Capítulo 39

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Camila...

2 meses depois...

Durante as últimas semanas eu tenho sentido muitas náuseas e vários enjoos, a Ariana e a Diana insistiram que eu fizesse o teste de gravidez embora eu achasse que não estou grávida, fiz o teste e deu positivo. Eu fiquei contente porém impactada, logo uso o telefone de casa e ligo para o Rodrigo marcamos de nos encontrar num restaurante perto, então o Macário me levou até ele e eu pedi as meninas que não falassem a ninguém ainda, eu vou surpreender o Érico com a ajuda do Rodrigo.

☘️

Eu estava animada. Hoje era o dia em que eu planejava surpreender Érico com um jantar especial. Ele estava tão distante ultimamente, e eu esperava que essa noite ajudasse a reacender algo entre nós. Com a pequena bolsa em mãos, entrei no apartamento dele junto com o Rodrigo, tentando manter o sorriso no rosto, apesar da ansiedade.

Eu: Érico? - chamei, tentando esconder minha inquietação. Sem resposta, comecei a me aventurar pelo apartamento, sentindo o coração acelerar.

Rodrigo: não tenho certeza que ele está aqui.

Eu: eu não sei, vamos ver ele não disse que depois de resolver os negócios estaria aqui?

Rodrigo: quem sabe já saiu.

Eu: vem.

Ao me aproximar do quarto, percebi que a porta estava entreaberta. Um som estranho, quase um gemido, começou a alcançar meus ouvidos. Instintivamente, eu me senti desconfortável, mas continuei. A curiosidade e a preocupação me empurraram para frente.

Quando empurrei a porta, uma cena que nunca imaginei ver me atingiu como um soco no estômago. Érico estava na cama com outra mulher. Eles estavam tão envolvidos, tão distraídos, que mal notaram minha presença até eu gritar.

Eu: O quê…?

Rodrigo: ai mano. - fala com uma voz de decepção ao ver a mesma cena que eu.

A dor e a raiva invadiram meu peito. A sensação de traição era quase física. Érico se virou rapidamente, a vergonha estampada em seu rosto enquanto tentava se cobrir. O olhar que ele me lançou foi de puro desespero.

Érico: Camila, eu… eu não sabia que você viria, -  ele tentou justificar, mas suas palavras foram como facadas, profundas e afiadas.

Eu olhei para a mulher na cama, que estava visivelmente desconcertada. Então, olhei para Érico novamente.

Eu: então é assim que você me trata? -  A pergunta saiu mais como um lamento do que uma acusação.

Érico: não é o que parece, eu… -  Ele tentou explicar, mas a dor na minha garganta me impediu de ouvir mais.

Eu: não, Érico. Não há desculpa que possa justificar isso. -  Eu disse, as lágrimas começando a escorregar pelo meu rosto. Sentia como se um buraco estivesse se abrindo dentro de mim, e eu estava sendo sugada para ele.

Enquanto eu me virava para sair do quarto, um último lampejo de esperança me fez hesitar.

Érico: Camila...

Eu:  eu não quero mais nada com você. Não preciso de mais mentiras.

A porta se fechou atrás de mim com um estrondo que parecia ecoar por todo o apartamento. Lá fora, na escada, eu me apoiei na parede, tentando recuperar o fôlego. Cada passo para longe parecia uma eternidade, mas eu sabia que precisava ir.

A última visão que tive foi de Érico na porta, olhando para mim com uma expressão de desespero, enquanto a mulher na cama observava, envergonhada.

Eu saí do apartamento com um peso enorme no peito, sabendo que aquele era o fim de um capítulo doloroso da minha vida. O amor que eu pensava que tinha encontrado estava desmoronando diante de mim, e eu estava tentando juntar os pedaços de mim mesma, um passo de cada vez.


O psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora