𝕬𝐌𝐎𝐑 𝕬𝐑𝐃𝐄𝐍𝐓𝐄 | Diziam que eram feitos do mesmo elemento, mas nunca poderiam ser iguais. Ambos eram fogo, mas enquanto um ardia com a intensidade de uma chama livre, imprevisível e selvagem, o outro consumia com a precisão meticulosa das b...
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━━━━━━━━━━━━━━━ 𝕬 𝖀𝐋𝐓𝐈𝐌𝐀 𝕮𝐇𝐀𝐌𝐀
— Eu falhei - Minha voz saiu em um sussurro dolorido — Eu vi sua vida se esvair de seus belos olhos e não pude fazer nada. Ela morreu em meus braços. - A raiva me consumia, e, enquanto levantava a cabeça, meus olhos se fixaram em Viserys. Ele parecia um homem destroçado, mas a fúria que queimava em meu peito era maior que qualquer compaixão.
— Aelyssia... - Sua voz era baixa e quebrada, como se ele mesmo tivesse dificuldade em acreditar no que havia acontecido — Eu... eu não sabia... - Uma risada amarga escapou dos meus lábios, cheia de uma dor que perfurava o silêncio ao nosso redor.
— Você não sabia? Achava mesmo que abrir o ventre dela, abrir até o útero, não acarretaria em morte, Viserys? - Minha voz ecoava, carregada de angústia e incredulidade. A tensão no ar era quase palpável.
Ele deu um passo hesitante em minha direção, mas eu recuei, incapaz de suportar a proximidade. Minhas mãos estavam trêmulas, ainda sentindo o peso da perda de Aemma. Eu estava à beira do abismo, e Viserys havia me empurrado para lá.
— Aelyssia... - Ele repetiu meu nome, como se pudesse amenizar a tragédia com palavras. Eu o interrompi, minha dor transformada em algo afiado e cortante.
— Não diga meu nome como se isso pudesse consertar algo. Como se ainda houvesse uma chance de salvá-la - Dei um passo para trás, afastando-me, criando uma distância segura entre nós — Você escolheu isso, Viserys! Escolheu pelo bem do reino, pelo seu maldito herdeiro. E, para isso, sacrificou ela. Ela era como uma irmã para mim, e eu jurei protegê-la. Você jurou protegê-la - As palavras saíram como uma acusação direta, perfurando o espaço ao nosso redor como espadas.
