CAPÍTULO 22- O GRANDE DESFECHO

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- Não, obrigada... Acho que já está na hora de eu gastar algum vale-táxi, mas obrigada. - Desse modo, eu me levantei da mesa em direção a pia. - Com licença. Estou satisfeita.

Logo, logo, Taylor saiu (confuso) e tio Dan voltou para o trabalho, então pude começar a grande conversa.

Ou esperar que Makena a começasse.

- Tá. Agora me explique o que está acontecendo, ok? - ela disse.

Respirei fundo enquanto tia Deb parava tudo o que estava fazendo para prestar atenção em mim. Eu sabia que ia ser difícil, mas já tinha me decidido.

- Bem, garotas... Eu vou embora hoje - eu disse.

- Como assim? Você tem probleminha? Por quê? - Makena começou a falar sem parar. - Por que não avisou antes?

- Eu decidi ontem mesmo. E, se eu tivesse contado antes, você teria me impedido - expliquei. - Tem um voo no horário das duas horas. Dá para eu visitar a Ly e ir direto para o aeroporto.

- Mas e o Taylor, cara? Você não vai se despedir dele? - ela meio que choramingou, apelando.

- Não acho que eu seja tão importante assim para ele mais. - Mordi o lábio, me impedindo de chorar.

- Isa...

- Não, Má. Eu terei que ir embora algum dia mesmo... Que seja hoje! - Sorri. - Queria agradecer vocês por tudo, ok? Por tudo, tudo e tudo. Pela simpatia, paciência, amizade. Por terem me acolhido aqui na casa de vocês, acolhido uma estrangeira que vocês nem conheciam direito! Foi muito bom passar esse tempo com vocês.

- Awn. - Makena e tia Deb deram um abraço grupal em mim. - Você vai sentir nossa falta?

- Demais da conta! - respondi, sorrindo e chorando que nem as duas. - E vocês vão sentir a minha?

- Sim, né, sua boba! Não vai ser nada igual sem você. - Tia Deb deu uma risadinha sem graça.

Peguei minhas malas e chamei o táxi, enquanto Deb não se desgrudava mais de mim. Me abraçou e ponto, não soltou até o táxi chegar.

- Amamos você, Isa. Demais - ela me disse, no nosso último abraço.

- Ei, não falem como se a gente não fosse se ver mais, ok? Vocês têm que visitar o Brasil agora, sem falar que eu quero voltar muitas vezes para cá.

- Já adicionei o seu MSN, tá? - Má avisou, meio tristinha.

- Só você não ligar, porque eu sou lerdinha para digitar em inglês - brinquei.

Ela deu uma risadinha, mas voltou a ficar séria.

- Isa, eu vou sentir muito muito muito muito a sua falta.

- Eu sei, amor meu. - Dei um abraço nela, percebendo que ela havia mesmo se tornado minha irmãzinha de coração... - Vou morrer de saudades de você, ok? Vou pensar mais em você do que em mim, hihi.

Ela revirou os olhos.

- Nem comento.

O taxista me olhou com cara de quecu.

- Amores, tenho que ir. - Dei mais um abraço nelas e entrei no carro, deixando minha segunda casa para trás.

Demorou uma meia hora para cruzarmos a cidade até a casa de Ly, o que me deixava incrivelmente sem tempo.

- Isa, você por aqui! Que surpresa boa! - Ela deu um sorriso. - Ai, já até sei o que você vai me dizer.

- O que você acha? - desafiei, sorrindo também. Eu me sentia muito à vontade com ela, era inexplicável.

Ah! Eu não acredito nisso! *-* - tayellaOnde histórias criam vida. Descubra agora