente.

Quando o jogo finalmente terminou , com mais uma vitória, mas para mim era irrelevante naquele momento ,corri para encontrar a minha namorada.
Estava ofegante, ainda com a adrenalina do jogo no corpo, mas a preocupação sobre o que tinha visto me consumia.
Quando a encontrei, estava de pé, um pouco mais afastada da multidão, mexendo no telemóvel , com aquele ar tenso que eu já havia notado.

— SN, está tudo bem? — perguntei, a voz saindo mais rouca do que eu queria.

Ela levantou a cabeça rápido, e só de olhar em seus olhos percebi que algo realmente havia incomodado.

— Sim, está... — ela começou, mas hesitou. O jeito como evitava meu olhar me fez ter certeza de que ela estava tentando esconder algo.
Quer dizer, aquele cara... Ele estava sendo... estranho.

Meu peito apertou, e meu olhar se endureceu. Sem perceber, dei um passo mais perto, sentindo a necessidade de protegê-la de qualquer coisa.

— Ele disse algo que te deixou desconfortável? — perguntei, tentando controlar o tom de voz, mas o ciúme e a raiva já estavam presentes nas minhas palavras.

Ela suspirou e assentiu levemente, ainda evitando meus olhos.

— Nada demais, Kyky , só foi... meio invasivo, mas eu consegui lidar. — Sua voz era calma, mas eu não conseguia tirar da cabeça a ideia de alguém ter feito ela se sentir assim.

— Se eu soubesse, teria saído do campo na hora — falei, e percebi o quão sério eu estava. — Você sabe que ninguém tem o direito de te fazer sentir desconfortável, certo?

SN finalmente me olhou nos olhos, e o sorriso que deu, embora pequeno, era sincero.

— Eu sei, Kylian. Mas você estava jogando, eu não queria te preocupar tinhas que estar focado.

Eu balancei a cabeça, aproximando-me ainda mais, até que pudesse segurar sua mão.

— Minha prioridade é você, sempre será. — Minha voz saiu suave agora, mas carregada de seriedade. — Se alguma coisa te incomodar, eu vou estar lá, de qualquer jeito.

Ela sorriu, dessa vez de verdade, e eu senti o alívio me inundar. SN se aproximou e me beijou um beijo com tanto amor, e eu senti todo aquele amor e a segurança daquele momento.

Eu podia ser o jogador de futebol com todos os holofotes virados para mim, mas, no fim, era ela quem me fazia querer ser o melhor, dentro e fora de campo.

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