Bastou apenas uma troca de olhares, para que uma guerra se iniciasse. Não com dragões e exércitos (ainda), seria um conflito mais bruto e letal para aquele que perdesse.
De um lado, estava o doce e gentil garotinho da princesa herdeira Rhaenyra Targ...
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O pequeno conselho estava reunido novamente naquela sala particular. Um encontro de emergência foi exigido pela Mão do Rei, e agora todos os participantes daquele grupo seleto, se encontravam envoltos na mesa, com a presença de seu rei usurpador, Aegon, e sua rainha mãe, Alicent. Mais ao fundo, Aemond se mantinha contido em silêncio, apenas ouvindo tudo o que os lordes discutiam.
O jovem príncipe ainda se encontrava em choque pelos acontecimentos com seu dragão. Tentava entender a todo custo, o que tinha deixado Vhagar tão insana daquele modo. Depois do último incidente que teve com a mesma, Aemond ainda voltou e tentou contato novamente, mas a reação recebida foi a mesma.
O príncipe buscou informações e mais explicações dos mestres de dragões, mas tudo o que encontrou, foram pessoas desviando de si, fugindo de sua pessoa, e evitando olha-lo nos olhos (ou olho). E para completar o combo de esquisitice, quando tentou entrar em contato com o mestre superior de todos eles, obteve a notícia de que o mesmo estava desaparecido a dias, e a única pessoa com quem ele foi visto pela última vez, foi Meistre particular de seu avô, Marrok.
Desde então, Aemond vem muito pensativo pelos cantos. Já não praticava mais com sua espada, nem mesmo desafiava sor Criston. Sua mente conturbada já era o suficiente para lhe deixar exausto. O jovem príncipe só queria poder se trancar em seu quarto, parar poder sentir em paz o amargor que lhe consumia a cada minuto.
- Mandaremos Aemond para Ponta Tempestade. O tamanho de Vhagar e a proposta de casamento dele com uma das filhas de Lord Boros, será o suficiente para conquistar o apoio da casa Baratheon - a voz de Otto trouxe o jovem príncipe de volta à reunião.
"Casamento?"
- É uma boa ideia Lord Mão. O que acha Minha rainha? - Larys elogiou, e logo se referiu a mulher na ponta da mesa.
"Eu terei de me casar?"
Alicent carregava uma carranca terrível. Desde a fulga de Helaena que a rainha viúva não dormia direito. Em algumas noites, Sor Criston chegou a pegar a mulher falando sozinha, planejando o que faria quando tivesse com os filhos de Rhaenyra sob seu controle. Os planos da Highttower eram sangrentos e insanos, e isso atraía o guarda juramentado.
- Façam o que for preciso, eu apoio e lhes dou a permissão da coroa - ela respondeu amargurada - só quero que Rhaenyra caia - ela continuou "ela e aqueles bastardinhos de merda".
- Temos um problema meus lordes - o Lannister se opôs - O rei não está completamente recuperando de sua... Queda. Na falta dele, o príncipe Aemond deveria atuar como regente - explicou seu ponto.
A situação de Aegon era um mistério para todos presentes naquele conselho, menos para Alicent, Otto e Aemond, que eram os únicos a acompanhar a recuperação do rei de perto. Depois da surra que a rainha viúva desferiu sobre Aegon, ninguém nunca mais o viu perambulando pelos corredores, coisa que já não acontecia muito, já que desde de sua coroação, o rei não saia muito de seu quarto, e após a fulga de Helaena, a única coisa que ele fazia, era sair para ver Sunfyre e só.
