Ah! Eu não acredito nisso! *-* - tayella

CAPITULO 21- A. VACA. CONSEGUIU. FODER. COM. A. MINHA. VIDA.

Fiquei chocada. Acho que nem se eu estivesse dopada ou em coma eu teria conseguido não reagir à essa informação.

Selena apareceu como quem não quer nada. Depois mudou Taylor a tal ponto que ele se tornou praticamente outro Taylor. As coisas que a blogueira maluca falava também fizeram com que isso acontecesse.

Elas eram duas pessoas ruins, eu sabia disso. Mas, no final das contas, elas eram a mesma pessoa. Isso era incrivelmente não aceitável e totalmente óbvio.

Se essas garotas haviam juntas roubado o meu Taylor, por que não serem a mesma garota? Havia uma vantagem nisso: As duas não precisariam disputá-lo porque ele seria todo de uma só.

— Isa? Você está... normal? — Dakota me encarou cuidadosamente.

— Eu... Eu acho que estou normal. Tô só um pouco puta da vida, mas estou normal. Na verdade, eu tô mesmo é muito puta da vida, mas tudo bem. — Parei para respirar um pouco. — Caramba! Eu não acredito nisso!

— O quê? — Ela arregalou os olhos, pensando que eu estava meio revoltada com ela.

— Ela... Ela fez minha vida virar de pernas pro ar. Eu agora tenho fama, mas não a quero. Nunca quis. Eu só queria Taylor, o garoto que eu mais amo no mundo inteiro. E agora ela me roubou isso, como se ela tivesse me dado fama em troca dele. — Mordi meu lábio com tanta força que sangrou.

Dakota me encarava com lábios franzidos, como se não tivesse algo para dizer para aliviar a minha raiva.

Ficamos vários minutos em silêncio. Ela provavelmente estava me dando um tempo para digerir a informação. Eu estava pensando sobre o que ela havia dito.

— Sabe? — comecei. — Eu vou admitir uma coisa para você. Uma coisa que eu nunca admiti para mim mesma, muito menos em voz alta: Eu estou aqui até hoje nos EUA esperando Taylor voltar ao normal. — Eu sorri para Dakota. — Estou aqui só por causa disso. Um pouco também porque adoro a companhia de vocês, meus amigos americanos, mas uma hora eu vou ter que voltar para o Brasil e me separar de vocês. Mas a idéia de deixar Taylor sempre me foi dolorosa. Agora eu simplesmente vou enfrentar a dor.

Ela me olhava como se estivesse ouvindo tudo, mas não entendendo nada.

— Eu vou embora amanhã — simplifiquei todo o meu desabafo em uma só frase.

— Por quê, Isa? — Dakota parecia estar chocada.

— Eu tenho que ir embora, obrigatoriamente, até semana que vem. Eu ficaria aqui esse tempo de boa se eu estivesse plenamente satisfeita em estar aqui.

— Mas você não está — ela completou, triste, parecendo me entender.

— Exatamente, amiga.

— Faz sentido. — Ela deu de ombros.

Fomos embora uns cinco minutos depois disso, em silêncio. Só voltamos a conversar no carro, e não foi uma conversa das mais animadas: Coisas de o que eu faria com o resto das minhas férias quando voltasse ao Brasil.

— Então é isso — Dakota me disse, quando estacionou o carro em frente à casa dos Lautners.

— É. É isso. — As lágrimas começaram a brotar no meu rosto e eu me virei cuidadosamente para encarar minha amiga americana. Ela também estava começando a chorar. — Dakota, eu vou morrer de saudades de você!

— Eu também, Isa! Caramba, você vai fazer muita falta!

Eu ia interrompê-la, falando "Não exagere", mas ela me bloqueou antes que eu pudesse fazer isso.

— Deixe-me falar! – Ela sorriu entre o choro. – Você é uma pessoa muito maravilhosa, amiga. E eu tenho a honra de poder falar para todo mundo que eu conheci a Isabella Arantes, a brasileira que todos odeiam. E ainda vou falar que ela não é o que todos pensam. — Ela ainda fez uma pausa para esfregar os olhos cheios de água. — Isa, você mudou a minha definição de amizade e ainda me ensinou que tem que conhecer realmente a pessoa para poder julgá-la. Eu te amo, minha amiga.