MIRANDA PRIESTLY - O Diabo Veste Prada

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Era a última semana de moda em Milão, cobri o desfile de primavera verão da Valentino, eu estava exausta.

Dois dos meus melhores filmakers estavam de atestado, ter que filmar e fotografar um evento desse nível com apenas cinco funcionários foi algo surreal.

Miranda estava no meu pé querendo selecionar as fotos para a nova capa da Runway, sendo que o desfile tinha terminado a menos de duas horas, não tive tempo nem de descarregar os cartões de memória.

Todos estavam hospedados em um hotel, para poder manter o contato mais fácil durante os eventos. Eu já estava trabalhando a cinco anos para a revista, e isso era algo incrível considerando quem era era a chefe de tudo.

– Oi querida, como estamos com as fotos? — Nigel perguntar entrando no quarto.

– Estou terminando de descarregar tudo.

– Café? — Ele me oferece estendendo o copo.

– Ai por favor! Muito obrigada.

– Posso dar uma olhada no quê já temos.

– Claro senta aqui. — Puxo a cadeira ao meu lado.

– Olha garota, eu não sei qual o seu segredo mas, estão ótimas, não é atoa que Miranda adora o seu trabalho.

– Hum...ela adora é? — Solto um leve riso em meio a pergunta.

– Ei, ei que olhar é esse, não começa.

Levanto a minha mão em rendição, entre risos. Logo voltando a atenção ao computador.

– Você tem até, 20:00h para preparar tudo e levar até ela no quarto.

– 20:00h! Nigel, mas já são 19:30h.

– Então eu sugiro que se apresse querida. — Ele fala já saindo do quarto.

Suspiro em frustração, passando a mão pelos cabelos. Essa mulher parece querer me enlouquecer, mesmo trabalhando a tanto tempo com ela e adquirindo meios de fazer as coisas rápido, ela da um jeito de...argh.

Corro ao máximo para terminar no prazo mas acabo me atrasando um pouco, enquanto as fotos estavam terminando corri para tomar um banho. Pego tudo da mesa e subo até a cobertura para o quarto do "diabo".

Bato na porta e ouço sua voz mandando entrar. Logo a fecho atrás de mim e ando cautelosamente até o meio da grande sala conjugada com o quarto.

– Esta atrasada!

– É infelizmente.

Uma coisa que eu nunca fiz foi abaixar a cabeça para ela, enquanto todos tremiam na base só de ouvir seu nome, eu permanecia normal, justamente por saber da qualidade do meu trabalho.

– Só isso que tem a dizer?

– Sim.

Ela então faz um sinal com o braço para que eu pudesse colocar o computador na mesa. Começo a lhe mostrar as imagens e mesma anota a numeração de algumas. Sinto seu olhar de relance em minha direção algumas vezes.

Depois de alguns minutos, ela me da a lista das imagens que quer, pego e já as deixo selecionadas em uma pasta.

– Preciso delas ampliadas na minha mesa quando eu chegar em Nova York. - Ela fala firme enquanto roda alguns de seus aneis nos dedos.

– Estarão lá, mais alguma coisa?

Me levanto da cadeira já juntando minhas coisas, e parando na sua frente.

Sou analisada de cima a baixo, e um sorriso se forma em seus lábios.

– Na verdade tem muitas coisas que eu preciso.

Conhecendo bem o suficiente a mulher sentada a minha frente, eu decido jogar um pouco.

– Hum...pode me dizer uma? -
— Me inclino em direção ao seu rosto, segurando nos braços da cadeira.

Seus olhos faziam um percurso rápido entre os meus e minha boca, ela passa a língua entre os lábios se aproximando um pouco mais.

– Talvez um favor a parte.

– Tipo esse?

Beijo sua boca, os lábios dessa mulher beijavam ainda melhor do quê mandavam. Uma de minhas mãos, segura sua coxa levantando levemente a saia de alfaiataria preta.

Um suspiro sai de seus lábios em meio ao beijo, e então sem mais nem menos eu paro e me recomponho.

– Bom sra Presley acho que isso é tudo não é mesmo. — Digo limpando um pouco de seu batom que ficou no canto da minha boca.

– É, isso é tudo.

– Se me da licença.

Quando já estou a alguns poucos centímetros da porta, escuto sua voz bater em minhas costas.

– Gosto desse seu jeito atrevido, continue assim! — Ela fala em pé arrumando os cabelos.

Solto uma risada ainda virada para a porta, dou meia volta em sua direção parando novamente a centímetros de seus rosto.

– Eu irei continuar, mas não porque você quer e sim porque eu amo ver o jeito que você fica quando eu sou "atrevida". — Digo esfregando levemente nossos narizes enquanto minha mão pega o cabo do carregador da mesa.

Levanto o mesmo na altura de seu rosto o balançando sutilmente.

– Esqueci isso... Até NY, Priestly

– Até garota.

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