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Mia O'Reilly, aos 14 anos, já havia se tornado uma figura conhecida no mundo dos socialites

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Mia O'Reilly, aos 14 anos, já havia se tornado uma figura conhecida no mundo dos socialites. Com longos cabelos pretos e olhos azuis penetrantes, herdados de seu pai, James O'Reilly, ela era um contraste intrigante entre a juventude e a sofisticação. Sua beleza exótica e postura confiante faziam dela o centro das atenções em qualquer evento que comparecesse.

Desde pequena, Mia havia sido o orgulho de seu pai, que, apesar de sua natureza austera e exigente, sempre a mimou com o que o dinheiro poderia comprar. No entanto, a relação entre pai e filha havia se deteriorado ao longo dos anos. A partida de sua mãe, Isabelle, uma mulher cuja beleza ruiva e talento natural haviam conquistado o coração de muitos, deixou uma ferida profunda em Mia. Isabelle havia escolhido abandonar sua carreira de atriz e, eventualmente, seus filhos, para se mudar para Oklahoma com sua nova família, um ato que Mia nunca conseguira perdoar.

A ausência da mãe fez com que Mia desenvolvesse uma atitude desafiadora. Ela fazia de tudo para chamar a atenção, não só da mídia, mas também do pai, embora este raramente cedesse às suas provocações. Frequentemente envolvida em polêmicas, festas luxuosas e escândalos nos tabloides, Mia gostava de viver sob os holofotes, mesmo que isso significasse irritar James, algo que ela parecia fazer com prazer.

James, por outro lado, era um homem de negócios bem-sucedido, conhecido por sua firmeza e seriedade. Dono da rede de hotéis O'Reilly, a mais renomada e luxuosa do mundo, ele havia herdado a fortuna e o legado da família. Com um temperamento forte, ele se dedicava quase exclusivamente ao trabalho, deixando pouco espaço para a vida pessoal e, principalmente, para seus filhos. Embora amasse Mia e Christopher, ele encontrava dificuldades em demonstrar esse amor, especialmente depois que Isabelle partiu, e o peso da responsabilidade caiu inteiramente sobre seus ombros.

Christopher, o irmão mais velho de Mia, era o oposto da irmã. Estudioso e focado, ele estava na faculdade, distante do mundo caótico em que Mia vivia. Ele sempre tentava aconselhar Mia, mas ela raramente ouvia. Christopher acreditava que a rebeldia de Mia era uma forma de lidar com a dor e a solidão, mas, como o pai, não sabia como ajudá-la.

Mia, apesar de todo o glamour e atenção que recebia, sentia um vazio imenso por dentro. Sua vida de luxo e privilégios não preenchia a lacuna deixada pela ausência de sua mãe e a distância emocional de seu pai. Ela se via como uma peça fora do lugar na família O'Reilly, uma adolescente perdida tentando encontrar seu caminho em um mundo onde tudo, exceto o afeto genuíno, estava ao seu alcance.

E, assim, Mia continuava sua jornada, testando os limites, desafiando as regras, e tentando, de alguma forma, encontrar o seu próprio lugar no mundo, ou talvez, apenas uma maneira de curar as feridas que carregava no coração.

Na manhã seguinte, o sol atravessava as janelas da ampla cozinha da mansão O'Reilly, iluminando a mesa de café da manhã impecavelmente posta. Mia desceu as escadas lentamente, já sentindo o peso do tédio que sempre acompanhava esses momentos em família. Ela usava um robe de seda, seu cabelo escuro caindo desordenadamente sobre os ombros, dando um ar despreocupado que ela cultivava com cuidado. Ao entrar na cozinha, viu seu pai, James, sentado à mesa, com um jornal em mãos, enquanto Christopher mexia no celular, distraído.

Mia O'ReillyOnde histórias criam vida. Descubra agora