- 𝗦𝘂𝗿𝘁𝗼𝘀 e 𝗰𝗮𝗰𝗵𝗼𝗲𝗶𝗿𝗮

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Desde que Tzuyu começou a sentir algo a mais por Sana, a garota tem enfrentado esse sentimento com muita dificuldade.

Ver Sana todos os dias era doloroso; ver a beleza da morena e não poder realizar seus pensamentos impuros.

Já se passara uma semana desde que elas decidiram ir para a cachoeira escondidas. Sana estava de frente para o porta-malas de seu carro, organizando algumas sacolas que elas iriam levar. Uma das sacolas tinha frutas, outra, bebidas, e havia uma caixa de gelo ao lado.

Estava tudo planejado para que elas invadissem a cachoeira. Sana, na verdade, nunca havia feito isso, mas queria impressionar a intercambista.

— Está tudo pronto? — Tzuyu pergunta, se aproximando de Sana.

Sana demorou um pouco para responder; não esperava que a garota viesse tão cedo e estava pensando em buscá-la. Mas Sana não pôde evitar de olhar a garota de cima a baixo. Tzuyu usava um short jeans que ia até o meio das coxas e um biquíni preto; a garota também usava uma camisa preta, mas estava apoiada em seu ombro.

— Sana?

— Desculpa, está tudo pronto sim — disse, tentando disfarçar.

— Ótimo! Eu estou tão animada! No caminho, a gente pode parar naquelas barracas de bijuterias? Eu vi várias quando estava no ônibus — Tzuyu falou rápido e animada, ao ponto de Sana não entender muito bem.

— Percebi que você está animada, ok? Podemos passar sim, bobinha — Sana respondeu rindo e fechando o porta-malas. — Você tá levando o que tanto?

— Protetor solar, dinheiro e roupas.

— Ok, agora vamos.

Sana entrou no carro e pôs uma playlist de MPB para tocar.

— Você não escuta música pop não?

— Até que escuto. Você quer pôr?

— Sim!!!

Tzuyu pegou o celular de Sana, colocando uma música animada que combinava perfeitamente com a ocasião.

"Best Day of My Life."

— Porra, eu amo essa música! — Sana disse, dando tapinhas no volante.

— Eu também! Posso abrir a janela, Sannie?

— Claro. — Sana abriu as janelas do carro, e Tzuyu descansou a cabeça perto da janela, sentindo o vento e olhando de relance para Sana. Percebeu o riso da morena e pôs-se a rir também.



Se passou uma hora desde que Tzuyu pôs a música, e não demorou muito para ela pegar no sono. Sana, às vezes, olhava para a mais alta e verificava se estava tudo bem. Mas, entre essas verificadas, acordou Tzuyu, que não conseguiu dormir muito.

— Já estamos chegando?

— Quase. Falta só mais alguns quilômetros.

— Droga. — ela disse, puxando o celular de Sana que estava conectado ao carro.

— Posso criar uma playlist?

— Pode... eu acho.

— Qual seria o nome?

— Não sei, ué... põe algo que você goste. — Sana disse de forma simplista.

— Hmmm... eu não tenho boas opções.

— Deixa sem nome por enquanto então, linda.

Sana corou ao perceber o que acabou de sair de sua boca, mas tentou manter a calma olhando diretamente para a estrada.

Entre as Ondas do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora