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“ devesse está preparada para tudo as palavras podem ser uma grande arma quando usadas da forma certa o segredo e reparar nos detalhes mais sutis e mostra certeza no que fala”

  Ele se aproxima lentamente, suas feições marcadas pela curiosidade e uma leve desconfiança.
- Hmm, como uma rosset pode ir contra o Imperador, especialmente quando sua família é uma das mais poderosas e tradicionais? - perguntou Hendrik, sua voz profunda ecoando no quarto.
  Neera respirou fundo, pensando cuidadosamente antes de responder.
- Minha família, os Sentinelas, eram soldados que usavam armas mágicas para proteger o rei - começou ela, encontrando os olhos de Hendrik com firmeza.
  - Mas eu sempre soube que havia algo errado. Acredito que o Imperador é um tirano autoritário. Meu pai apoia o Imperador para proteger nossa família.
E o que exatamente você viu que a fez pensar assim?
- Vi pessoas sendo oprimidas e a voz do povo sendo ignorada.. - neera fala
- Por que você acha que seu pai não gosta da família real? - questiona
- Meu pai sempre foi leal à família real, mas ultimamente tenho visto uma mudança nele. Parece que ele está sendo influenciado por algo maior.
tem muitas coisas que seu rei sujo faz. O homem no qual jurou lealdade - ríspido
- eu não jurei nada a ninguém nem meu pai jurou  nada saio da minha boca - indiferente
- então não acredita no rei - curioso
-  Eu não confio cegamente em nada e não coloco minha mão no fogo por ninguém.
o rei não concorda com quem pensa diferente dele e tenta nos encontrar a muito tempo
- Você está disposta a enfrentar as consequências de suas crenças? - Hendrik olha seriamente para a mulher, seus olhos dourados refletindo a gravidade de suas palavras.
- O rei não tolera dissidências. Ele deseja dominar todas as raças e reinos, impondo sua vontade sobre todos que ousam pensar diferente,- explica ele, sua voz ressoando com uma mistura de tristeza e indignação.
- e o que vai fazer a respeito, me matar?
- não somos assassinos - irritado
- agora eu sei o porquê vocês vivem escondidos da guarda do rei, ser pacifista não  ajuda em nada
está dizendo que devemos nos tornar monstros para destruir um monstro - debocha
- monstro? Não existe algo como monstro e herói, bem e mal todos temos as duas coisas e cada um age de acordo com seus próprios interesses e nada mais
- ideologia interessante - sorrir
Andras intervém, sentindo a necessidade de esclarecer mais sobre a situação que ele e Elis enfrentaram.
- Vivemos em um refúgio com elfos que praticam magia ancestral -  começa ele,    seus olhos encontrando os de Hendrik com determinação. - Essa magia é antiga e poderosa, ligada às raízes mais profundas de nosso povo. O rei proíbe sua prática porque ele quer esse poder exclusivamente para si e para aqueles que ele controla. Nós vivíamos escondidos, protegendo esse conhecimento precioso da ganância do rei, - diz Andras, seu tom carregado de respeito por aqueles que preservaram a magia contra todas as adversidades.
Hendrik assente lentamente, absorvendo as informações. Ele compreende a magnitude do que Andras revela e como isso se encaixa na visão mais ampla do rei em controlar não apenas os elfos, mas todos os recursos e poderes que possam ameaçar seu domínio.
- A magia ancestral é um legado vital de nosso povo, - conclui Hendrik, sua voz agora mais suave, mas cheia de determinação. - E devemos protegê-la, não apenas para os elfos, mas para todos aqueles que valorizam a liberdade e a justiça.

  Quando Elis puxa a mulher para fora e abre a porta para mostrar a vila escondida, a mulher se vê momentaneamente ofuscada pela luz brilhante do sol que atravessa as copas das árvores. Assim que seus olhos se ajustam, ela se depara com uma vista deslumbrante, casas camufladas entre as folhas verdes e exuberantes da floresta, criando um cenário harmonioso e natural.

A vila é um reflexo da habilidade dos elfos em viver em harmonia com a natureza, as casas se mesclando perfeitamente ao ambiente ao redor. Há um ar de tranquilidade e magia no ar, evidenciado pelo som suave das folhas nas árvores e o canto distante dos pássaros. Elfos de todas as idades e ofícios movimentam-se pela vila, alguns trabalhando em pequenos jardins ou tecendo cestos de fibras naturais, enquanto outros simplesmente desfrutam da serenidade do local. Elis observa Neera com expectativa, ansiosa para compartilhar o seu mundo escondido, enquanto Andras sorri com uma expressão travessa.
- Bem-vinda à nossa vila secreta - comenta ele, seu tom leve e brincalhão.
Neera ri suavemente, impressionada com a beleza e a tranquilidade do lugar.
É realmente espetacular -  responde, admirando a habilidade dos elfos em manter sua vila camuflada e protegida.
  Enquanto o sol continua a iluminar a vila dos elfos, Neera se encontra envolvida em um mundo de beleza natural e significado profundo, ao lado de novos aliados que compartilham seus ideais de liberdade e justiça. Enquanto Andras conduzia Neera pelas ruas camufladas da vila dos elfos, o clima leve e descontraído entre eles.
- Andras, você escondeu toda essa beleza de mim por quanto tempo? - ela perguntou, admirando as casas perfeitamente integradas à natureza.
Ele sorriu, inclinando-se levemente na direção dela.
- Acho que precisava ter certeza de que você era digna de conhecer nosso segredo mais bem guardado - respondeu ele, seus olhos brilhando com uma brincadeira.
  Ela riu, jogando o cabelo para trás com um gesto gracioso.
- Bem, acho que consegui passar no teste, não é?
Andras assentiu, fingindo uma expressão séria.
- Ainda não tenho certeza. Talvez precise de mais algumas visitas para ter certeza.
Ela arqueou uma sobrancelha, provocando-o.
- Oh, agora você está me convidando para voltar? Parece um pouco precipitado, não acha?
Andras riu, sacudindo a cabeça.
Talvez eu tenha sido muito rápido. Mas, admita, você está encantada com tudo isso.

Ela olhou ao redor, contemplativa.
- É difícil não estar. Vocês criaram algo realmente especial aqui.
Neera caminhava pela floresta,voltando para a mansão com tranquilidade, pois decidiu andar um pouco pelo local  o som suave das folhas ao seu redor misturando-se com o canto dos pássaros. O ambiente estava imerso em um verde profundo, com a luz do sol filtrando-se através das copas das árvores. Seus cabelos brancos acinzentados balançavam suavemente ao ritmo de seus passos. Enquanto explorava, uma visão incomum chamou sua atenção, um homem de cabelos ruivos intensos, estava caído no chão. Ele era alto, com ombros largos e um corpo bem definido, mas estava visivelmente machucado. O contraste entre a vivacidade de seus cabelos e a gravidade de sua condição a fez parar em seco.
Neera se aproximou com cautela, seu olhar misturando curiosidade e preocupação. Ao chegar perto, o homem estendeu a mão, seus olhos vermelhos se abrindo parcialmente. O gesto súbito a fez recuar, mas antes que pudesse se afastar, ele fez um som de dor, como se o movimento tivesse causando-lhe sofrimento.
-  O que... o que aconteceu com você? - Neera perguntou, a voz carregada de surpresa e compaixão.
O homem tentou falar, mas a dor fez com que ele apenas murmurasse algo incompreensível. Neera, lembrando dos ensinamentos de Max em sua vida passada sobre primeiros socorros e uso de plantas medicinais, decidiu que precisava ajudar.
- Eu só quero ajudar, por favor, não se mova - disse ela, tentando tranquilizá-lo enquanto começava a procurar entre as plantas ao redor.

Os Portais de Érebo: O Destino dos EscolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora