A batalha estava feia, semideuses mortos ao chão, estavamos exaustos, mas ela era imparável para cada uma baixa nossa haviam cinco mortos em compensação.
Criaturas mestiças com cabeças de cobra e corpo de leão, eram vistas chegando ao longe da ravina, o céu estava escuro as nuvens densas cobriam nossas cabeças.
– CLARISSE!!!! CORRE!!!! — Grito para a mulher em minha frente.
Ela se esquiva de um golpe e eu acerto a flecha na cabeça de outro minotauro.
– Você esta bem? Seu rosto. — Ela diz analisando o corte em minha bochecha.
– Eles são muitos, não vamos conseguir, Équidna esta mandando mais monstros.
– Não, não sera hoje que iremos perder, você sabe o quê temos de fazer.
Concordo com a cabeça vendo uma morena ensanguentada largar a espada ao chão, uma áurea cor de fogo toma conta de seu corpo.
– O quê ela vai fazer ? — Percy pergunta se preparando para outra orda de harpias que seguiam cortando o céu em nosso encalço.
– Ela vai ganhar a batalha. CUBRAM CLARISSE NÃO DEIXEM QUE NADA SE APROXIME DELA!!! ARQUEIROS OLHO NO CÉU AGORA!
Sobre meu comando meus irmãos disparam suas afiadas e certeiras flechas contra os seres alados.
Quando seus corpos colidem contra o chão levantando terra e grama, o pó marrom se ergue e junto dele os corpos de todos os semideuses já mortos, empunhando suas armas, todos de pé um exército de mortos vivos.
Clarisse os controlava usando um de seus muitos poderes a necromancia.
– Ann, guie o resto das tropas, mantenham os últimos bestiais ocupados.
– Sn, onde você vai? — Ela questiona limpando o sangue que escorre de sua boca.
– Clarisse não vai conseguir sozinha, não a deixem descoberta.
Pego meu escudo e corro em direção a Équidna, isso só acaba quando a cabeça dela rolar pelo campo de batalha. Com um assobio chamo Solaria minha Pegasus e vôo rumo ao fim da batalha ou ao meu.
Ouço o grunhido da mulher metade serpente, vindo por baixo dos meus pés, Solaria aterriza baixo o suficiente para que eu possa pular de suas costas.
– Ora, ora, ora o quê temos aqui...se não é um pequeno raio de sol. — A voz gutural desdenha.
– Vamos acabar com isso de uma vez por todas Équidna.
– E deixe-me adivinhar é você sozinha que vai me matar ? Sua bastarda insolente como ousa. — Sua calda é lançada em minha direção, me esquivo golpeando com rapidez e cortando parte dela.
O grito agudo sai de sua garganta, me fazendo estremecer. Mas mantenho firme, Clarisse me treinou por meses a fio, mesmo que no fim do dia ela fosse apenas minha namorada, em campo ela era minha treinadora e não pegava leve por um segundo que fosse, me moldou de uma maneira voraz, depois de um tempo pude ouvir de sua boca que me tornará a semideusa mais letal do acampamento, depois dela obviamente.
Minha mente me leva até a memória de minha amada, mais especificamente o dia em que estávamos na beira do lago, o vento batia em seus cachos a deixando brava por bagunça-los, logo sou olhada com desaprovação por estar rindo da situação, ela então se lança sobre minha boca me roubando um beijo, um maravilhoso beijo.
E é com essa memória que crio forças para findar com a existência dessa infame criatura.
Lanço uma flecha de fóton, que atravessa um dos braços de Équidna, logo lanço outra que acerta em cheio seu abdômen, mas o restante de sua calda me da uma rasteira, fazendo com que eu caísse de costas no chão. Ela então a ergue e lança seu peso contra mim, mas rolo rapidamente para o lado, somente a tempo de desviar para cair em suas garras novamente.
– É o seu fim ser insignificante. — Ela fala me apertando entre seus dedos.
– Não, é o seu fim!!!
Canalizo meu poder para minhas mãos jogando uma rajada de luz em seus olhos, a cegando temporariamente. Tiro a espada de embanhada em minha cintura e com um só golpe corto-lhe a cabeça.
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– Onde ela está? — Clarisse grita a minha procura — Não podiam ter deixado que Sn fosse enfrentar o monstro sozinha.
– Ela não nos deu tempo de nada, assumiu o comando e vôo apenas delegando uma ordem, proteger você. — Chris fala ajudando Percy a se apoiar em seu ombro.
– Não estão vindo mais monstros então ela deve ter conseguido matar a fera. — Dessa vez Annabeth se pronuncia na tentativa de acalmar a amiga, que está nitidamente inquieta.
O céu se abria sobre a clareira, iluminando corpos de irmãos e oponentes, os feridos são levados as pressas por sentauros, portais são abertos para os portões do acampamento.
A morena segue olhando para o horizonte esperando sua amada. E quando seus olhos já se encontram marejados em desespero ela avista uma silhueta pequena arrastando uma cabeça enorme decepada.
– SN! — Sua voz firme me grita.
Clarisse corre em minha direção me aparando em seus braços, no momento exato em que minhas pernas vacilam sobre meus pés.
– Você esta viva luz da minha vida, e voltou pra mim.
– Eu sempre voltarei por você cachinhos. — Falo passando minhas mãos em seu rosto.
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Estavamos deitadas na cama de nosso chalé.
– Me deixe te ajudar com esses machucados meu amor. — Digo passando a mão em suas feridas.
A luz que emana de minhas mãos cura qualquer rastro deixado pela batalha.
– Você é a melhor coisa que poderia ter me acontecido, Sn. — Ela fala acariciando meu rosto.
– Viu só o prêmio que eu trouxe. — Falei me referindo a cabeça que arrastei até seus pés mais cedo.
– Vi sim e estou muito orgulhosa, eu sabia que você seria capaz de grandes feitos de guerra. Mas você já tinha ganho outro prêmio a muito tempo.
– É mesmo? Qual ? — Pergunto encarando seus olhos escuros.
– Eu! Quando você me derrubou naquela arena, empunhando a espada sobre o meu peito, ali, naquele momento, você ganhou todas as batalhas dentro do meu coração.
– Te amo Clarisse La Rue.
Completo meus lábios aos seus nos deixando levar por aquele momento de paixão.
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Imagine's girl's
FanfictionLivro de pequenos contos sobre grandes mulheres. Venha se apaixonar ainda mais por cada uma delas.