Sem saber o que a esperava, Rebecca Chambers entrou no trem. As luzes piscavam, e o ar parecia pesado, como se o próprio ambiente estivesse saturado pelo horror. Assim que pisou no interior do vagão, a porta atrás dela se fechou com um baque metálico e, para seu desespero, emperrou. Agora, estava presa. Com a respiração acelerada, ela puxou sua arma e começou a caminhar pelos corredores estreitos, tentando encontrar algum sinal de vida.
"O que aconteceu aqui?", murmurou para si mesma, enquanto seus olhos vasculhavam cada canto do vagão sombrio.
Ao virar um corredor, Rebecca avistou o que parecia ser um passageiro. Aliviada por, finalmente, ver alguém, ela correu em sua direção. Contudo, ao se aproximar, percebeu que o homem estava imóvel, seus olhos vidrados e sem vida. O alívio deu lugar ao pânico. Antes que pudesse processar a cena, ouviu uma voz fraca ao longe. Rapidamente, ela correu na direção do som, apenas para descobrir que era apenas um rádio que transmitia ruídos estáticos.
De repente, o cadáver do passageiro começou a se mexer. Rebecca deu um passo para trás, em choque, enquanto o homem morto se levantava lentamente e avançava em sua direção.
"O que... o que é isso?!", gritou ela, sua voz tremendo.
O terror tomou conta de seu corpo quando percebeu que aquilo não era um simples cadáver, era um zumbi. A criatura se aproximava com movimentos desajeitados, mas determinados. Rebecca recuou, apontando sua arma.
"Não se aproxime!", gritou, atirando. O som dos disparos ecoou pelo vagão, mas o zumbi continuava avançando.
Em pânico, Rebecca tentou fugir, mas não demorou muito para que outros passageiros, outrora mortos, começassem a se levantar. Até mesmo o maquinista agora caminhava em direção a ela, olhos vazios e famintos. Ela não tinha outra escolha a não ser lutar por sua vida.
Após uma intensa luta, Rebecca conseguiu eliminar as criaturas. Ofegante, ela limpou o suor da testa, tentando controlar a respiração. Sem entender o que havia acontecido, ela começou a investigar os vagões do trem. Tudo parecia estar envolto em um mistério sombrio. Em uma das cabines, ela encontrou o corpo de um homem, já morto, com um documento ao seu lado.
Rebecca pegou o papel e começou a ler. "Cientista... Umbrella Corporation?", disse baixinho.
O documento revelava que os passageiros do trem eram funcionários da Umbrella Corporation. Eles estavam sendo levados para uma antiga instalação desativada há dez anos, após a morte do diretor do local. Aparentemente, eles seriam enviados para retomar as operações lá, uma vez que um incidente havia ocorrido na antiga instalação nas montanhas Arklay. O nome "Umbrella" fazia seu sangue gelar. Ela sabia que algo muito errado estava acontecendo ali.
Rebecca continuou a investigar, até que um som de passos chamou sua atenção. Ela virou-se rapidamente, apenas para ver um homem de aparência rude e perigosa à sua frente, segurando uma arma apontada diretamente para ela.
"Quem é você?" ela perguntou, com a voz firme.
"Não se preocupe. Não vou atirar em você", respondeu o homem, abaixando a arma. Ele era Billy Coen, o fugitivo que a equipe Bravo estava procurando. "Você é uma STARS, não é? Não precisam de mim por perto."
"Espere!", Rebecca tentou impedir Billy, levantando sua arma. "Você está preso! Voz de prisão!"
Billy olhou para ela com um sorriso sarcástico, levantando um dos braços onde ainda estava preso um par de algemas. "Como você pode ver, eu já sou um homem livre... ou algo assim", disse, enquanto as algemas balançavam em um de seus pulsos. "Agora, se me dá licença, tenho que cuidar da minha própria sobrevivência."
Ele simplesmente ignorou a voz de prisão de Rebecca e foi embora, deixando-a frustrada e sem ação. Sentir-se ignorada apenas aumentou sua frustração, mas ela sabia que não podia perder tempo. Ainda havia muito a ser descoberto naquele trem.
No entanto, antes que pudesse seguir em frente, o vidro da janela quebrou bruscamente, e alguém caiu no chão da cabine. Era Edward Dewey, seu companheiro da equipe Bravo, gravemente ferido.
"Edward! O que aconteceu?" Rebecca correu até ele, horrorizada com seus ferimentos.
"Rebecca... cuidado... zumbis... e... monstros", ele conseguiu dizer entre suspiros dolorosos. Sem forças, Edward deu seu último suspiro e morreu nos braços de Rebecca.
Antes que pudesse lamentar a perda do amigo, uma criatura grotesca entrou pela janela quebrada. Era um cão zumbi, com suas mandíbulas prontas para atacar. Rebecca, lutando contra a dor da perda e o terror, se viu forçada a lutar mais uma vez. Depois de uma luta árdua, conseguiu abater o monstro, mas o peso da situação estava começando a cair sobre seus ombros.
Ela continuou avançando pelos vagões do trem, até que o rádio em seu bolso emitiu um ruído estático. "Rebecca... Enrico aqui", a voz de seu líder cortou o som abafado do trem. "Conseguimos... novas informações sobre... Billy Coen. Ele... matou 23 pessoas... cuidado..."
As palavras de Enrico ecoaram em sua mente. "Vinte e três pessoas?", sussurrou para si mesma. O que Billy teria feito?
A transmissão foi cortada pela estática, deixando Rebecca com mais perguntas do que respostas. Continuando sua jornada pelos vagões, ela chegou a uma escadaria que levava ao segundo andar do trem. Ao subir, Rebecca reencontrou Billy, que, para sua surpresa, sugeriu uma parceria.
"Olha, se quisermos sair vivos daqui, talvez seja melhor trabalharmos juntos", disse ele, com um tom desinteressado.
Rebecca hesitou. "Eu não confio em você."
Billy deu de ombros. "Bom, então vá sozinha e me diga como foi. Eu vou ficar aqui e assistir."
Determinada a não depender dele, Rebecca seguiu em frente, subindo para o andar superior. Lá, encontrou um restaurante luxuoso, onde avistou um homem idoso sentado à mesa, aparentemente vivo...
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Resident Evil: A Cronologia do Horror
ActionEm Resident Evil: A Cronologia do Horror, o leitor embarca em uma jornada definitiva pelo universo de Resident Evil, acompanhando cada evento de forma cronológica, desde os primeiros incidentes com armas biológicas até as batalhas mais recentes cont...