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- Recebi uma carta de Lord Varys... Oberyn está em King's Landing - murmurou Rhaenys, seus dedos delicadamente segurando o pergaminho, enquanto o sorriso tímido que se formava em seus lábios não passava despercebido.
O som das ondas batendo contra as rochas de Dragonstone preenchia o ar ao redor, ecoando pelas paredes de pedra negra da fortaleza. O céu nublado lançava sombras sobre a sala iluminada apenas pela luz que entrava pelas grandes janelas arqueadas.
O soldado, Edric, estava ao seu lado, atento ao menor movimento da princesa. Ele franziu o cenho, percebendo algo nas palavras de Rhaenys que ele não conseguiu ignorar.
- Agora? - murmurou Edric, inclinando-se ligeiramente para espiar a carta que ela segurava com delicadeza. - Quero dizer... você já está aqui há meses, e só agora ele decidiu procurá-la?
O sorriso leve de Rhaenys desfez-se, como uma chama que se apaga com o vento. Ela desviou o olhar para o horizonte, buscando as palavras certas para responder, enquanto o som das ondas continuava a reverberar ao longe.
- Bem... a carta que enviei pode ter demorado a chegar até ele - tentou justificar, sua voz suave. - E a viagem até King's Landing é longa.
Edric continuava a observá-la, os braços cruzados em frente ao peito, e no silêncio que se seguiu, ele estudou as feições da princesa, percebendo a tensão por trás de sua calmaria.
- Rhaenys... - Edric quebrou o silêncio, sua voz mais grave e séria que o habitual. - Isso não é exatamente uma justificativa. Você pode dar à luz a qualquer momento, e só agora ele a procura?
Rhaenys ficou em silêncio, seus olhos cor de violeta vagando de volta para a carta. Ela releu as palavras que já conhecia de cor, como se a tinta no papel pudesse mudar de repente e trazer uma explicação melhor. Mas as palavras eram sempre as mesmas, tão fixas quanto as rochas que sustentavam Dragonstone.
- Varys diz que ele não sabe que estou aqui... - sussurrou, como se falasse consigo mesma. - Meu pai proibiu que lhe fosse dito.
Ela ergueu os olhos para Edric, que a encarava com uma expressão fechada, seus braços ainda cruzados em um gesto de ceticismo.
- E eu não vou dar à luz a qualquer momento - acrescentou, tentando dissipar a tensão. - Ainda faltam duas semanas.
Edric bufou, descrente, e revirou os olhos antes de responder.
- Você fala como se duas semanas fosse uma eternidade. - Ele murmurou com um tom de impaciência. Seus olhos escurecidos pela preocupação a fitavam com uma intensidade que só Edric conseguia ter.