Capítulo 28

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_________Capítulo 28 - Prometo_________


"Nós somos um segredo, não podemos ser expostas. É como isso é, é como isso será, longe dos outros, perto uma da outra".


Pov Juliette

Ir embora da casa de praia foi difícil para mim. Tantas coisas tinham acontecido naqueles dois dias que eu e Andrade passamos lá. Agarrei fortemente Sarah ao lado do meu carro, sem querer nunca mais ficar longe dela, mas sabendo que a vida real esperava por nós duas. A volta para a cidade foi longa e sem muitos acontecimentos, com exceção da hora em que Sarah passou com Kala por meu carro, voando como um morcego fugindo do inferno, costurando por entre o tráfego como uma lunática. Não sabia ao certo se Andrade tinha reparado, mas ela ficava sexy pilotando aquela coisa...

Depois de mandar uma mensagem para ela avisando que tinha chegado bem, preparei-me para uma noite entediante desfazendo a mala. Sarah havia prometido dar um pulo no meu apartamento mais tarde, o que, depois de um fim de semana inteiro juntas, ainda provocava um delicioso frio na minha barriga.

Fred sorriu quando me aproximei do balcão do hall de entrada, minha mala fazendo ruídos ao ser arrastada pelo piso de mármore.

– Boa noite, Srta. Juliette – cantarolou ele – Como você está?

– Estaria melhor se me chamasse de Juliette – aconselhei com um olhar brincalhão.

– Perdão, Juliette.

– Minha amiga, a Sra. Andrade, virá aqui mais tarde. Pode deixá-la subir direto, ok?

Fred pegou uma caneta e fez uma anotação.

– É aquela mulher alta com as... tatuagens?

Abri um sorriso torto.

– Sim, a própria, mas ela realmente não é tão assustadora quanto parece.

Fred ergueu as sobrancelhas.

– Vou confiar em você.

Gargalhei alto.

– Boa noite, Fred.

– Boa noite, Juliette – respondeu ele, tocando no boné.

Segui na direção dos elevadores. Enquanto apertava o botão para chamar o elevador, uma silhueta se moveu atrás de mim, chamando minha atenção. Quando percebi de quem se tratava, fiquei imediatamente cheia de raiva.

– O que está fazendo aqui? – repreendi.

O rosto de Camila não demonstrou nenhum sinal de surpresa pela minha reação.

– Vim conversar com você.

Soltei uma risada sarcástica.

– Não temos nada para conversar.

Virei meu corpo na direção do elevador e apertei o botão que já estava aceso, torcendo para que ele se apressasse.

– Você parece bem – murmurou – Parece muito bem.

– Por que você se importa? – questionei sem mudar o tom de voz. Cruzei os braços defensivamente – Olha, é melhor ir embora logo.

Desejo Proibido - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora