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𝐎 Ú𝐋𝐓𝐈𝐌𝐎 𝐃𝐈𝐀 𝐄𝐌 𝐒𝐀𝐍 𝐃𝐈𝐄𝐆𝐎 𝐏𝐀𝐑𝐄𝐂𝐈𝐀 𝐓𝐄𝐑 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀𝐃𝐎 𝐑Á𝐏𝐈𝐃𝐎 𝐃𝐄𝐌𝐀𝐈𝐒. O sol já começava a baixar no horizonte, tingindo o céu de laranja e rosa, enquanto eu e Pietra caminhávamos lado a lado pela orla, aproveitando cada minuto que ainda tínhamos ali. As ondas batiam suavemente na areia, e a brisa leve do mar trazia aquele cheiro salgado característico, era semelhante ao cheiro de Pietra. Ela me lembrava a praia, me lembrava o Rio de Janeiro
Eu olhava de vez em quando para Pietra, que sorria distraída, como se estivesse tão imersa no momento quanto eu. O cabelo dela dançava ao vento, e seus olhos brilhavam com o reflexo do sol. A sensação de paz era quase surreal. Não precisávamos falar muito o simples fato de estarmos juntas ali, aproveitando a companhia uma da outra, já dizia tudo
— Vai sentir falta daqui? — perguntei, quebrando o silêncio confortável que nos envolvia
Pietra olhou para mim com um sorriso tranquilo
— Acho que vou sentir falta de estar assim...sem pressa, sem expectativas. Só a gente e o mar
Concordei com a cabeça. Esse último dia parecia diferente, como se todo o caos das últimas semanas tivesse se dissipado, deixando apenas a leveza de estarmos presentes uma para a outra. Era estranho pensar que em breve voltaríamos para nossas rotinas, mas naquele momento, nada disso importava. Era só eu, Pietra e o pôr do sol
Paramos em uma parte mais tranquila da praia, onde as pessoas começavam a se dispersar. Sentei na areia, e ela fez o mesmo ao meu lado, nossas pernas quase se tocando. O silêncio entre nós era confortável, preenchido apenas pelo som das ondas
— Queria que a gente pudesse congelar o tempo — Pietra murmurou, olhando para o mar com um olhar pensativo
Eu sorri, sabendo exatamente o que ela queria dizer
— Eu também. Parece que sempre tem alguma coisa ou alguém tentando acelerar tudo
Ela riu de leve, e me inclinei um pouco mais para perto, me deitando no céu ombro. Ali, sem multidões, sem câmeras, sem as preocupações de sempre, eu podia ser eu mesma, e ela podia ser ela mesma
Ficamos assim por um tempo, assistindo o sol sumir no horizonte, aproveitando a simplicidade do momento, até que ela se virou para mim, com um olhar suave e sereno
— Vamos caminhar mais um pouco? — ela sugeriu, estendendo a mão
Eu peguei sua mão sem hesitar, sentindo a familiaridade do toque dela, e nos levantamos. As ruas de San Diego começavam a se iluminar à medida que a noite caía, e seguimos andando, sem destino, apenas aproveitando a companhia uma da outra
Caminhamos em silêncio por um tempo, nossos passos sincronizados enquanto o som das ondas diminuía atrás de nós e as luzes da cidade começavam a brilhar mais fortes. A atmosfera noturna de San Diego tinha um toque mágico, como se cada rua e esquina estivesse sutilmente convidando a descobrir algo novo. O ar estava fresco, mas o calor que compartilhávamos bastava para nos manter aquecidas