Á anos obcecado pela irmã do melhor amigo, tentando ao máximo reprimir esse sentimento ficando com várias garotas inclusive sua própria melhor amiga.
Paixonite ou amor? A volta de Julie Andrews á ilha depois de um tempo fora causa grandes revoluções...
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Pretty Lies — Outer Banks Capítulo 44
Hoje não é um dia normal como todos os outros, hoje se completa exatos 3 anos desde o desaparecimento do meu pai. 3 anos em que a pessoa mais importante da minha vida sumiu, pra Julie esse é só mais um dia do ano, ela não se importa nem um pouco.
Ela sempre fala que ninguém sabe o quanto as coisas entre eles eram conturbadas mas isso é uma completa mentira vinda de uma garota mimada que não tinha o que queria sempre. Eu de fato nunca entendi o porquê dela odiar tanto nosso próprio pai por mais que ela sempre me diga que ele fez algo para ela
- Julie, tudo bem? — observei de longe Sarah indo até Julie e a cutucando — Sei que esse deve ser um dia difícil
- Não. — ela respondeu secamente — Não é!
Para ela era só mais um dia normal mas pra mim era o pior dia do ano, ela sempre finge que nada estava acontecendo. Nessa casa só eu me importava com isso, com esse dia.
- Life.. — bati levemente em sua porta
- Olha, você não tá trancado no escritório que milagre! — ela debochou
- Eu sei que você não gosta do nosso próprio pai mas já fazem 3 anos desde que ele desapareceu isso é insensível
- Insensibilidade? Você quer falar de insensibilidade John B? Então porque a gente não fala sobre o quão insensível ele foi durante 14 anos da minha vida?
- Espera ai Julie, você tá sendo injusta! Ele nunca fez nada de mal pra nós — afirmei
- Pra você, você quer dizer não é? — aumentou o tom de voz — Afinal você nunca teve que escutar ele falando que você é uma inútil. Ele nunca te deu um tapa sequer, nunca virou pra você e falou que tudo de ruim na vida dela era culpa sua. E nunca, John B ele nunca olhou nos seus olhos e disse que você jamais deveria ter nascido. Você não entende e nunca vai entender o porquê do meu ódio por ele. Pra você sempre foi fácil viver nessa casa já que sempre recebeu amor, carinho e cuidado já eu, nunca sequer experimentei o que era isto.
- Julie você não pode falar assim do seu próprio pai!
- Ele não é o meu pai e isso foi uma afirmação dita por ele. E você definitivamente nunca vai entender tudo o que eu passei, com ele vivo e morto.
- Ele não tá morto Julie! — exclamei gritando
Porque ela insistia nessa ideia de merda, tudo bem são três anos mas custa ter um pouco de fé que ele vai aparecer?
- Pra mim ele tá! Pra mim ele morreu quando eu tinha 6 anos e levei diversos tapas pela primeira vez. Você nunca passou por metade das merdas que eu passei John B. Você nunca sofreu de verdade.
- Você sabe o quanto eu sofri e sofro com desaparecimento dele. — como sempre Julie estava ignorando completamente tudo o que eu sentia, pensando apenas em si mesma
- Você quer comparar isso com uma miserável vida inteira de tortura com ele ao meu lado? John B você não viu a sua mãe jorrar sangue na sua frente e não poder fazer nada porque tava preso, você não viu ela sangrar até morrer aterrorizada e agonizada de dor. Não venha querer comparar o que você passou com o que eu passei porque você nunca sentiu nem metade da dor que eu senti. — finalizou enxugando as lágrimas caídas em meu rosto e saindo do quarto
