capítulo 37

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Camila...

Não sei onde o Érico tá com a cabeça. A gente foi nesse jantar barra reunião de negócios com os mafiosos e daí ele voltou me enchendo o saco o tempo todo no carro porque aparentemente um dos negociantes da máfia está de olho em mim e eu conversei um pouco com ele.

Eu: eu não sou sua propriedade! Você acha que só porque me comprou pode me controlar assim? Isso não é amor, é obsessão! - falo entrando na sala com o tom de voz alto.

Érico: eu te dei tudo! Tudo que você tem agora é por minha causa. E você acha que pode sair por aí, sorrindo pra qualquer um, como se não tivesse dono? - com tom frio mas calmo.

Eu: dono? Você se escuta? - pergunto me sentindo indignada __ Eu não sou um objeto! E você não tem o direito de dizer quem pode ou não pode se aproximar de mim.

Érico: Camila, eu tenho o direito, sim. Eu te tirei daquela vida, te dei mais do que você jamais teria. E tudo o que eu peço é lealdade. - fala chegando perto, os olhos fixos nos meus, com um tom mais sombrio.

Eu: lealdade? Isso não é lealdade Érico, é prisão! Você acha que pode mandar em mim só porque gastou dinheiro? Não sou uma boneca para você colocar em uma estante e ficar admirando quando bem entender. - falo me afastando, com os olhos cheios de raiva.

Érico: você não entende! Tudo que faço é por você, para proteger o que é nosso! - fala perdendo o controle, batendo na mesa.

Eu: não! Tudo o que você faz é por você mesmo! Sua insegurança, seu medo de perder o controle... Isso não tem nada a ver comigo! - grito de volta.

Érico: você nunca vai entender... Eu só quero que seja minha. Só minha. - fala silenciando, com os punhos cerrados, a respiração pesada.

Eu: e é exatamente por isso que você vai me perder. Porque você nunca entendeu o que é amar alguém de verdade. - falo em tom firme, mas com tristeza nos olhos.

O silêncio se instala. O Érico  olha para mim com um misto de fúria e dor, enquanto eu dou costas, indo em direção à porta.

Érico: pra onde você vai?

Eu: só me deixe em paz. - saio da sala e vou me sentar um pouco no jardim na calada da noite 9hrs da tarde.

O psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora