05

3 1 0
                                    

" o jogo do poder é como um xadrez, jogado por dois adversários usando estratégia e a manipulação, mas essa batalha pode variar de acordo com a força da sua peça e se você tem a inteligência para saber lidar com o seu oponente, mas a vitória não está somente nas peças mas da aptidão de quem joga"

A música começa, uma valsa lenta e melodiosa. Os olhos deles se encontram, carregados de intenções e emoções não ditas. Com um ligeiro aceno de cabeça, eles começam a se mover, seus passos espelhando perfeitamente um ao outro. A mão do homem segura suavemente sua cintura, guiando-a com firmeza, mas com um toque de ternura. Ela, em resposta, coloca sua mão no ombro dele, e seus dedos se entrelaçam, criando uma conexão visível, eles giram pelo salão, cada passo desenhando um padrão complexo no chão. Seus movimentos são fluidos e graciosos, como se estivessem flutuando. A dança é uma conversa silenciosa entre os dois, cada movimento carregado de significado, não parecia que era a primeira vez que estavam dançando.

- Se me permite, gostaria de saber o nome do cavalheiro? - sorrir
- a senhorita realmente não sabe quem sou eu, curioso - sorrir
- sua voz passava uma sensação de tranquilidade sendo calma e baixa.
pode me chamar de Norlan - sorrir
- Quando ele a puxa para mais perto, seus rostos ficam a poucos centímetros de distância, e os olhos dele brilhavam em diversão
- sempre desconfiada de tudo e todos
nos conhecemos ?

Ele guia a dança com uma energia crescente, suas figuras movendo-se como uma só através do espaço, A música chega ao ponto alto, e eles executam uma sequência final de movimentos rápidos e precisos, culminando em um giro dramático onde sou levantada no ar,Quando retorno ao chão, nos mantemos em uma pose final, respirações entrecortadas e corações acelerados, os olhos ainda fixos um no outro, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido. e ele faz uma pequena reverência saindo do local sorrindo seu irmão se aproxima surpreso
- quanta sincronia com o príncipe, começou bem - sorrir
- Com quem - fico surpresa
vai me dizer que não sabe que ele é o segundo príncipe de urantes
não sabia
- ele não costuma dançar acho minha irmã é encantadora - se gaba
Não contenho o sorriso
- nunca vi alguém se gabando pela irmã e logo lembro do meu plano inicial, vejo uma pessoa distraída e vou em sua direção trombando de propósito derrubando sua bebida no vestido e o duque e algumas pessoas vão em minha direção.
- sinto muito - tremendo de medo

não o jugo com a fama de neera de escandalosa , dou meu melhor sorriso
- está tudo bem foi só um acidente
minha vizinha está bem ?
- estou bem foi só um acidente vou me retirar para me limpar e tudo ficará bem
tem certeza - preocupado
- sim tenho certeza - sorrir
vou em direção a porta quando passo pelo príncipe e ele sorrir
- boa desculpa - toma um gole da taça de vinho que estava em suas mãos
- não sei do que está falando senhor - olhando para frente
- não sabia que a joia do império a princesa caçula do rosset provocaria um acidente com suas próprias roupas para sair de seu primeiro baile - leve sorriso
- como ousa eu jamais faria algo assim..
- nossa como a senhorita mente - sorrir
- não passe dos limites senhor e eu não lhe devo satisfação, se intrometa em assuntos que não lhe dizem respeito - irritada

Me afasto deste homem mas tenho medo que ele comente isso e tudo acabe indo para o ralo, mas escuto sua risada de longe como se estivesse se divertindo.
Estava em um jardim escuro à noite, onde a luz da lua mal penetra a espessa vegetação. As árvores altas lançam sombras longas e sinistras no chão, enquanto o vento suave sussurra através das folhas, criando um som quase fantasmagórico. O ar está pesado com o cheiro pungente de terra molhada, um indicativo recente de chuva. Pequenas gotas ainda pendem das folhas e galhos, brilhando como pequenos diamantes na escuridão,Imagine um jardim escuro à noite, onde a luz da lua mal penetra a espessa vegetação. As árvores altas lançam sombras longas e sinistras no chão, enquanto o vento suave sussurra através das folhas, criando um som quase fantasmagórico. O ar está pesado com o cheiro pungente de terra molhada, um indicativo recente de chuva. Pequenas gotas ainda pendem das folhas e galhos, brilhando como pequenos diamantes O solo, ainda úmido da chuva recente, está traiçoeiro. De repente, seu pé escorregou em um pedaço de terra instável, e ela perdeu o equilíbrio. Com um grito sufocado, ela cai pesadamente no chão suas mãos tentando amortecer a queda. O impacto a deixa momentaneamente atordoada, e a sensação fria e úmida da terra em suas mãos contrasta fortemente com o calor de seu desespero, Ela tenta se levantar rapidamente, mas a deixa a deixa dolorida. Seus olhos varrem o escuro ao redor, buscando qualquer sinal da criança. A lua, agora obscurecida por nuvens passageiras, oferece pouca ajuda, a visão estava embaçada e o ambiente exalava um cheiro de pinhas quando escuta um som súbito de galho se quebrando que ecoa no ambiente, fazendo-a parar abruptamente. O estalo seco reverbera através das árvores, intensificando a sensação de mistério e perigo que permeia o ar. Seus olhos arregalados e coração acelerado, ela se vira na direção do som, seus sentidos em alerta máximo.

Entre as sombras, ela vê uma figura pequena e frágil. É uma criança com cabelos lilás claros, que brilham suavemente à luz da lua. A peculiaridade de sua aparência é aumentada pelos pequenos chifres que se projetam de sua cabeça, lembrando delicados chifres de rena. A criança está machucada e chorando, suas lágrimas refletindo a luz fraca e caindo silenciosamente sobre a terra molhada, O choro da criança é um som suave e angustiado, cada soluço cheio de dor e medo, se apressa em direção à criança, ignorando a dor em seus próprios membros machucados. Quando se aproxima, percebe que a criança está com um ferimento no joelho, sangue misturado à sujeira da queda, assim como vários hematomas, enquanto tenta acalmar a criança, murmurando palavras de conforto, um som de guarda surge ao longe, um barulho rítmico e metálico que corta a quietude da noite. É um som distinto, como passos firmes de botas pesadas sobre o solo úmido, indicando a aproximação de alguém com autoridade.

Ao olhar ao redor, seus olhos nervosos tentando localizar a origem do som. A presença da guarda adiciona uma camada de urgência à situação. Ela sabe que deve agir rápido. Com cuidado, ela pega a criança nos braços, sentindo o peso leve e a vulnerabilidade da pequena figura contra seu peito,Com determinação renovada, ela começa a se mover novamente, agora mais cuidadosa para evitar escorregar ou cair, ao se esconder em meio às sobra ver que está tremendo
está tudo bem, tem algum lugar para onde voltar?

A criança, ainda tremendo, está visivelmente assustada. Seus olhos lilás estão arregalados, e lágrimas correm por suas bochechas pálidas enquanto ela tenta falar, Com a voz trêmula e entrecortada, a criança começa a falar.
- Meu irmão... ele está preso... na masmorra - diz, as palavras saindo em soluços. Cada frase parece um esforço enorme, como se reviver a experiência fosse quase insuportável.
Eles o acorrentaram... ele não pode se mover...
O corpo pequeno da criança treme ainda mais, o medo e a angústia evidentes em cada palavra. Ela segura a criança mais perto, tentando transmitir segurança e conforto através de seu abraço. Mas a história continua, e a criança não consegue mais segurar as lágrimas.
- Eles disseram que... ele nunca vai sair de lá... - A voz da criança se quebra completamente, dando lugar a um choro desesperado. Seus soluços são profundos e dolorosos, cada um uma expressão de desespero puro. Os pequenos ombros da criança sacodem violentamente com cada choro, ela sente a dor da criança como se fosse sua própria, lembrando de sua infância conturbada

Ela acaricia os cabelos lilás da criança, murmurando palavras de conforto, embora seu próprio coração esteja pesado com a preocupação.
-Vamos encontrá-lo - diz com determinação em sua voz uma promessa silenciosa.
- Eu prometo que vamos tirar seu irmão de lá.
O choro da criança continua, mas há um vislumbre de esperança em seus olhos, um pequeno brilho de confiança pela promessa feita.

ela encontra um lugar seguro onde a criança possa se esconder. É uma pequena cabana abandonada no canto mais remoto do jardim, parcialmente coberta por trepadeiras e sombras. Ela cuidadosamente acomoda a criança em um canto aconchegante, cobrindo-a com um cobertor desgastado.

-Fique aqui, estarei de volta em breve - sussurrou, apertando a mão da criança para transmitir segurança.

Os Portais de Érebo: O Destino dos EscolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora