Headmaster's office

14 2 0
                                    

Era um dia após a cerimônia de formatura, a maioria dos alunos do 7º ano já estava com as malas prontas para pegar um trem de volta para suas respectivas casas. A maioria deles, apesar do final assustador e depressivo deste ano letivo, ainda estava feliz e esperançosa no final dele. Tom também fez as malas e conseguiu passar seu diário para o garoto do 4º ano da Lufa-Lufa com quem fez amizade depois de passar algum tempo na ala hospitalar.

O adolescente era bonito, gostava de quadribol como Ginny e tinha quase a mesma idade que ela. Ele também era um bruxo puro-sangue de uma boa casa, nada além do melhor para sua irmã. Ele até fez questão de apresentá-lo a Ron, para que eles tivessem uma desculpa válida para convidá-lo para a Toca para verificar o progresso de Ginny.

Ele, é claro, a forçou a fazer um voto inquebrável de retornar e devolver seu diário quando ela estivesse fora. Ele não queria arriscar. Eles poderiam fazer uma pequena correção de memória depois disso. Todo mundo merece. Tom ficou feliz em saber que Ginny estava se aquecendo um pouco com ele depois disso, esperando que ele o perdoasse completamente pelo começo difícil, ela já havia entendido que ele fez o que tinha que fazer. Afinal, para que serve a família?

Mas então seu final de ano positivo desmoronou quando ele viu o que aconteceu no final da Terceira Tarefa.

Tom estava à beira de um ataque de pânico quando Dumbledore confirmou oficialmente o que ele já suspeitava. Lord Voldemort foi quem matou Cedrik Diggory. Todos os pesadelos de repente fizeram sentido. O Lorde das Trevas queria que sua horcrux estivesse pronta para seu mestre.

- Thomas! - O diretor o interrompeu antes que ele pudesse retornar às masmorras da Sonserina.

- Sim, diretor Dumbledore? - perguntou Tom, contendo suas preocupações sob a máscara de um comportamento frio e calmo.

- Venha comigo, pedi para seus pais viajarem para Hogwarts. Tínhamos um assunto importante para discutir.

Dumbledore estava ali de pé com as mãos atrás das costas. Tom estava muito nervoso observando sua linguagem corporal, ele tinha um mau pressentimento sobre isso. No entanto, ele não tinha escolha a não ser obedecer seu professor.

- Claro, diretor. - Ele assentiu e o seguiu.

Quando chegaram à sala do diretor, Dumbledore deixou Tom entrar e disse:

- Por favor, espere por mim. Arthur e Molly devem se juntar a nós em um minuto.

O jovem sentou-se em uma cadeira ao lado da mesa quase sem se mover, mas serviu-se de uma bala de limão que estava em uma tigela.

Faweks estava dormindo em seu ninho, felizmente, já que Tom tinha certeza de que aquele maldito pássaro tentaria atacá-lo de outra forma. Assim como seu dono, phenix nunca gostou do garoto.

Então, depois de mais 15 minutos de espera, ele viu algo em um canto do escritório.

- Penseira... - Tom sussurrou com admiração.

Ele hesitou por um momento, mas o livre acesso às memórias do velho mago era tentador demais. Ele estendeu a mão para a névoa perolada que cercava o enorme artefato mágico...

- Março de 1993, Hogwarts -

Três adultos muito familiares estavam sentados no escritório do diretor. Molly estava com o choque estampado no rosto, e Arthur estava à beira das lágrimas. Tom os observava, parte dele queria ir até eles e apoiá-los em qualquer dor que estivessem sentindo, mas é claro, tudo isso já tinha acontecido. Ele só conseguia ouvir e ver o que era a comoção.

- Você está me dizendo que Você-Sabe-Quem aprisionou minha única filha nessa coisa toda de "horcrux" e espera que eu não faça nada a respeito?! - Molly gritou para o diretor de Hogwarts com descrença.

- Concordo com Molly, seja isso um negócio da Ordem da Fênix ou não, você espera muito de nós. - Arthur Weasley assentiu.

Alvo Dumbledore só conseguiu lançar-lhes um olhar triste e de desculpas; ele nunca foi pai, mas conseguia imaginar o que eles sentiam.

- Este não é exatamente Lord Voldemort, pelo menos, ainda não. - Ele tentou mostrar a eles seu apoio e compaixão nesta luta. - E não sabemos do que essa... coisa é capaz. Até descobrirmos o que ele fez com Ginny e onde ela está, devemos jogar o jogo dele, do jeito que ele quer.

Os Weasleys se olham com medo, isso significaria que eles tinham que deixar esse estranho, que eles sabiam ser perigoso, entrar na toca? Para suas vidas? O que esse espírito maligno queria deles em primeiro lugar? Por que Ginny? Por que eles?

- Eu prometo a você, não descansarei até que Ginny esteja segura com vocês dois, de novo... - Albus colocou a mão no coração. - E eu lhe forneço a poção certa, que cancelaria os efeitos do feitiço de alteração mental que ele usou. Se você quiser, posso pedir mais para o resto dos seus filhos.

Molly agarrou a mão de Arthur com firmeza e eles assentiram.

- Não, acho que só precisamos de dois frascos por enquanto... - Ela disse. - Já chega de termos que suportar esse pesadelo...

Tom engasgou ao sair da memória. Então eles sabiam? Eles sabiam o tempo todo?

- Tom?

Ele ouviu a voz de Arthur atrás de suas costas. Ah, não...

Ele não podia se esconder agora, o medo o dominava... Tom estava preso dentro do pequeno escritório com três inimigos... não, não, não...

Ele rapidamente pegou sua varinha.

- Não se aproxime mais...

Tom podia sentir suas bochechas esquentarem enquanto as lágrimas rolavam de seus olhos. Ele sabia qual feitiço usar agora, mas simplesmente não conseguia atacar...

Molly deu um primeiro passo e correu até Tom. Antes que ele pudesse reagir, ela pegou a mão dele na dela.

- Tommy... - Ela queria dar um tapinha na bochecha dele.

Ele estava tremendo. "Tommy"? Isso era só uma mentira. Ele também era um mentiroso. Então por que...

- Vá embora ou eu te amaldiçoo! - Ele sibilou.

- Por favor, deixe-me explicar. - Sua voz maternal era suave, mas confiante.

- O que quer que você tenha visto, não foi o fim da história... Alvo não sabe de tudo... - Arthur acrescentou.

- Legilimens. - Molly apontou sua varinha em sua própria direção

Odd one outOnde histórias criam vida. Descubra agora