• Charles Leclerc • Can I Be Him?

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A noite estava fria, mas dentro da sala, o ambiente estava acolhedor. Você estava lá, de pé no canto da sala, observando de longe Charles Leclerc, que estava rindo e conversando animadamente com seus amigos. Ele parecia estar em seu próprio mundo, aquele sorriso irresistível no rosto, o mesmo que você sempre amou. Mas havia algo diferente naquela noite – não era você ao lado dele.

Ela estava lá.

A garota que tinha roubado o coração dele, a mesma garota com quem ele estava agora. Cada sorriso que ele dava, cada olhar que ele lançava, era para ela. Você conseguia ver claramente o quanto ele estava feliz, e isso rasgava seu coração. Charles não tinha ideia de como você se sentia, do quanto você o amava, porque nunca teve coragem de dizer.

"Can I be him?" ecoava em sua mente. A música de James Arthur parecia ter sido escrita para aquele momento. O jeito que Charles olhava para ela, o brilho nos olhos dele, tudo isso era o que você desejava para si. Cada vez que ele a tocava ou sorria para ela, você se perguntava como seria estar no lugar dela, receber todo aquele carinho e amor que você tanto queria.

Você se lembrava de quando conheceu Charles. Ele era gentil, engraçado e tinha uma energia contagiante. Vocês se tornaram amigos rapidamente, e você passou a fazer parte de seu círculo mais próximo. As conversas tarde da noite, as piadas internas e as pequenas trocas de olhares que faziam seu coração disparar — tudo isso te fez acreditar, por um breve momento, que poderia haver algo mais.

Mas ele nunca soube o quanto você se apaixonou por ele.

Enquanto observava a cena diante de você, seus pensamentos vagavam. Como seria se fosse você ao lado dele? Se fosse você a pessoa que ele procurava em meio à multidão, a pessoa que ele queria fazer feliz? E, mais do que isso, como seria se ele soubesse o quanto você o amava em silêncio?

No fundo, você sempre soube que Charles via você apenas como uma amiga, e você aceitou isso, mesmo que fosse doloroso. Mas agora, vendo-o com outra pessoa, era como se cada uma dessas lembranças tivesse se transformado em uma faca que cortava fundo. Cada sorriso que ele dava para ela era uma lembrança de que você nunca seria a pessoa que ele escolheria.

"Can I be the one you talk about in all your stories? Can I be him?" A letra da música ecoava em sua mente como um grito que você queria desesperadamente soltar. A vontade de ser a pessoa que ele procurava, a pessoa com quem ele compartilhava seus sonhos e seus medos, era esmagadora.

De repente, Charles se virou e seus olhos encontraram os seus. O sorriso dele permaneceu, mas algo em sua expressão mudou. Ele acenou para você, e você tentou sorrir de volta, embora soubesse que o sorriso não alcançava seus olhos.

Ele se aproximou, deixando a garota por um momento, e quando chegou até você, seu coração bateu mais rápido, como sempre acontecia quando ele estava perto.

“Ei, está tudo bem?” Ele perguntou, inclinando a cabeça ligeiramente, a preocupação evidente em sua voz.

Você deu de ombros, tentando parecer tranquila, mesmo que por dentro estivesse despedaçada. “Sim, tudo certo. Só estou pensando.”

Ele sorriu, aquele sorriso gentil que você tanto amava, e colocou a mão no seu ombro. "Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, não é?"

A ironia de suas palavras te atingiu com força. Como você poderia falar com ele sobre o que realmente estava sentindo? Sobre o fato de que, toda vez que ele a olhava, você desejava ser a pessoa a quem ele dirigia aquele olhar? Você queria, mais do que tudo, dizer a verdade. Dizer que estava apaixonada por ele. Que desde o começo, era ele quem você queria.

Mas, em vez disso, você apenas assentiu, escondendo a dor atrás de um sorriso forçado. “Claro, Charles.”

Ele ficou em silêncio por um momento, como se sentisse que algo estava errado, mas não insistiu. Depois de alguns segundos, ele voltou para junto da garota, sem perceber que, naquele instante, ele levava consigo mais do que apenas seu sorriso – ele estava levando um pedaço do seu coração.

Você ficou ali, assistindo-os de longe, enquanto as palavras da música continuavam ecoando dentro de você. **“Can I be him?”**.

Talvez, em outra vida, pudesse ser você. Talvez, se tivesse falado antes, se tivesse sido mais corajosa, as coisas seriam diferentes. Mas agora, só restava o silêncio – e a certeza de que, por mais que quisesse ser aquela pessoa para ele, não poderia ser.

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