TOKYO - La casa de papel

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________ Pov Tokyo________

Estava olhando todos se divertindo e aproveitando o momento desse jantar, que seria o último antes do grande assalto. Nairóbi segurava minha mão e me dando um sorriso apontou para a garota que estava um pouco longe bebendo um vinho, também pensativa.

Me levanto com a taça em mãos e sigo rumo a varanda.

– Fazendo planos com o dinheiro? — Pergunto dando um gole no vinho.

– Na verdade não. — Ela diz se virando em minha direção — Só pensando que talvez eu tenha feito uma escolha errada.

A encaro com um olhar de interrogação, e ela então me analisa de cima a baixo.

– Esta pensando em cair fora?

– Não, não é isso, é que...ah, esquece, não vou conseguir me expressar. - A mesma da de ombros jogando o último gole da bebida em sua boca, e deixando a taça na mesa ao lado.

– Bom se o problema for só ansiedade por amanhã, vai ficar tudo bem, talvez um tiro ou outro mas vai ficar tudo bem.

– Ah sim acho que estou mais tranquila agora. — Ela diz dando uma risada.

– E como vai o seu relacionamento com o Denver?

– Não vai, nós terminamos.

Confesso que fui pega de surpresa, um misto de emoção se formou dentro de mim como alívio, alegria e até tristeza por vê-la cabisbaixa.

– Então é isso que esta te deixando inquieta agora ?

– Na verdade não, o que esta me consumindo e saber que eu terminei com ele por amar outra pessoa, mas saber que a mesma não me ama.

– E como você sabe disso? — Pergunto cerrando o olhar na tentativa de compreende-la.

– Não precisou dela me dizer, uma vez que a vejo com outra pessoa. — Ela diz me encarando com um olhar de decepção.

Sinto meu coração acelerar, eu parecia uma garotinha ouvindo ela falar isso. Seria possível que ela estava mesmo se referindo a mim? Pela primeira vez me vi sem palavras, somente concordei com a cabeça, e ela sorriu se virando a voltando a mesa.

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– Pera ai eu estou ouvindo bem? A minha Tokyo não conseguiu dizer nada, simplesmente ficou sem palavras, não isso é impossível. — Nairóbi me encara incrédula.

– E o que você queria que eu dissesse?

– Não sei talvez um " É eu também estou com a pessoa errada no momento, porque queria mesmo era estar com você".

Dou mais um gole na garrafa de tequila e me jogo na cama bufando.

– Mas eu não posso magoar o Rio assim, por mais filha da puta que eu seja ele não merece.

– É, mas é pior ainda ficar com ele alimentando cada dia mais um sentimento que você não corresponde a altura, porra Tokyo, você ama a Viena e isso é inegável.

– Amo, mas também amo o Rio.

– Mas não da mesma maneira e você sabe disso.

– Sei. —  Falo cabisbaixa

Que inferno porque ela apareceu depois, porque faltando seis meses para o assalto o Rio apresenta a irmã gata, corajosa e inteligente dele.

– E ai qual vai ser, ficar com o irmão errado ou botar a cara a tapa e correr atrás da irmã amada.

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