Capítulo 14: O Transporte Mágico

32 4 0
                                    

A pousada Irmãs Bruxas de Salém estava agitada naquela manhã de domingo, 3 de fevereiro. Era um dia antes da véspera do início das aulas do ano letivo bruxo para Maria Eduarda, Luana e Victoria. Todas estavam ansiosas.

Neste mesmo dia, elas partiriam da pousada para Castelobruxo em um transporte mágico, até então desconhecido pelas três.

Segundo Diego lhes falou, todo ano, os alunos bruxos saem de suas casas (no caso delas, da pousada) para fazerem uma concentração em uma sede, de onde irão partir para Castelobruxo, que fica em em um lugar invisível para trouxas, mais precisamente na floresta amazônica.

A sede do transporte variava todo ano para ficar mais difícil de alguém o descobri-lo, estratégia utilizada desde a fundação de Castelobruxo.

Nesse ano por exemplo, em 2.024, a sede seria em Ouro Preto em Minas Gerais, cidade histórica do país, antiga Vila Rica. Dentre suas informações, Diego disse que tal cidade possuía grande valor mágico.

- Então dessa forma, não seria um pouco óbvio lá ser a nossa sede?; indagou Maria Eduarda, inquieta, ansiosa com a ida para a escola bruxa.

- Não, pois nós nunca a usamos como sede, e mais difícil de se disfarçar pois não é tão populosa, é mais turística e é em Minas Gerais. A maioria de nossas sedes de transporte foram no Rio de Janeiro.

- Rio capital?; perguntou a mesma novamente.

- Há dois anos foi lá.; respondeu Diego pacientemente.

As vezes, Maria Eduarda achava que perguntava demais. Até mesmo antes de descobrir ser bruxa, em muitas outras situações, até mesmo as mais banais ou cotidianas ela tinha essa mania de ter curiosidade e perguntar. Já fora até repreendida por parentes e vizinhos por causa disso. Pensava também se isso era uma qualidade ou um defeito...

Pensando nisso, se distraiu das perguntas que estavam em sua cabeça e ficou calada. Ficou se olhando no espelho, vendo como ficou com o uniforme. O verde lhe caía bem.

Essa cena lhe fazia cair a ficha que o esperado dia chegou. Iria finalmente para Castelobruxo, o lugar pelo qual se preparou para ir nos últimos dois meses, e deixou a família no Rio de Janeiro para ir pra lá.

Chegava a cogitar a nem ir. As vezes a desmotivação batia na sua porta, e levantava muitas questões na cabeça de Maria Eduarda. Era o tal do pensar demais...

Pensava no tamanho do tempo em que ficara longe dos pais e da irmã. Sentia muitas saudades e, momentaneamente, achava que não poderia suportar mais tempo longe deles. Era algo no se sangue, alma ou algo do tipo: tinha que ficar ao lado da família para sentir que estava fazendo o certo.

Mas também raciocinava e concluía que se fizesse isso de abandonar Castelobruxo de última hora, iria decepcionar seus pais quanto ao seu potencial e também, os meses todos de preparação em que ficara longe deles teriam sido em vão.

Também tinha a questão dos tais mistérios que tinham aparecido do nada. Será que valeria a pena correr atrás deles? Será que seriam perigosos? Será que realmente conseguiria respostas? Será que...

Mas logo também espantava essas ideias. Tinha que correr os riscos. Nada é por acaso. Se tinha que descobrir alguma coisa, seria lá em Castelobruxo. Respostas pela qual tanto esperou. Tinha que correr atrás para pelos saber que não desistiu. O quê tiver de ser será.

Tudo isso passava-se no tempo em que olhava seu reflexo no espelho, também refletindo talvez seus pensamentos. Olhava sua imagem detalhadamente, como se estivesse analisando precisamente alguma coisa, ao mesmo tempo distraída não notando nada por estar reflexiva com seus pensamentos quando te chamaram:

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 01 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Castelobruxo Vol 1: A Magia ElementarOnde histórias criam vida. Descubra agora