Ah! Eu não acredito nisso! *-* - tayella

CAPITULO 10- FINAL DISTANTE

— Eu tento não me iludir, não criar muitas expectativas, afinal eu irei embora amanhã, não? Taylor é bonito, famoso, sincero, amigo e eu não consigo ver uma só porta que não se abra para ele. Eu sei muito bem que eu sou apenas uma distração, para desviar-se do mundinho real e habitual em que ele vive. E se eu tiver muita expectativa poderei acabar acreditando que, quando eu chegar ao Brasil, nós ainda manteremos essa amizade. Mas eu sei que isso não vai acontecer: Se ele pode ter muito mais amigos legais, ricos e bonitos do que eu para que ele iria me querer?

Deb sorriu e se aproximou.

— Ele iria te querer porque os sentimentos dele são sinceros. Aposto que ele trocaria um monte de amigos legais e ricos por você. Eu queria que você soubesse o tanto que ele te acha especial... Só isso.

Ela olhou para a porta e eu segui o seu olhar, mas não tinha ninguém lá.

— Eu sei mesmo que ele ficou... sei lá... encantado, é a palavra certa para se usar?, comigo. Senão ele não teria me levado para sair todos esses dias e tal. Mas é difícil acreditar. Bem difícil.

— Mas é real — contradisse. — E é exatamente como você disse: Encantado. Você acha que Taylor traz qualquer amiga para almoçar em casa?

— Ah, sei lá. Tipo, eu vou embora amanhã e ele pôde ter feito isso porque queria uma boa despedida...

— Não, ele não traz qualquer garota para almoçar aqui — disse ignorando-me educadamente. — Ele não fala tão bem de qualquer garota, não pede um almoço especial, não conversa daquele jeito com o pai dele, não fica com aquele brilho nos olhos... por qualquer garota.

— O que você quer me dizer é... — que ele está apaixonado por mim?, completei mentalmente. Era ridículo demais, patético demais, dizer isso em voz alta.

— Que ele acha você muito especial. E eu vejo nos seus olhos que você não é aquelas fãs que fingem não ser fãs. Você também se atraiu por Taylor. Eu sei que você procura o seu Jacob e eu acho que você encontrou, não exatamente o seu Jacob Black, mas o seu Edward Cullen. Eu só sei que você é a Bella Swan e ele o seu Edward: Tudo nele te atrai e no começo você não percebeu que ele era mais do que um amigo.

Eu congelei. O que Deb queria dizer era que eu havia me apaixonado perdidamente por Taylor e ele por mim? Mas se nem eu sabia disso como pode ela adivinhar assim?

— Então eu tenho que afastar dele no começo, né? Igual a Bella Swan deveria ter feito com o Edward. Se eu me entregar a uma paixão hoje, como sobreviver tendo que me afastar dela amanhã?

E era o fim! Tudo — todos os meus planos, os de Deb, meus desejos — era anulado pelo simples e amaldiçoado fato de que minha estadia no hotel acabava amanhã — e isso me obrigava a voltar para meu país natal. Me calei quando vi a sombra de Taylor aparecer na porta.

— Finalmente achei um CD que parece propício à ocasião! Mãe, como você gosta de música lenta eu peguei um CD moderno de músicas assim — despejou ele.

— Ah, obrigada, filho.

— Existe afinal um CD assim? — questionei, acabando com qualquer vestígio de que ele desconfiasse de nossa conversa anterior (nossa = minha e de tia Deb).

— Existe. É só fazer uma montagem. — Ele piscou para mim e meu coração acelerou violentamente.

Que ótimo!, pensei. Como eu obrigaria meu coração a parar de vacilar sempre que Taylor fosse tão surpreendentemente lindo, agora que eu estava ciente de que estava apaixonada? Quando Taylor me pressionasse de novo em algum elevador ou mão boba como eu o faria parar? Eu não obrigaria. Eu não o faria. Humph, mentalizei. Agora eu era uma boba feia & gorda apaixonada que não parava de pensar em besteiras.