11° Capítulo - Ingratidão.

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     No fim, por ter consciência da situação do Senju, o Uchiha permitiu que ele dormisse consigo em seu quarto. O acastanhado aceitou, então, se deitaram para descansar do longo dia que parecia interminável.

     Mas não importava quanto tempo passasse, nem Hashirama e nem Madara conseguiam dormir.

     — …Sem sono?

     — Sinceramente, sim. Me sinto um pouco inquieto. – o acastanhado admitiu.

     — Pela situação de hoje?

     — É.. – suspirou – Você..

     O Senju foi interrompido com o Uchiha dando leves tapinhas mais ao seu lado na cama, indicando que o acastanhado poderia deitar em seu braço.

     Hashirama, que não é bobo e nem nada, não hesita em aceitar com um pequeno sorriso nos lábios. Ele deita no braço do moreno, aconchegando-se enquanto o bom cheiro do outro invadia seu nariz. Encostou sua testa no peitoral do Uchiha, abraçando-o, trazendo seu corpo mais para si.

     Seus pensamentos estavam unicamente focados no Uchiha, seu cheiro e como ele adorava estar assim com o moreno.

     — …Hashirama!

     Foi tirado, infelizmente, de seus pensamentos. Soltou uma baixa risada, aninhando-se novamente.

     — Perdão. Sim? Não escutei.

     — Perguntei o que você ia dizer.

     — Ah, sim, sim. Eu ia dizer que, sabe, além da situação com meu pai, tem todo esse negócio de eu ter que me tornar líder..

     — Você sempre gostou da ideia de liderar o clã um dia, não? Você sempre dizia isso quando criança.

     — Eu dizia?

     — Dizia. Eu lembro. Você estava sempre pelos cantos falando que criaria um lugar onde todos possam viver em paz e..

     — Sem guerras. – completou.

     Madara assentiu, dando risada enquanto lembrava de sua infância e adolescência, essa na qual Hashirama esteve presente quase cem por cento.

     — É, mas eu lembro muito bem de você concordando comigo! Falando que também queria criar um lugar assim.

     — É.. Bom, acontece.

     “Acontece..” Hashirama pensou. Eles permaneceram quietos por alguns instantes, mas não foi um silêncio desconfortável. O acastanhado permaneceu onde estava, quando uma ideia iluminou sua cabeça. Ele levantou um pouco seu corpo, para poder olhar para o moreno.

     — Visto que você parece feliz, devo acreditar que teve uma ideia ultra, mega, hiper genial?

     — Isso mesmo! – ele sorriu – Madara, você lembra o que eu mandei em uma carta?

     — Em qual das 2556 cartas?

     — E você, por acaso, lembra do conteúdo de todas elas?

     — Uhum. Todas elas. – ele sorriu.

     — Por que você é assim? Meu Deus… – o acastanhado sentiu suas bochechas esquentarem, então apenas deu risada – Na mais recente que eu mandei!

     — Tinha bastante coisa nela.. – Madara dizia sem fazer contato visual. Estava brincando. Era claro que ele imaginou qual teria sido a ideia ultra, mega, hiper genial.

Entre Clãs - HashiMada.Onde histórias criam vida. Descubra agora