Capítulo 4 🍁

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Termino de alimentar o tigre e passo a mão em sua cabeça, sorrindo quando se esfrega em mim e vai se deitar, vendo a cambada de crianças apontando para mim e perguntando o que estava fazendo ali, ou se o tigre não iria me devorar

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Termino de alimentar o tigre e passo a mão em sua cabeça, sorrindo quando se esfrega em mim e vai se deitar, vendo a cambada de crianças apontando para mim e perguntando o que estava fazendo ali, ou se o tigre não iria me devorar.

Aí, aí, crianças. Todos nós já fomos um, chatas, catarrentas e falantes.... Aí, aí, que saudades dessa época que comia areia.

Quando vou para ir na direção dos felinos que me fascinam, os leões e leoas, ouço barulhos dos macacos alterados, sendo mais especifica, dos gorilas e quando me viro na direção, vejo um idiota de vinte e pouca anos na cara fazendo um movimento de desafio.

Estufando o peito e abrindo os braços, fechando a cara. Um sinal claro para os gorilas, sendo o manda chuva, que ele estava o desafiando. Fábio odeia ser desafiado.

Deixo a comida ali com outro funcionário e me aproximo do idiota que dava risada e seus amigos gravavam. Ao chegar perto, vejo o Fábio batendo no chão com os punhos, olhando em nossa direção e olhando para os lados, tentando arrumar um jeito de vim até o panaca.

Que vontade de o empurrar lá dentro. Para Lara! Somente foi um pensamento intrusivo.

-- Você tem problema? - O viro para mim com brutalidade. - Quer colocar a vida dos outros aqui em perigo? Sabe o que ele vai fazer com você caso saia dali? Seu palhaço! - Falo irritada

-- Calma, gatinha. Só estávamos brincando. - Sorri de lado.

-- Tem quantos anos? 5? - Zombo e o mesmo fecha a cara.

-- Olha aqui, sabe com quem está falando? - Se aproxima de mim, ficando cara a cara.

O idiota nem prestar para ser maior presta!

-- Sim. Com um moleque de 5 anos, tentando desafiar um gorila que é mais forte e convenhamos, mais alto também. - Ele se estressa e tenta vim para cima, mas dois dos funcionários que estavam ali o para.

Um alvoroço na cela começa e noto que agora era o negão, ele batia no peitoral, olhando para o cara a minha frente e vem com tudo para subir, quase conseguindo, vendo ele ir tentando de novo.

Caramba!

Saio correndo até a cela e abro ela, fechando atrás de mim, mas estava sendo tarde demais, já que vejo ele se segurando na grande. Saio de volta para onde estava e quando me aproximo, o gorila estava jogando os funcionários para os lados, indo até o seu alvo.

A essa hora dos entram em desespero e saíram correndo, uns ficando, já que estavam paralisados de medo. Corro até eles e ao ver o gorila pegando o cara pelo pé, o puxando para baixo, entro em sua frente e coloco a mão nas suas, olhando em seus olhos, que estavam mais negros ainda.

-- Não, não. Não faça isso. Solte-o! - Mando ofegante.

Ele fica me encarando e sinto a bufada de ar na minha cara, mas nada dele soltar o cara, esse que estava gritando pelos quatro cantos e tenho a certeza que o animal a minha frente estava apertando sua perna.

-- Solte-o. - Peço e por alguns segundos, juro ter visto seus olhos ficarem em um castanho. - Por favor, negão. - A bufada novamente, ele olha para o cara de cima e estufa o peitoral, o saltando com brutalidade.

Respiro aliviada e estico a mão, fazendo um sinal para os seguranças que estavam armados com dardos tranquilizantes já em mãos.

-- Vamos voltar. - Ele olha para trás de mim, olho de relance e noto que estava olhando para o portão de saída, mas volta atenção ao lado e vemos o pequeno lá embaixo. - Vamos. Ou eles atiram em você. - Converso com ele se o mesmo pudesse me intender.

Ele se vira e começa a subir na grade e antes que eu impeça, esse pula caindo lá embaixo e fico surpresa.

Claro que ele tem essa capacidade, mas o que aconteceu agora? Ca-ram-ba... Sou a filha do doutor dolittle?

-- Sabe que isso vai dá o que falar, não sabe? - Um dos funcionários mais antigo se aproxima do meu lado perguntando.

-- Sei. - Suspiro. Olho para baixo sabendo que isso vai me trazer problemas. - Pode chamar alguém para olhar esse .... Homem? - Pergunto vendo ele se torcer de dor no chão.

-- Claro. Cê sabe que ele é filho do deputado, não sabe? - O encaro e o mesmo confirma. Choramingo. - Temos câmeras por todo lado, podemos mostrar o que ele fez e o que tentou fazer. - Conformo ainda desanimada. - Todos foi embora. - Olho em volta.

-- Pode ir se quiser também. Eu termino tudo. - Falo e vou saindo, sem ligar para o idiota no chão.

Droga!

Chego próximo da sala que fica dos funcionários, me sento na cadeira ali, sentindo meus olhos lagrimejar. Sei que com isso, vai piorar a nossa situação na justiça.

A minha questão com a justiça, na verdade, com o meu irmão, sim, meu irmão, é que ele quer tomar o zoológico de nós, meu e do meu tio. Meu pai faleceu a uns dois anos, deixando tudo isso para mim, mas quem administra tudo é o meu tio.

Apesar se ter feito faculdade de administração, medicina veterinária e uma graduação para ser uma zootécnica, já que esse era o meu objetivo de vida. Nunca quis ficar atrás de uma mesa comandando tudo.

Meu irmão, junto com a minha mãe estão tentando tomar conta disso tudo, mas nenhum dos dois sabem o que é cuidar mesmo de um animal, nenhum dos dois nem mesmo gostão de animais.

E de um ano para cá, eles começaram a correr na justiça, mesmo sabendo que ele deixou no meu nome, mas como ele tem Money, se casou na verdade com alguém que tem e está tentando tomar.

-- Ei? - Abro os olhos e meu tio estava na minha frente. - Fiquei sabendo o que aconteceu. - Suspira.

-- Estamos ferrados. - Damos risada e limpo meu rosto.

-- Precisamos inovar. -- O encaro curiosa.

-- Quer que fazermos o que? Colocar as pessoas dentro da jaula deles? - Fica quieto e arregalo levemente os olhos. - Tio! - Sorrio descrente.

-- O que? - Dá de ombro. - Seu pai fez isso com você. - Dá risada.

-- Meu pai era doido. - Dou risada.

-- Vamos respirar e não pirar. Veremos o que irá acontecer com esse episódio. - Confirmo e me levanto.

Respiro bem fundo e saímos para fora da sala, ele indo para um lado e eu indo para o outro, levanto a comida dos outros que faltam e por último indo para os gorilas, abrindo o portão de ferro e fecho atrás de mim.

Tomando um susto quando me viro e vejo o Fábio na minha frente. Ele se vira e olha na direção da direção que tinha uma caverna que ali estava. Não batia muita luz ali, o que as fêmeas deixam os filhotes ali durante a noite.

Olho em volta, não encontrando o grandão e nem o filhote. Fábio bate no peitoral nervoso e olha novamente naquela direção.

Deixando o balde do meu lado e sigo naquela direção, ouvindo um choro baixo de bebê e fico confusa, até assustada com isso.

🌟.....

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Descobrindo o segredo?

Desculpe a demora gente, tive que dá uma pausa em todas para poder estudar.

Meu gorila Onde histórias criam vida. Descubra agora