• Richard Rios • Amor alem das cores

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O azul, preto e branco do Grêmio estavam em todas as partes do seu guarda-roupa. Desde pequena, você acompanhava os jogos, ia à Arena e torcia com paixão pelo Tricolor. A tradição estava no sangue da sua família, e, para você, não havia outro time como o Grêmio.

Mas, a vida tem suas ironias. Você nunca imaginou que acabaria namorando Richard Rios, jogador do Palmeiras, um dos maiores clubes rivais nas competições nacionais. No começo, a situação parecia cômica para os dois. Ele, um dos craques alviverdes, e você, uma gremista convicta, vivendo entre camisas e bandeiras de cores opostas.

Hoje seria um daqueles dias em que as paixões pelo futebol seriam postas à prova. Grêmio e Palmeiras jogariam, e a tensão já estava no ar. Vocês dois haviam brincado durante a semana sobre quem iria "mandar" no relacionamento dependendo do resultado. Mas, por mais que a brincadeira fosse leve, havia um certo nervosismo envolvido.

"Preparada para a derrota, amor?" Richard perguntou com um sorriso travesso enquanto terminava de amarrar as chuteiras antes de sair para o jogo.

Você riu, ajustando o cachecol azul e preto em volta do pescoço. "Eu acho que quem precisa se preparar é você. O Grêmio não vai facilitar hoje."

Ele se aproximou, segurando seu rosto com carinho. "Eu sei que a rivalidade é forte, mas você vai torcer para mim, certo? Mesmo que só um pouquinho?"

Você revirou os olhos, fingindo relutância. "Vou pensar no seu caso. Mas não prometo nada."

Richard riu e te deu um beijo rápido. "Eu vou fazer um gol pensando em você."

"Espero que seja bonito, pelo menos. Porque vamos ganhar de qualquer jeito", você brincou, tentando esconder o fato de que, no fundo, você sempre queria que ele se saísse bem, mesmo quando o adversário fosse o seu time do coração.

Após a despedida, você foi para casa, se preparando para assistir ao jogo com a camisa do Grêmio. Sentada no sofá, você sentia o coração dividido de uma maneira que nunca imaginou. Parte de você queria ver o Grêmio dominando, mas outra parte, a que amava Richard, queria que ele brilhasse em campo.

O jogo começou tenso. As jogadas iam de um lado para o outro, e cada lance perigoso te fazia morder o lábio de nervosismo. Até que, no segundo tempo, veio o momento que você tanto temia: Richard Rios recebeu a bola na intermediária e, com uma arrancada rápida, driblou dois jogadores do Grêmio antes de chutar com precisão no canto do gol.

Gol do Palmeiras.

Você assistiu, em silêncio, enquanto a torcida palmeirense explodia em alegria no estádio. Richard comemorava com os companheiros, mas você sabia que, em algum momento, ele olharia para as câmeras com aquele sorriso que reservava para você.

E não deu outra. Na comemoração, ele fez um pequeno gesto com a mão, apontando para o peito, como se estivesse dedicando o gol a alguém. Aquele era o sinal que vocês dois tinham combinado — um gesto que significava: "esse é para você".

Você sorriu, orgulhosa, mesmo que uma parte de você estivesse triste por ser justamente contra o seu time. No fundo, não importava. O amor que sentia por Richard era mais forte do que qualquer rivalidade futebolística.

Depois do jogo, que terminou empatado, você esperava por ele em casa. Quando Richard entrou pela porta, com um sorriso satisfeito, você já estava pronta para o confronto inevitável.

"Então... como foi torcer contra o Grêmio?" ele perguntou, provocando.

Você fez um ar pensativo. "Difícil. Ainda mais com você marcando aquele gol."

Ele se aproximou, puxando você pela cintura. "Mas você ficou feliz, né? Pelo menos um pouquinho."

Você suspirou dramaticamente, mas não conseguiu esconder o sorriso. "Eu fiquei... um pouquinho orgulhosa, sim. Mas isso não significa que eu torci para o Palmeiras. Só para você."

Richard riu e te beijou suavemente. "Isso já é suficiente para mim."

Enquanto vocês se abraçavam, o futebol, as rivalidades e os clubes pareciam perder a importância. O que realmente importava era que, apesar das diferenças, vocês estavam juntos, apoiando um ao outro, independentemente das cores que vestiam.

"E agora?" você perguntou. "Vai ficar se gabando do seu gol por quanto tempo?"

"Até o próximo jogo entre Grêmio e Palmeiras", ele respondeu com uma piscadela.

"Não se acostuma, porque da próxima vez quem vai ganhar somos nós", você retrucou, mas com um sorriso no rosto.

"Eu espero que não, mas, seja como for, você vai estar ao meu lado, e isso é o que importa."

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