CAPÍTULO 9- NASCENDO UM SENTIMENTO

1K 88 23
                                    

ESPECIAL – PONTO DE VISTA DE TAYLOR

Assim que a conversa fluía na sala, eu pude perceber que Isa se acalmava. Minha mãe era mesmo um anjo e eu a encheria de beijos depois — mas só depois, quando Isabella estivesse longe o suficiente para não ver isso. Mas, se ela visse, ela me acharia fofo, então a ideia não me pareceu tão ruim assim. Eu passei por minha mãe para ir ao escritório de meu pai e ela cochichou em meu ouvido:

— Ela é tão bonita...

Eu dei um sorrisinho e cruzei os dedos para que Isa não tivesse ouvido isso. Ela não estava ciente de que eu não a queria como amiga. Desde que saímos no primeiro dia, ela me encantou tanto que eu me vi apaixonado — pela primeira vez. Eu pensava que já tinha experimentado um sentimento assim antes de conhecê-la, mas vi que, com Sarah, nunca foi assim. Suspirei, me lembrando do elevador. Eu nunca mais conseguiria pegar um sem me lembrar do ocorrido hoje. Faltou tão pouco para eu agarrar o rosto dela e a beijar naquela hora mesmo, mas eu me lembrei dos conselhos da minha mãe: "Não demonstre nada ainda. Pelo que você me falou, ela não parece estar ciente de que você gosta dela." E Isa não estava mesmo, mas eu estava ansioso para que esse status mudasse.

Dei um toque na porta do escritório e a voz rouca do meu pai ecoou.

— Entre.

Eu fiz isso e me aproximei dele.

— Isa chegou.

Ele desviou os olhos da papelada para me encarar e continuou sério — e sentado.

— Você não vai lá falar um oi? — perguntei.

— Humph, lógico que vou. Mas ela não deveria vir somente mais tarde, na hora do almoço?

Eu vi que seria difícil.

— Eu quis trazê-la mais cedo.

— Ah, sei. Bem, então vamos lá conhecer a gringa.

— Pai — murmurei. — Por favor, não a trate mal ou coisa do tipo.

— Lógico que não! — exclamou. — Eu não sou de tratar mulher mal.

— Eu sei disso, pai, o que eu quis dizer direito foi: Por favor, finja que ela é uma prima minha e não a trate como você trata as outras meninas.

— As outras? Ah, as outras garotas que provavelmente seriam suas namoradas...

— Se você não as tivesse amedrontado, isso mesmo.

Ele riu.

— Mas eu sei muito bem que se você quisesse mesmo namorá-las, você teria dito: 'Relaxa, ele é assim mesmo'.

Eu não pude discordar dele; ele estava certo.

— É.

Meu pai continuou me olhando com uma cara muito esquisita. Como se ele estivesse tentando visualizar alguma coisa por detrás de meus olhos.

— Você gosta dela, né? De verdade.

Eu fiz um 'sim' com a cabeça.

— Ela é muito especial — falei, me sentindo vulnerável ao pronunciá-lo.

Ele respirou fundo.

— Ok, se você gosta mesmo dela e ela for uma menina que eu achar 'decente', eu irei colaborar. E posso até anular aquela regra de namoro só aos 28 anos.

Eu sorri tanto que minhas bochechas doeram.

— Obrigado, pai. Obrigado mesmo.

— Ah, que é isso? Quem sou eu para arruinar uma paixonite?

Ah! Eu não acredito nisso! *-* - tayellaOnde histórias criam vida. Descubra agora