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“ ações podem surpreender muitos mas nada é por acaso entenda o lado do outro até certo ponto para não ser feito de trouxa”

Guiada por memórias antigas, de Neera ela se dirige para uma passagem secreta que se lembra de existir, uma rota que leva diretamente para perto das celas da masmorra. Movendo-se silenciosamente através da vegetação densa, ela encontra a entrada escondida entre um emaranhado de raízes e pedras. Com um esforço determinado, ela abre a passagem e entra, sentindo a frieza e a escuridão do túnel estreito ao seu redor, A passagem é apertada, mas ela continua avançando, os sons abafados dos passos dos guardas ecoando à distância. Quando finalmente emerge do túnel, está perto das celas da masmorra. Ela se esconde nas sombras, observando cuidadosamente os guardas que estão torturando um homem. Eles riem cruelmente enquanto ele grita de dor, seu corpo marcado por feridas recentes.
Ela espera pacientemente, seu coração batendo forte no peito, até que os guardas finalmente se afastam, suas risadas desaparecem no corredor. Com passos silenciosos, ela se aproxima da cela onde o homem está acorrentado. Ele está caído no chão, completamente exausto e machucado. Seus cabelos longos e pretos caem até a cintura, emoldurando um rosto pálido e marcado. Ele tem uma franja que quase cobre seus olhos azuis, que agora estão cheios de dor e desconfiança. Seus chifres de rena azuis contrastam com suas orelhas pontiagudas, dando-lhe uma aparência tanto mágica quanto trágica.

Ao vê-la, seus olhos azuis se estreitaram em desconfiança e ódio. Ele tenta se afastar, mas as correntes o prendem firmemente.
- Quem é você? - pergunta, sua voz rouca e cheia de ressentimento.
me agacho ao seu lado, mantendo uma distância segura, e digo suavemente
- Vim por causa da sua irmã. Ela está preocupada com você. - As palavras parecem surpreendê-lo, e ele olha para ela com uma mistura de incredulidade e esperança.
- A minha irmã? - repete, a dor em seus olhos momentaneamente substituída por uma centelha de esperança.
aceno com a cabeça, se aproximando lentamente.
- Sim, ela está segura, mas precisamos tirá-la daqui.-  Com cuidado,  começou a trabalhar nas correntes, seus dedos ágeis encontrando os pontos fracos nos cadeados e nos grilhões.
Ele observa cada movimento, sua expressão suavizando lentamente enquanto a esperança cresce.
- Você vai mesmo me tirar daqui? - pergunta, a voz quebrada por emoções conflitantes.
Ela encontra seu olhar e responde com firmeza
- Sim, e depois vamos voltar para sua irmã - Com um último clique, as correntes se soltaram, e ela o ajuda a se levantar, sustentando seu peso frágil.

Enquanto ajudava o elfo corrompido a se levantar, ele ainda mostrava sinais de desconfiança.
- Por que uma nobre ajudaria um elfo corrompido? - pergunta, os olhos azuis estreitados em suspeita.
- pauso, olhando diretamente para ele.
Eu não penso como os outros nobres - começa, a voz firme e cheia de convicção.
- Sei que há algo muito errado acontecendo, e acredito que o rei está envolvido, Não posso fechar os olhos para isso.

Antes que pudessem continuar a conversa, os guardas voltam, suas vozes ecoando pelo corredor escuro. Eles se surpreendem ao ver a cela aberta e o prisioneiro solto.
- Quem é você? - um dos guardas grita, aproximando-se com passos pesados. Mas antes que pudessem reagir, ele vê o homem solto e percebe a gravidade da situação.

retiro a presilha que era uma espécie de punhal  de meus cabelos, deixando que os longos e ondulados fios prateados caiam sobre meus ombros.
- Agora que me viram, não podem viver - diz com uma calma fria, seus olhos brilhando com determinação.

Em um movimento rápido, ela avança sobre os três guardas, Usando os conhecimentos de assassina de sua vida passada, ela se move com precisão mortal, Seus golpes são rápidos e letais, cada movimento uma dança de agilidade e força, Os guardas mal têm tempo de reagir antes que ela os derrube, um a um, suas lâminas cortando através do ar com uma eficiência implacável.O elfo corrompido observa, surpreso e impressionado com a habilidade dela. Queria perguntar algo, mas antes que pudesse pronunciar uma palavra, ela o interrompe, puxando-o suavemente.

Os Portais de Érebo: O Destino dos EscolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora