𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒

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' 𝐏𝐚𝐢𝐠𝐞 𝐇𝐞𝐲𝐧 '

𝐎 𝐒𝐈𝐋Ê𝐍𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐎 𝐀𝐕𝐈Ã𝐎 𝐄𝐑𝐀 𝐑𝐄𝐂𝐎𝐍𝐅𝐎𝐑𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄

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𝐎 𝐒𝐈𝐋Ê𝐍𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐎 𝐀𝐕𝐈Ã𝐎 𝐄𝐑𝐀 𝐑𝐄𝐂𝐎𝐍𝐅𝐎𝐑𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄. Quebrado apenas pelo som suave dos motores e as respirações leves ao meu redor. Estávamos voando há algumas horas, mas eu sabia que o caminho pela frente não era longo. Meus olhos estavam pesados de cansaço, mas era impossível dormir. Não com Pietra tão próxima

Ela havia adormecido no meu ombro. Sua cabeça descansava levemente contra mim, o calor do corpo dela se misturando ao meu, e eu não conseguia parar de olhar para ela

Seu rosto parecia tão tranquilo assim, dormindo. A expressão dela, geralmente tão cheia de intensidade, agora estava serena. Seus cílios longos repousavam sobre as bochechas, os lábios ligeiramente entreabertos, e eu me peguei sorrindo, observando cada detalhe como se estivesse vendo algo raro e precioso

Minha mente voltou para tudo que passamos até aqui. Desde que nos conhecemos naquela loja, até agora, no meio do céu, voando para uma competição que poderia mudar tudo. Era louco pensar em como ela tinha se tornado tão importante para mim em tão pouco tempo. Havia algo nela que me puxava, algo que eu não conseguia explicar. E agora, com ela tão perto, vulnerável e descansando no meu ombro, parecia que o mundo havia diminuído para caber só nós duas

Eu me movi um pouco, tentando ajeitar minha posição, com medo de acordá-la, mas ela apenas se aninhou mais contra mim, suspirando levemente. Senti meu coração apertar de uma forma que me assustava. Não era algo que eu planejava. Esse sentimento, essa necessidade de tê-la perto... era como se, de alguma forma, tudo estivesse se encaixando, mesmo que eu ainda estivesse tentando entender como

Minha mão estava repousando na coxa dela, sem pensar, e eu comecei a traçar pequenos círculos com o polegar sobre sua pele. Era um gesto tão simples, quase automático, mas que me fez sentir mais conectada a ela do que nunca. Eu não sabia se ela sentia o mesmo, não sabia o que ela pensava quando me olhava, mas aqui, agora, parecia que estávamos exatamente onde deveríamos estar

Pietra murmurou algo inaudível no sono, sua respiração profunda e constante. Eu me inclinei um pouco para frente, inalando o perfume leve que vinha dela, uma mistura familiar que sempre me trazia paz. E, por um segundo, fechei os olhos, tentando memorizar a sensação desse momento. Eu sabia que, quando ela acordasse, as coisas voltariam ao normal. A tensão, as dúvidas, os medos...tudo viria à tona novamente. Mas, agora, ela estava aqui, no meu ombro, e isso era tudo que eu precisava

Eu abri os olhos novamente e a observei mais uma vez. Não sabia o que o futuro reservava para nós, mas, naquele momento, eu não me importava. Tudo o que eu queria era aproveitar esse pequeno pedaço de paz. Apenas nós duas, no meio do nada, voando para algum lugar, mas sentindo que, de alguma forma, já havíamos chegado aonde importava

E com isso, eu deixei o cansaço me vencer, fechando os olhos e descansando a cabeça contra a dela, sabendo que, pelo menos por agora, estávamos exatamente onde deveríamos estar

Bound - Paige Heyn Onde histórias criam vida. Descubra agora