• Pablo Gavi e Carlos Sainz •

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Você e Carlos sempre foram muito próximos. Como irmã mais nova dele, você cresceu acompanhando de perto a carreira de seu irmão na Fórmula 1. Desde pequenos, vocês eram confidentes, compartilhando segredos e momentos importantes um com o outro. No entanto, algo mudou quando você começou a se envolver com alguém que Carlos provavelmente desaprovaria: Pablo Gavi, a jovem estrela do Barcelona.

Tudo começou de forma inocente. Você e Gavi se conheceram em um evento esportivo, e logo uma amizade se formou. Ele era engraçado, charmoso, e parecia entender a pressão que você também sentia por viver à sombra de alguém tão famoso quanto Carlos. As conversas casuais logo se transformaram em algo mais. Os encontros secretos, as mensagens trocadas tarde da noite, e os beijos roubados em locais discretos — tudo isso contribuiu para uma relação que você sabia que precisaria manter longe dos olhos de seu irmão.

Carlos sempre foi protetor, e você sabia que ele não ficaria feliz em saber que você estava saindo com um jogador de futebol, ainda mais alguém que ele considerava um rival. Isso te forçou a manter o relacionamento escondido. A ideia de magoar Carlos te corroía, mas a conexão com Gavi era forte demais para que você desistisse.

Porém, segredos têm um jeito de serem descobertos.

Certa noite, você e Gavi estavam no carro, estacionados em um local isolado depois de mais um encontro escondido. Foi então que, para sua surpresa, Carlos apareceu do nada. Ele estava visivelmente chocado. Seus olhos, que sempre foram cheios de afeto quando te olhavam, agora estavam magoados e confusos.

"Carlos, não é o que parece..." você começou, mas ele te interrompeu.

"Você achou que eu não descobriria? Que eu não perceberia que algo estava diferente?" Ele disse com a voz pesada de decepção.

Seu coração apertou ao ver a mágoa estampada no rosto do seu irmão. Não era raiva, era dor. A dor de perceber que sua irmã mais confiável tinha escondido algo tão importante dele.

"Eu não queria que você ficasse assim... Eu só não sabia como te contar", você murmurou, sentindo os olhos marejarem.

Carlos balançou a cabeça, respirando fundo antes de dizer: "Não é o Gavi. Não é sobre ele. É sobre você não confiar em mim o suficiente para me contar. Nós sempre fomos honestos um com o outro. Isso dói."

A culpa te atingiu com força. Tudo o que você queria era proteger Carlos, mas acabou machucando-o de uma forma que você não tinha previsto.

Gavi ficou em silêncio, respeitando o espaço entre vocês dois, ciente de que aquela era uma conversa entre irmãos. Carlos olhou para ele, e embora claramente não estivesse feliz com a situação, não demonstrou raiva. Apenas tristeza.

"Eu só espero que isso valha a pena", ele disse, antes de se afastar e te deixar ali, sentindo o peso das consequências de suas escolhas.

Agora, você teria que lidar com o desafio de reconquistar a confiança de seu irmão, enquanto lidava com os sentimentos por Gavi. A vida entre o mundo da Fórmula 1 e do futebol era mais complicada do que você imaginava.

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Os dias após a descoberta de Carlos foram difíceis. Ele não era de guardar rancor, mas o silêncio entre vocês era ensurdecedor. A proximidade que vocês sempre compartilharam parecia ter se desfeito, e a culpa pesava sobre seus ombros. Você sabia que precisava se redimir e recuperar a confiança de seu irmão, mas não sabia por onde começar.

Decidiu, então, dar tempo ao tempo, sem forçar o perdão, mas mostrando através de ações que ainda estava ao lado dele. Passou a frequentar mais os eventos de Fórmula 1, torcendo por Carlos como sempre fez. Também começou a dividir momentos com ele novamente, almoçando juntos, relembrando histórias da infância e apoiando-o nas corridas. Aos poucos, as conversas leves voltaram, e a confiança começou a ser restaurada. Mas você sabia que o assunto delicado — Gavi — ainda precisava ser resolvido.

Finalmente, em uma tarde tranquila em Mônaco, enquanto Carlos estava em casa descansando antes de uma corrida, você criou coragem para falar.

— Carlos, eu queria conversar sobre o Pablo — começou, sentindo o nervosismo subir.

Ele suspirou, sem desviar os olhos do que estava fazendo, mas estava ouvindo.

— Eu sei que te magoei, e não tenho desculpas para ter escondido isso de você. Eu só... não queria que nossa relação mudasse. Mas, eu percebi que, ao esconder, acabei causando exatamente o que eu queria evitar.

Carlos finalmente te olhou, seus olhos estavam mais suaves do que naquela noite em que descobriu tudo.

— O que eu não entendo, — ele começou — é por que você achou que eu nunca aceitaria.

— Porque... você sempre me protegeu demais. E eu pensei que, sendo ele um jogador de futebol, alguém que está no meio do que você vive como rival... seria difícil para você. — você explicou, sentindo as palavras pesarem em sua boca.

Carlos ficou em silêncio por um momento, então assentiu lentamente.

— Não vou mentir, — ele disse calmamente — não sou fã do Gavi, mas... se ele faz você feliz, eu vou tentar. Só que da próxima vez, me conta. Eu sou seu irmão, não seu inimigo.

As lágrimas ameaçaram cair, mas você as segurou, sorrindo enquanto sentia um grande alívio inundar seu peito. Carlos se levantou e te puxou para um abraço apertado, e ali você soube que, mesmo com todas as diferenças, nada seria capaz de quebrar o laço que tinham.

Alguns meses depois…

Depois de trabalhar para restaurar a relação com seu irmão, chegou o momento mais esperado — e temido: apresentar Pablo à sua família em Madrid. Você sabia que Carlos estava tentando aceitar, mas levá-lo para o seio da família Sainz era outra coisa. E havia também a pressão de como seus pais reagiriam.

Você e Pablo chegaram na casa dos seus pais em uma tarde ensolarada. Ele estava nervoso, mas tentava disfarçar com piadas e sorrisos, do jeito que você sabia que ele fazia quando queria esconder o nervosismo.

— Eles vão gostar de você, relaxa — você disse, segurando sua mão antes de tocarem a campainha.

Quando a porta se abriu, sua mãe te recebeu com um abraço caloroso, mas você sentiu seu olhar curioso sobre Pablo. Seu pai, por outro lado, foi mais direto, apertando a mão dele com um olhar avaliador, mas sem hostilidade. Você suspirou aliviada. A introdução tinha sido calma, mas ainda restava a tensão com Carlos.

Carlos estava sentado à mesa, e quando vocês entraram na sala de jantar, ele se levantou, observando Pablo por um momento. Um silêncio incômodo tomou conta do ambiente, até que Carlos quebrou o gelo:

— Bom, finalmente o conhecemos, não é? — disse ele com um meio sorriso, se aproximando para cumprimentar Pablo com um aperto de mão firme.

Pablo respondeu com um sorriso um tanto nervoso, mas educado.

— Espero que eu possa te provar que eu sou uma boa escolha para sua irmã, — Gavi falou, um pouco mais sério do que o normal, mas com uma sinceridade que te fez sentir orgulho dele.

Carlos apenas balançou a cabeça, parecendo aceitar o esforço do jogador. Ao longo do jantar, a conversa foi leve, com alguns momentos engraçados, e até Carlos parecia relaxado. Pablo fez questão de mostrar respeito e interesse pela família, fazendo com que até seus pais começassem a gostar dele.

Depois do jantar, enquanto os dois saíam para pegar uma bebida, Carlos te puxou de lado.

— Ele parece legal, — disse Carlos, cruzando os braços — só espero que ele cuide bem de você. E se não cuidar... bem, você sabe onde me encontrar.

Você sorriu, sentindo o coração leve. Havia sido uma longa jornada até ali, mas finalmente parecia que tudo estava se encaixando. Você e Carlos estavam bem novamente, e Pablo agora fazia parte da sua vida de forma oficial. As coisas finalmente pareciam estar no lugar.

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