- 𝗼 𝗖𝗮𝗹𝗼𝗿 𝗱𝗼 𝗔𝗯𝗿𝗮𝗰̧𝗼

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A chuva caía forte lá fora, criando uma sinfonia melancólica que ecoava pela casa. Sentada no sofá, Sana olhava pela janela, perdida em pensamentos. O dia estava cinza. Desde que as aulas de Tzuyu começaram, tudo parecia diferente.

Naquele momento, o telefone tocou, interrompendo seus pensamentos. Era uma mensagem de Tzuyu.

Tzuyu: Oi, posso te ver?
Sana: Está chovendo, não venha!
Tzuyu: Ah sim, abra a porta.

Sana largou o celular e abriu a porta, dando de cara com uma Tzuyu molhada.

— Entre! — Sana a puxou para dentro. — Você está toda molhada, Tzuyu, você é louca?

— Dramática, é só chuva.

— Chuva forte!

Sana subiu as escadas de sua casa e rapidamente procurou uma toalha e roupas limpas para a garota mais alta, que estava esperando lá embaixo.

Retornando ao andar de baixo, Sana mostrou o banheiro para Tzuyu, permitindo que a garota trocasse suas roupas molhadas.

Enquanto Tzuyu estava se trocando, Sana ouviu alguns espirros no banheiro e, sabendo que a mais alta estaria doente, preparou um chá de ervas e chocolate quente, colocando-os na mesa de centro.

Depois de alguns minutos, Tzuyu saiu do banheiro, enrolada em uma toalha macia e com um sorriso tímido no rosto. Seu cabelo ainda estava um pouco molhado, mas seus olhos brilhantes iluminavam o ambiente.

— Obrigada, Sana. Você é a melhor! — disse Tzuyu, enquanto se acomodava no sofá, sentindo o aroma reconfortante do chá.

Sana sentou-se ao lado dela, entregando-lhe uma xícara fumegante.

— Espero que isso ajude a aquecê-la. E da próxima vez, pense duas vezes antes de sair na chuva!

Tzuyu riu baixinho, tomando um gole do chá.

— Não consigo resistir à ideia de passar um tempo com você, mesmo que isso signifique me molhar.

A conversa fluiu naturalmente. Entre algumas semanas de treinamento, elas faziam muitas coisas juntas. Às vezes, depois das aulas, saíam em grupos ou sozinhas pela cidade. A chuva lá fora continuava a cair, mas dentro de casa, um frio nada acolhedor invadia o ambiente. Sana procurou alguns casacos para as duas.

— Sabe, eu estava pensando... — Sana começou, hesitante. — Talvez devêssemos fazer algo diferente nos próximos dias. Algo que nos tire dessa rotina cinzenta.

Tzuyu levantou uma sobrancelha curiosa.

— O que você tem em mente?

Sana sorriu, da ideia tomando forma em sua mente. Era hora de dar um pouco de cor àqueles dias nublados.

— Podemos ir à praia neste fim de semana, o que você acha?

— Sana, você mora em frente à praia...

— Que chato, você é uma chata.

— Que tal visitar a cachoeira escondida?

— Mas por que escondida?

— Bom, é meio proibido tomar banho lá, mas eu já invadi várias vezes. Podemos ir de carro e levar comida caseira! — Sana disse, entusiasmada.

— Não é muito perigoso?

— Eu estarei lá, medrosa.

— EU NÃO SOU MEDROSA!

— CLARO QUE É!

Tzuyu não respondeu à morena, apenas fez cara de mau e pegou sua próxima xícara, dessa vez de chocolate quente.

Sana, olhando para aquela cena de Tzuyu emburrada, riu fracamente — ela particularmente amava aquela vista.

Entre as Ondas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora