Rebecca seguiu os rastros, movendo-se cautelosamente por entre as instalações subterrâneas. A energia do local havia sido restaurada, iluminando os corredores sombrios, mas o cenário ao seu redor era desolador. Criaturas de aspecto grotesco, ex-funcionários da Umbrella transformados em zumbis, vagavam pelo lugar, e sanguessugas humanoides se arrastavam, ansiosas por um novo hospedeiro.
Com determinação, ela finalmente localizou Billy Coen. “Billy!” chamou, correndo até ele. “Eu vou te tirar daí!”
Ela o ajudou a se libertar dos escombros. Assim que Billy recobrou a consciência, seus olhos se arregalaram ao encarar a cena horrenda ao seu redor. Ossos humanos estavam espalhados por toda parte, os restos mortais das cobaias utilizadas nas pesquisas de James Marcus.
“Não... não pode ser,” Billy murmurou, uma onda de lembranças horríveis o atingindo. “Aquilo... aquilo é o que restou deles?”
“Precisamos sair daqui, agora,” Rebecca respondeu, preocupada com o estado dele. “Vamos!”
Mas antes que pudessem se mover, uma sombra emergiu das águas do canal: o Proto Tyrant havia retornado.
“Isso não é possível!” exclamou Billy, preparando-se para lutar novamente.
“Juntos,” Rebecca confirmou, engatilhando sua arma.
Desta vez, unidos, eles atacaram o monstro com fúria e precisão. O Proto Tyrant foi completamente destruído, seus restos se dissolvendo nas águas turvas.
A pressa aumentava à medida que avançavam, enfrentando mais infectados que surgiam de cápsulas de contenção. Sapos gigantes, grotescamente deformados, saltavam das águas, atacando-os sem piedade.
“Por aqui!” Rebecca gritou, puxando Billy para um grande galpão coberto por sanguessugas.
Assim que entraram, a atmosfera mudou. A tensão no ar era palpável, e, diante deles, apareceu o homem misterioso que os havia atormentado.
“Quem é você?” Billy questionou, o olhar desafiador.
O homem respondeu com um sorriso enigmático. Então, em um instante, sua forma começou a mudar, revelando-se como James Marcus, o falecido fundador da Umbrella.
“James Marcus... isso é impossível!” Rebecca exclamou, perplexa.
“Impossível? Eu sou a prova de que a morte é apenas um estado transitório,” Marcus disse, sua voz ressoando com um tom de vingança. “Fui traído por aqueles que eram meus alunos, por aqueles que deveriam me proteger.”
A revelação se desenrolou. “Em 1978, a Umbrella decidiu encerrar o meu projeto. Oswell E. Spencer temia o meu potencial. Quando me ordenaram a morte em 1988, aqueles em quem eu confiava—Birkin e Wesker—assistiram enquanto eu era eliminado.”
“Mas você está morto! Isso não faz sentido!” Billy retrucou, seu coração acelerado.
“E, no entanto, aqui estou. Minha morte não foi em vão. A Rainha Sanguessuga que eu criei sobreviveu e fundiu-se ao meu corpo sem vida. Em dez anos, absorveu o T-vírus e reconstruiu meu ser, incluindo minhas memórias,” Marcus explicou, seus olhos brilhando com uma fúria incontrolável. “Agora, estou de volta, e minha vingança contra a Umbrella e todos que se opuserem a mim está prestes a começar.”
“Você não pode fazer isso!” Rebecca gritou, percebendo a verdadeira natureza do ser diante deles.
“Eu vou acabar com a Umbrella e com o mundo que permitiu que isso acontecesse,” Marcus declarou, sua voz ecoando no galpão.
“Precisamos detê-lo, Billy!” Rebecca exclamou, preparando sua arma.
“Sim. Vamos acabar com isso de uma vez por todas,” Billy respondeu, a determinação ardendo em seus olhos.
A batalha que se seguiria não seria apenas pela sobrevivência, mas pela própria humanidade. Eles estavam prontos para enfrentar a criação do homem que havia se tornado o que mais temia.
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Resident Evil: A Cronologia do Horror
AçãoEm Resident Evil: A Cronologia do Horror, o leitor embarca em uma jornada definitiva pelo universo de Resident Evil, acompanhando cada evento de forma cronológica, desde os primeiros incidentes com armas biológicas até as batalhas mais recentes cont...