𝕬𝐌𝐎𝐑 𝕬𝐑𝐃𝐄𝐍𝐓𝐄 | Diziam que eram feitos do mesmo elemento, mas nunca poderiam ser iguais. Ambos eram fogo, mas enquanto um ardia com a intensidade de uma chama livre, imprevisível e selvagem, o outro consumia com a precisão meticulosa das b...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
━━━━━━━━━━━━━━━ 𝕺 𝕽𝐄𝐓𝐎𝐑𝐍𝐎
Pov's Narradora
A escuridão havia envolvido Aelyssia por completo. Durante o que pareceu uma eternidade, tudo que sentiu foi o vazio, o peso esmagador de tudo que deixara para trás. Não havia som, luz ou dor apenas o nada absoluto. No fundo, talvez esperasse que fosse assim, uma morte silenciosa e solitária nas profundezas do mar.
Mas algo nela se recusava a ceder.
A consciência voltou lentamente, como se estivesse sendo puxada de volta à superfície de um sonho distante. O frio mordia sua pele, e uma dor lancinante latejava em seu ombro. O tempo era um borrão. Minutos? Horas? Quando abriu os olhos, viu o céu ainda nublado acima de si.
O mar a havia devolvido à vida.
A corrente a jogara em uma pequena praia rochosa. Suas roupas encharcadas pesavam sobre o corpo ferido, mas vivo. Com esforço, começou a se arrastar para fora da água. Cada movimento era doloroso, mas não parou. Algo pulsava dentro dela com intensidade uma fúria fria e implacável. Sangue escorria por seu braço, se misturando com o sal da água enquanto ela se erguia, os joelhos trêmulos. A determinação queimava em seu peito. Não havia terminado. Não ainda.
Aelyssia ouviu vozes ao longe. Passos apressados e o som de homens se movendo pela ilha. Não eram os seus. Soldados inimigos ainda patrulhavam a área. A cautela a manteve nas sombras enquanto os sons se afastavam. Não havia pressa em ser vista.
