𝐈𝐈𝐈.

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— Kageyama... — A voz de Hinata Shōyō arrastava-se, pesada e desgastada pela ressaca que o assolava após a noite anterior. — Dor... eu só sinto dor.

— Isso é completamente culpa sua. — A voz de Kageyama transbordava irritação, refletida em sua expressão aborrecida. — Você e o Bokuto ficaram bebendo como loucos, e nenhum de vocês dois tem o hábito de beber. — Ele suspirou, claramente desgostoso. — Aposto que o Akaashi está passando pela mesma situação.

— Ele deve estar cuidando bem do Bokuto. — A voz de Hinata, agora levemente embargada, carregava uma pitada de inveja e frustração.

Ignorando o comentário, Kageyama continuou com sua rotina. Preparou um café, metódico, e ao final deixou ao lado da cama do amigo um remédio, um chá e uma torrada simples. Sem dizer nada, afastou-se, evitando o olhar do outro.

— Eu sabia que você tinha um lado bom! — Um sorriso iluminou o rosto abatido de Hinata, cuja alegria sempre se fazia presente quando via Tobio demonstrar gentileza.

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A manhã despontava lentamente, mas eu ainda não havia reunido a coragem necessária para confrontar Rina sobre o que presenciei no dia anterior. Não era como se eu estivesse vivendo um roteiro de novela mal escrita ou um filme barato; eu sabia que havia uma explicação lógica, plausível. Talvez fosse apenas uma obsessão peculiar por casos criminais. Contudo, algo continuava a me perturbar profundamente. O que me intrigava não era apenas o fato de ela ter se envolvido tanto naquele caso, mas o silêncio ensurdecedor sobre ele. Por que ela não me contou?

— Vai embora já, [Nome]?

— Sim — respondi, meio desconcertada. — Tenho umas coisas para resolver em casa, a mudança ainda precisa de ajustes.

— Quer ajuda? — A oferta dela era genuína, mas eu sabia que ela ainda se recuperava da noite anterior.

— Não se preocupe. Sei que você ainda não está completamente bem. — Eu dei um sorriso forçado, querendo encerrar a conversa.

— Tá certo. O Iwaizumi já está vindo, de qualquer forma.

— Mais um motivo para eu ir embora. — Com um sorriso discreto, saí rapidamente do apartamento dela.

O ambiente estava denso, desconfortável, e eu me sentia mais sensível do que o normal. O caminho de volta, apesar de curto, foi repleto de pensamentos confusos que rodopiavam em minha mente.

— De novo você? — A voz soou à minha frente, e lá estava ele, o garoto que parecia cruzar meu caminho em todos os lugares nos últimos dias. — Sério, você está me seguindo ou é só coincidência? Acho que a emocionada aqui é você.

Minha aparência, depois de uma noite mal dormida, deixava a desejar. Roupas confortáveis, cabelo preso de qualquer jeito e o rosto completamente limpo de maquiagem. Era, sem dúvida, o pior cenário para encontrar alguém repetidas vezes.

— Acontece que eu também moro aqui — respondi eu. O garoto, com um sorriso zombeteiro, estava vestido para treinar, presumivelmente para jogar vôlei.

— E seu nome é...? Nunca perguntei.

— [Nome].

— Oikawa Tōru — disse ele, com a confiança típica de quem está acostumado a se destacar. Fiz um gesto de confirmação e inclinei-me, pedindo passagem.

— Melhor se arrumar logo, hein? Poupa a vizinhança de te ver assim — gritou ele em tom provocador enquanto eu me afastava.

— Vá se ferrar, garoto — murmurei baixinho, com a raiva começando a borbulhar. — Que insuportável...

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⏰ Última atualização: Sep 15 ⏰

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𝐃𝐚𝐠𝐠𝐞𝐫 - 𝐊𝐚𝐠𝐞𝐲𝐚𝐦𝐚 𝐱 [𝐍𝐨𝐦𝐞]Onde histórias criam vida. Descubra agora