Capítulo 5

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12 de Novembro

A época de Natal chegou com a força toda, as decoração de Natal já enfeitavam as casas e a Mansão dos Malfoy não era execção, olhando para os longos jardins enfeitados.

Estava à 5 minutos ou talvez mais em frente do portão da Mansão sem atravessá-los.

Todas as antigas memórias voltaram, mesmo que não sentisse a mesma aura negra em tempos, não sabia como atravessar sem que despertasse as memórias mais dolorosas que tivera atrás daquelas paredes. Inconsciente passou a mão pelo braço, respirando fundo. Tinha feito terapia, era para isso que tinha feito terapia, para apagar as lembranças dolorosas daquele lugar.

Um pop ao seu lado fez saltar e olhou assustada para a pequena criatura.

- Menina Granger é um praz...

- Peço desculpa, diga a Mrs. Malfoy que tive que ir de ir - interrompeu o discurso da pequena elfa e virou costas à Mansão, aparando um metro depois.



13 de Novembro

Ginny olhou para o filho de um ano e meio a correr atrás de Teddy, rindo como um tolinho e para deleite dela. Ao fundo na cozinha da pequena casa de campo, Harry ajudava Andromeda que tratava de tirar o bolo do forno, que acabara de fazer. Um gritinho de alegria do filho fez de novo olhar para a cena dos mais pequenos, onde James atirava-se para cima de Teddy.

- A nossa alegria mesmo depois das noites em branco e as birras porque não querem comer, mesmo assim são a nossa alegria - suspirou Ginny virando-se para Mrs. Malfoy - Mas não foi por isso que me chamou para virmos tomar chá - com um sorriso porque imaginava o que seria - no que posso ajudá-la?

Narcisa Malfoy sorriu quando bebericava o seu chá.



26 de Novembro

Hermione olhou em volta pela sala elegante decorada com várias cadeiras organizadas na direção de onde ia fazer a apresentação, uma mesa de com a mais elegante seviço de chá, flutes de champanhe e imensa comida. Olhou com inveja para os flutes de champanhe, mas com consciência pegou numa chávena de chá. Tinha tomado uma Poção para Acalmar, fora assim que conseguira atravessar os portoões abertos da Mansão e como uma lufada de ar fresco que entrou, reparando que não havia mais escuridão nas paredes da Mansão, como se tivesse renascido outro edificio no lugar do antigo sobre as cinzas negras do mal.

Voltou-se para a plateia que estava ali.

Havia muitas mulheres, muitas delas viúvas representantes de grandes famílias ou pessoas com influência positiva na comunidade mágica como jornalistas e membros do ministério - Narcisa realmente tinha chamado a artilharia pesada para aquela reunião, o que não admirava nada já que ela mostrava-se à vontade sendo a anfitriã daquele evento.

Nada que Hermione fosse se queixar, estava ali apenas para explicar o seu projeto de crianças que tem pouca proteção e cuidados médicos após serem mordidas por lobisomens em ataques vis e sem controlo, crianças marginalizadas pela sociedade que devia protegê-las. Tinha conseguido reformular a fórmula da poção de acônito já que, se tivesse o apoio certo, poderia ajudar que estas crianças tivessem uma vida completamente normal através de injeções que retradariam os sintomas ou mesmo a não manifestação de licantropia. Mas para isso era preciso que o Ministério tivesse aprovado em assembleia o apoio àquele projeto, ceder um espaço para criar um laboratório, a autorizaçao para a busca de ingredientes que não se encontra num simples boticário e dinheiro, muito dinheiro. Sabia que um dos fatores de ter sido rejeitado é da fórmula não ter sido ainda testada, nem que tivesse provas que esta resultava. Era tudo muito bonito, segundo as palavras de um dos membros da Wizengamot, mas que garantias Hermione dava que aquilo resultava e resultados visiveis para provar aquilo tudo.

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