[+18] No Reino Mágico, acreditava-se que a família real Pearl tinha o dever de garantir segurança e prosperidade a seus súditos, um pacto sagrado com o reino. Para protegê-los, de geração a geração, mulheres da família real Pearl, eram destinadas a...
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"Não é porque sou um demônio, que devo ser cruel"
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Corri do quarto para caçar o Livro de Feitiços assim que Ace foi embora. Meu namorado mora no reino vizinho. O Reino de Noctares, onde a noite não tem fim, seus habitantes variam entre magos de poderes surreais e obscuros, e lobisomens que sempre estão em sua forma lupina.
Ace se teletransporta através de um portal quando vem me visitar, já que meus pais não gostam da sua presença no palácio. Em parte, gosto de não termos regras sobre não poder beijar ou perder a virgindade antes do casamento.
Ter relações antes das alianças é algo totalmente comum no reino mágico.
Apesar de já ter tentando com o Ace e ter falhado, eu ainda penso em ter essas relações. E não pretendo casar. Seria uma perda de tempo. Eu quero ser livre e, sinceramente, não me dou muito bem com crianças.
Meus passos no grande salão são rápidos e fazem barulho devido aos saltos finos que estou usando. Pensamentos sobre onde o livro pode estar inundam a minha mente. E vou eliminando qualquer lugar que com certeza a Rainha não o esconderia.
Seus aposentos.
Camara de reuniões.
Viveiro de plantas no jardim.
Ah!
Escritório do Rei. Minha magia flui dentre os dedos, sentindo cada parte daquele local, me deparo com uma força diferente, mas a ignoro, indo diretamente para aquele local onde está guardado o livro da família.
Senti a maçaneta gélida na mão ao alcançá-la, estremeci um pouco e a girei, abrindo lentamente a porta que rangeu. Mas como nem todos os seres do mundo sobrenatural são abençoados pelo universo, assim como eu, não tenho sorte ao adentrar o local.
Azael Dean me esperava com um sorriso insuportável nos lábios. Minha expressão mudou de imediato ao notá-lo sentado na cadeira do Rei, os cotovelos apoiados sobre a mesa do escritório dele.
— Veio pegar algum livro? - seu olhar ficou escuro em um nível assustador.
Mas não deixei me abalar.
— O que você está fazendo aqui? - indaguei. — O meu pai te odeia. Ele vai te matar!
— Que isso, já fizemos as pazes. - Azael debochou, cruzando os dedos e recostando as costas sobre a cadeira de couro escuro do escritório do meu pai. — Porém, ele não ficará feliz quando souber que a filha dele entrou de fininho em seu escritório para pegar o livro que ela foi proibida de tocar.
