Capítulo Dois

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Fiquei até a tarde naquele café, o Josh é muito bom para conversar e me prometeu que assim que largasse, iria fazer um tour completo pela cidade comigo, e eu estou simplesmente feliz por fazer um amigo em meio toda essa novidade que está sendo a minha vida.

Promessa é dívida, ele me mostrou cada detalhe, cada ponto turístico, parece que essa cidade adora seres sobrenaturais, pois sempre tem por qualquer lugar algo relacionado a bruxas, vampiros e até lobisomens, algo que é realmente impossível, mas se existir mesmo essas coisas, eu seria a primeira a sair correndo, eu sou especialista em fugir, pelo menos é  o que eu estou achando.

Na outra manhã recebi o comunicado de que havia sido contratada e que começaria hoje mesmo, infelizmente ficaria no turno da noite, o pior turno, aquele das meia noite até às cinco da manhã, pelo menos o salário é muito bom e vai dar para eu alugar uma casa rapidinho.

Meu turno começou e lá estava eu, servindo bebidas para pessoas bêbadas e que não param de falar sobre seus problemas para mim. Por que é que os meus pais não me deixaram fazer faculdade? Eu com certeza teria arranjado um emprego muito melhor que esse aqui.

Parece que lá para as duas da manhã o bar começa a sossegar, que dizer, todo mundo já tá muito bêbado para se embebedar ainda mais. Então pego o meu celular e suspiro frustrada ao ver as mensagens na caixa postal, o Jacob não sabe nem fingir um pouquinho de preocupação.

Eu estava de saco cheio de tanta falsidade e estava quase a mandar um áudio que certamente me arrependeria depois, porém, todas as janelas se quebram em milhares de caquinhos e me levam ao chão, não sei se agradeço ou se começo a gritar desesperada.

Meio atordoada, rastejei para fora do balcão, era possível escutar a briga feia que se desenrolava e os milhares de cacos que esse bar virava, mas eu tinha que tentar pelo menos fugir disso e me manter calma.

E eu consegui, mas tudo isso por conta do bebê, ele é tudo que ainda me mantém sã e o motivo da minha felicidade, então tenho que protegê-lo custe o que custar.

Eu tinha chegado até o fim do balcão sem nenhuma lesão, e eu fiz algo que não deveria ter feito, eu olhei para a briga e gritei horrorizada. Era um dos Mikaelson, o loiro de cara de bravo, ele tinha a mão dentro do corpo de outro homem, é algo fisicamente impossível, eu não conseguia não ficar tremendamente assustada.

— Deixe-me ajudá-la. - Escutei uma voz doce e olhei para sua direção.

Sabia que aquela era a irmã Mikaelson e também sabia que esses irmãos são monstros.

Comecei a me rastejar para longe da mulher extremamente bela e assustadora, eu a implorei para que não a machucasse.

— Ai meu deus! Você está grávida! Precisa sair daqui. - ela falou surpresa e preocupada.

Isso fica cada vez mais assustador, como é que ela sabe que estou grávida? Será que eles leem pensamentos?

Ela ignorou o meu choque e me ajudou a me levantar, me levando para longe de todo aquele caos. Eu estava atônita de tanto medo, eu não sabia o que eles eram e não queria saber, tudo que eu quero agora é fugir dessa mulher, desse lugar e dessa cidade.

— Não tenha medo. - ela falou olhando no fundo dos meus olhos e funcionou, eu não estava mais com medo.

— O que vocês são? - perguntei e antes que ela pudesse falar algo, os outros dois irmãos Mikaelson surgiram.

E lá estava ele, o Mikaelson com um lindo terno, mas dessa vez ele estava manchado de sangue, mesmo assim ele não havia perdido aquela postura firme e elegante. Ele limpava suas mãos sujas de sangue com um lenço branco, como se fosse adiantar de algo, pois suas mãos continuariam sujas de sangue.

Em New Orleans - Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora