Capítulo 3

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19 de Setembro

Agarrada ao seu gato de estimação num dos braços e um copo de vinho no outro, Hermione Granger soprava a chama da vela no pequeno bolo, que flutuava à sua frente.

- Parabéns para mim, Crooks! - beijando a cabeça do gato mal-humorado.

Naquela segunda-feira, dia de aniversário, Hermione acordou tarde, passeou por Londres muggle desfrutando do anonimato que esta parte da cidade lhe trazia e ainda passou a tarde num spa para uma relaxante massagem, banho turco, sauna e uma esfoliação de corpo inteiro. Um luxo que tinha desejado quase durante um ano depois de ter experimentado pela primeira vez como prenda de aniversário de Ginny do ano anterior.

E pensava ao mesmo tempo, porque demorou tanto tempo para voltar a usufruir daquilo.

Sendo dia de semana, a grande comemoração dos seus vinte e seis anos seriam no próximo fim de semana com um grande almoço na Toca, onde Molly já a informou que reuniria o máximo de pessoas - aqueles grandes almoços e jantares tinham sido antídoto para a depressão que Molly viveu durantes os dois anos que seguiram à morte do filho Fred.

Então sozinha, naquela segunda-feira, terminou o dia ao passar pela sua pastelaria perferida para pegar num bolo e pelo restaurante japonês para pegar no jantar, passando pela casa de infância agora alugada a um jovem casal que acabara de ter gémeos, decisão de alugar foi tomada depois de longas sessões de terapia e não ter conseguido restaurar a memória dos pais, acabou por comprar o imóvel ao casal que vivia confortavelmente na Austrália que não tinha intenções de voltar para a Europa.

Na ilha que separava a cozinha da sala de estar, estavam dezenas de prendas, desde presentes dos colegas e funcionários do Ministério, fãs da Golden Girl e dos amigos mais chegados. Um grande vaso com as flores mais exóticas que tinha visto na vida e sabia que eram raras em Inglaterra pelo aspecto, raras e caras, destacavam-se do conjunto inteiro de flores que tinha recebido e quando viu o cartão, não ficou admirada pela excentricidade, mas chocada por ser da Família Malfoy.

Como é que de repente estava a receber flores da parte deles?

Era tão estranho.

Parecia que desde do aparecimento de Narcisa Malfoy no departamento dela, a família deles tem surgido em tudo que a envolva. E com isso recordou do artigo e da escolha que lhe tinha calhado no questionário. Ela decidiu que leria novamente o artigo, algo devia estar errado nas suas respostas, induzidas pelo vinho elfico que Luna trouxe e que tinha bebida naquela noite.

Iria voltar a fazer o teste.

A revista ainda estava aberta no artigo juntamente com a folha que estivera a rabiscar com o nome dos herdeiros masculinos e riscava os que estavam comprometidos.

Um deles seria o seu futuro marido, dissera às amigas.

E não foi que o questionario tinha dito que era mesmo um deles o seu ideal e Hermione teve vontade de queimar a revista na hora, mas controlou-se

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E não foi que o questionario tinha dito que era mesmo um deles o seu ideal e Hermione teve vontade de queimar a revista na hora, mas controlou-se.

A fotografia de Draco piscava em vários ângulos, mostrando o homem, ela tinha que admitir, elegante e charmoso que ele se tornara ao longo dos últimos anos. Não podia negar que o homem era atraente, naquele seu ar aristocrático e enigmático. Agora, o que mais surpreendia Hermione, era como ele era a sua melhor compantatibilidade de homem, isso sim não encaixava. Ele era tudo o que ela abominava no mundo e o que representava, e o último ano em Hogwarts não limpava a imagem dele dos primeiros ano em Hogwarts.

Suspirou, lembrando-se das palavras das amigas: é apenas um questionário, não quer dizer que seja real, dissera Ginny. Já Luna, na sua forma sonhadora e descontraída, informou que teriam os filhos mais bonitos de caracóis loiros e olhos azuis se ela avançasse na relação.

Não havia nada em comum entre os dois. Como é que ele podia ser o seu ideal de homem, com noventa e dois porcento de compatibilidade?

Malditas revistas fofoqueiras. 

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