𝕬𝐌𝐎𝐑 𝕬𝐑𝐃𝐄𝐍𝐓𝐄 | Diziam que eram feitos do mesmo elemento, mas nunca poderiam ser iguais. Ambos eram fogo, mas enquanto um ardia com a intensidade de uma chama livre, imprevisível e selvagem, o outro consumia com a precisão meticulosa das b...
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━━━━━━━━━━━━━━━ 𝕰𝐍𝐆𝐎𝐑𝐃𝐀 𝕮𝐀𝐑𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄𝐉𝐎
𝘔𝘢𝘯𝘩𝘢̃ 𝘚𝘦𝘨𝘶𝘪𝘯𝘵𝘦
Pov's Narradora
Na manhã seguinte, o ar na Fortaleza Vermelha era pesado. A ausência de Viserys se fazia sentir por todos, e apesar do luto que ainda envolvia a corte, Aelyssia sabia que não havia tempo para ceder à fraqueza. O reino não podia esperar. Ela respirou fundo enquanto cruzava os corredores que levavam à sala do conselho, sua postura firme e decidida. O luto por Aemma ardia em seu coração, mas sua expressão era impenetrável; não havia espaço para sentimentos agora.
A sala do conselho estava cheia de murmúrios quando Aelyssia entrou, os olhos de todos se virando para ela assim que tomou seu lugar. Sem hesitação, ela caminhou até a cadeira de Viserys e se sentou, sua postura autoritária e o olhar frio deixando claro que não estava ali para discussões banais. Sua presença ali não havia sido anunciada, e o choque dos lordes era palpável. Mas era exatamente isso que Aelyssia desejava. Ela queria que eles soubessem, sem rodeios, quem estava no comando agora.
Rhaenyra entrou logo em seguida, como sempre para servir vinhos aos lordes. Ela notou imediatamente sua tia sentada na cadeira do pai, surpresa refletida em seus olhos, mas nada disse. Apenas observou e escutou enquanto fazia seu trabalho habitual.
— Bom dia, senhores - Começou Aelyssia, sua voz cortando o ar com uma autoridade indiscutível — O rei está indisposto. Até que ele se recupere, eu assumirei as responsabilidades de seu posto - As palavras dela pareciam pesar na sala, os conselheiros se entreolhando desconfortáveis. Otto Hightower, como de costume, foi o primeiro a quebrar o silêncio. Sua expressão era cuidadosa, mas havia uma rigidez nas linhas de seu rosto que indicava sua insatisfação.
