Fim de férias.

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Capitulo 2

Depois de muita conversa, decidimos que vamos dividir a casa pra ver se daria certo, porque nem ele tinha para onde ir e nem eu queria voltar para a casa dos meus pais.

— Se não der certo, na próxima semana você volta para a casa dos seus pais. — Ele afirma, confiante.

— Eu não dou trabalho.

— Mas eu dou e muito. — Ele diz com um sorriso malicioso no rosto.

— Se importa se eu colocar meus alimentos em sua geladeira? — Falo levando duas caixas de roupa para um dos quartos.

— Não, contanto que não coma as minhas comidas. — Ele me observa.

— Não sou ladra.

— Sorte a minha por ter que dividir casa com uma gatinha como você. — Marcus fala enquanto vem atrás de mim no quarto.

— Me acha “gatinha”? — Dou uma risada.

O jovem se apoia na porta, cruzando os braços musculosos.

— Muito. — Ele me olha de cima a baixo. Eu também te acho muito gato, mas não irei aumentar seu ego.

— Hum… — dou um sorriso disfarçado, enquanto ponho minhas roupas dobradas dentro do guarda-roupa do Marcus.

— Isso é seu? — Fala pegando uma calcinha de dentro de uma sacola em cima da cama e dando um sorriso intrigante.

— Sim, ganhei de presente de uma amiga.

— Sua amiga tem bom gosto.

— Entendi.

Me direcionei até a sacola dos sapatos e os tiros de cada bolsa.

— Esse salto da YSL, você comprou?

— Olha, o badboy legal gosta de saltos. — Dou uma leve risada. — Sim, eu que comprei.

Recebo uma ligação da Claire, então eu faço sinal de silêncio para Marcus e atendo.

— Oi.

— Chegou bem?

— Cheguei bem… cansada, terminando de guardar as coisas irei dormir.

— Você está falando com algum homem? — Pergunta Marcus quase sussurrando.

— Não interessa.

— Com quem você está falando? — Claire pergunta.

— Uma história bem louca, amanhã te conto na faculdade.

Desligo a ligação, guardando o celular no bolso. Termino de guardar todas as minhas coisas.

— Tem água no chuveiro? — Pergunto.

— Você estava falando com um homem?

— Tá com ciúmes, é? — dou um sorriso. — Era a mesma amiga que me deu a calcinha.

— Tem água no chuveiro, sim.

— Ótimo. Se tentar entrar no banheiro enquanto eu tomo banho, corto seu pau fora. — A verdade é que eu queria que ele entrasse mesmo, mas nem tudo que a gente quer, a gente pode ter.

Me direcionei ao banheiro com um roupão na mão e tranco a porta, removendo roupa por roupa, enquanto me olhava pelo espelho.

— Sou gatinha mesmo. — Sussurro.

— Eu falei! — ele grita do lado de fora, eu não dou bola e apenas tomo meu banho normalmente.

Saio do box, vestindo meu roupão delicadamente, enquanto pego minhas roupas sujas e meu telefone. Vejo uma mensagem da minha mãe.
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