Entre as Ondas do Amor

- 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗮𝗱𝗮 e 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗼

Entre as nuvens, Tzuyu viajava no grande avião de Taiwan para uma pequena cidade banhada pelo mar, localizada no nordeste do Brasil.

Durante o voo, Tzuyu estava ansiosa para finalmente pousar em solo brasileiro e viver seu tão sonhado intercâmbio. Ela sabia que não seria fácil, pois não era fluente no idioma português, mas não estaria sozinha: seus colegas de faculdade a acompanhavam. O único problema era que ela não era muito próxima deles, o que a fazia se sentir solitária de qualquer forma.

O aviso da aeromoça, informando que o avião estava prestes a pousar, a despertou de seus pensamentos ansiosos. Finalmente, estava prestes a chegar.

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Enquanto isso, Sana pegava a maior onda do dia. O surfe era sua vida. Ela vinha treinando frequentemente suas manobras, aproveitando as férias do trabalho para se inscrever no campeonato de surfe da cidade.

Sana saiu da prancha com um sorriso encantador, típico dela. Chegando à praia, caminhou até o barzinho mais próximo da região, cumprimentando os idosos e conhecidos que trabalhavam na pesca local.

Ao chegar no barzinho, ela saudou o senhor que estava à frente:

— Vô José, quanto tempo! — disse Sana alegremente, abraçando o dono do bar, a quem considerava como um avô.

— Sana, querida, onde você andou esse tempo todo? — José respondeu, retribuindo o abraço com um sorriso.

— O trabalho estava corrido, mas agora estou de férias e de volta ao surfe por enquanto — explicou Sana, sentando-se no banquinho do bar. — Ah! Vou me inscrever no campeonato de surfe este ano, mas não sei as informações. Imaginei que o senhor soubesse de algo.

— Que bom que você está de volta. A praia não é a mesma sem você — José disse, colocando uma latinha de cerveja no balcão, já conhecendo o pedido de Sana de cor. — Sobre o campeonato, as inscrições começaram hoje à tarde. Se não me engano, este ano vão vir uns turistas... aqueles que estudam... ah, como é mesmo... intercambistas! — José sorriu, errando a palavra.

— Entendi. Espero que eles não sujem a praia de novo, como da última vez — comentou Sana, tomando sua cerveja.

— Também espero isso — José respondeu, limpando o balcão enquanto Sana observava a paisagem que tanto sentia falta.

— Vô José, será que este ano eles vão hospedar os intercambistas na mesma área da praia? — perguntou Sana, lembrando-se da última vez em que os intercambistas ficaram na pousada dos surfistas.

— Todo ano é a mesma coisa, filha — respondeu o velho, em tom simplista. Sana assentiu.

— Bom, foi bom o papo, mas tenho que ir pra casa — disse ela, notando o céu nublado. — Tá vindo um pé d'água aí — comentou sobre o clima.

— Apareça, Sana! — José se despediu, enquanto ela sorria, despedindo-se com o olhar.

Sana morava perto da praia, a poucos quilômetros de distância. Ela amava sua casa, sua vida, apesar dos momentos de devaneio que ocasionalmente surgiam. Sana enfrentava sérios problemas de raiva e frequentemente se sentia sozinha, mas, aos seus olhos, nunca deixava que seus problemas afetassem sua felicidade — ou ao menos era o que acreditava.

Na parte moderna da cidade, Tzuyu já pisava em solo brasileiro, tomada por uma onda de emoção. Ela puxou suas malas para fora do táxi, optando por ficar na área litorânea da cidade, que ficava mais próxima dos estudos e das atividades do intercâmbio. Outros intercambistas e um professor também se hospedariam no hotel da praia, enquanto alguns ficariam na pousada dos surfistas.