- Que droga!; exclamou Victoria, ao sair do armário mágico. : - Se eu soubesse que ele não iria vir com a gente, teria deixado meus pais nos acompanharem.
- De última hora ele desmarca essas coi...; ia dizendo Maria Eduarda, quando notou que acabara de cair a ficha que foi teletransportada por um armário mágico. : - Como é que ele fez isso?
- Armários interligados. Você coloca algo ou alguém dentro do armário, lança o feitiço e o teletransporta para o outro armário que está ligado ao outro. Você ainda vai ter que se acostumar com esse tipo de coisa bobinha.
- Vai me chamar assim até quando?; perguntou a garota brasileira, começando a se estressar com o novo apelido.
- Até quando você parar de ficar com essa cara de boba toda vez que vê alguém usando magia.
- Nossa, muito engraçada você, não?
- Não exagere, vá!
- Está bem. Mas vamos logo comprar essas coisas, ainda mais desacompanhadas.
As duas amigas saíram do local para onde o armário havia as levado para um casebre pequeno e vazio, provavelmente reservado para o transporte de pessoas da pousada e foram a caminho do endereço do café da manhã delas.
Sentaram-se no café e também restaurante e pediram um café com uma tortinha de abóbora.
- Bom, depois de tomar o café o que vamos comprar? As varinhas talvez?; perguntava Maria Eduarda.
- Já vi que não entende nada de compras escolares bruxas. A varinha se compra por último. Aliás, você não escolhe a varinha, a varinha que te escolhe. É a parte mais legal, a recompensa por passar o dia inteiro comprando e...
- Já entendi Victoria. Então vamos começar pelo o quê?
- Acho que primeiro os livros, depois os equipamentos e uniforme, e por último a varinha. Ah, e algum animal também se a gente quiser.
- Mas agora eu me liguei de uma coisa: e a grana? Como que a gente vai comprar os materiais? Diego não deixou nada com a gente além das listas.
- Bom, tem uma conta no banco reservada para bruxos nascidos trouxas e para alunos que os pais não têm condições de pagar. O problema é: eu não faço a mínima ideia de onde é o banco.
- Então como que a gente vai se virar aqui?
As duas ficaram em silêncio por algum tempo pensando em uma solução para o problema.
- Já sei!; exclamou Victoria: - A minha mãe deixou o valor para eu comprar o meu material, mais o valor caso a gente quisesse algo opcional como um animal. Juntando tudo dá uns quinhentos galeões. Dá e sobra pois o material obrigatório de nós duas somados dá trezentos!
- Sua mãe salvando a gente de novo!
- Então vamos logo. Antes deixe eu pagar a atendente.
****
Em poucos momentos depois, as duas estavam procurando os devidos livros citados na lista na prateleira de uma livraria chamada: "José Machado & filhos: Livros e Bruxaria".
- "Trevas e Magia Negra por Fernando de Freitas." Já pegou o seu?
- Sim, tá aqui. Você já pegou "Magia Elementar por Roberto Alves"?
- Foi o primeiro que a gente pegou Duda. Esqueceu?
- Ah, sim é verdade. Já pegamos todos os oito?
- Eu já. Confere os seus.
- Eu também.
- Ótimo! Então vamos sair daqui. Você vai querer algum livro opcional?
- Sei lá...; disse Maria Eduarda olhando atentamente as capas dos livros.
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Castelobruxo Vol 1: A Magia Elementar
FanfictionMaria Eduarda tem 11 anos, vive com seus pais e sua irmã no subúrbio carioca. Não havia nenhuma habilidade especial em sua opinião e se via em uma situação preocupante, com futuro incerto. A possível solução surge um dia após seu décimo primeiro ani...