Capítulo 15 🦍

994 215 41
                                    

As arvores e casas ficavam para trás rápido, mostrando a velocidade do carro e achava até interessante isso, mas preferia mil vezes está na forma de gorila

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As arvores e casas ficavam para trás rápido, mostrando a velocidade do carro e achava até interessante isso, mas preferia mil vezes está na forma de gorila.

Assim que anoiteceu, Lara arrumou o filhote e para irmos finalmente embora desse lugar barulhento. O filhote estava no meu colo dormindo, o que tive que ficar atrás, já que ela disse que filhotes não podem ficar na frente e poderíamos se parados por conta disso.

O tio dela teve que ficar, pelo que escutei, é sobre o irmão dela e isso estava a deixando triste e nervosa, podia sentir esses cheiros vindo dela.

Ouço ela bocejar cansada, estávamos já umas horas andando na estrada e não paramos para nada, com sua barriga roncando, como ela mesmo diz. Já falei para parar e comer algo, mas ela não quis dizendo que já estávamos chegando.

Como o macho não pode vir, deu algo a ela para a mesma seguir e é isso que estava fazendo. Dizer que sentiria falta daquele lugar, aquela jaula e da casa dela com aquele animal que mais parece um filhote de tigre, estaria mentindo, não vou sentir nem um pingo de falta.

E falando desse animal, sinto seu pelo passar no meu rosto, o que balanço a cabeça querendo o tirar de perto, mas o mesmo mia e me dá uma patada no rosto e solto um grunhido, fazendo o mesmo se afastar e o filhote no meu colo dá risada.

-- Animal idiota! – Resmungo e assim que volto minha atenção para frente, Lara estava me encarando. – Por que trouxe ele? – Pergunto.

-- Para ele não ficar sozinho por muito tempo e também para se despedir do pequeno. – Dá de ombro.

-- Dois que não entende nada. – Ela somente sorri de lado.

-- Não vai aprontar nada, né, Glen? – Me olha desconfiada. – Não sei, não te conheço a não ser por uns meros dias, mas estranhamente, algo me diz que vai aprontar. E seu olhar de quando estou falando isso mostra que estou certa. – Suspira.

-- ..... Não vou fazer nada de estremo. – Dou de ombro.

-- É isso que me deixa nervosa. Somente não .... Não faça algo que me deixe brava. – Pede.

-- Vai ficar. – Sou sincero.

Respirando fundo, ela não fala mais nada e aumenta a velocidade, olhando para o aparelho que estava em sua frente e noto que estávamos chegando.

(....)

-- Se comporte, está bem. Pequenino? Vou sentir muitas saudades sua e um pouco desse ogro que segura você. – Diz com a voz que fina e melosa, sorrindo para o filhote que tenta ir para seu colo. – Cuida dele. – Diz.

-- Não sou.... – Me costa.

-- Estou falando com ele. – Revira os olhos. – Está claro que quem precisa ser cuidado é você. – Sorri de lado.

Reviro os olhos e com a aproximação dela, coloco o filhote no chão que tinha voltado a sua forma animal e sinto seu toque.

-- Fique bem, glen. – Beija meu rosto e vai para se afastar, mas volto a minha forma animal e seguro sua cintura, olhando em seus olhos. – Caramba, até assim é maior que eu. Que injustiça. – Resmunga.

Ela sorri pequeno e tenta se afastar, mas seguro com mais força e abro a boca, mostrando meus grandes dentes e a mesma fica um pouco mais séria.

-- Glen? – Me olha desconfiada e tenta se afastar novamente.

Sem enrola, vou direto para o seu ombro, quase próximo do pescoço e mordo ele, ouvindo o seu grito de dor e fecho os olhos sentindo sua dor, mesmo que tenha tentado não ser bruto ao fazer isso.

Sinto seu corpo ficar mole e assim que me afasto, pego ela que quase caí no chão desmaiada. Respiro fundo ao saber que não teria mais volta e que a mesma ficaria com muita raiva de mim.

Pego ela no colo, me viro para pegar o filhote, mas o mesmo se afasta e me encarava assustado, olhando para a fêmea no meu colo.

-- Vem logo, filhote. – Mando, mas mesmo assim se afasta.

Reviro os olhos e começo a andar sabendo que viria atrás por conta da fêmea. Paro por uns minutos, olho para trás vendo o filhote de tigre, mas volto a andar na direção do meu bando.

Assim que chego, vejo muitos macacos e gorilas brigando, algumas fêmeas com machos e alguns com mais de uma. Minha mãe sendo cercada por um. Coloco com cuidado a minha Lara no chão, solto um rugido alto e bato no peitoral, chamando atenção de todos e parto para cima do que estava tentando tocar a minha mãe.

Bato nele com meus punhos, mordo o pescoço dele com força ouvindo seus gritos de dores e faço o mesmo com o rosto, sentindo sangue em minha boca, mas o solto, não sendo comigo que teria que resolver.

Com ele no chão, olho para todos com raiva, pegando um dos macacos que nunca deixei ficar próximo do meu território e quebro o seu pescoço, encarando seus familiares que fogem quando faço movimento de avançar.

Volto a minha forma humana e jogo o macaco no chão irritado e solto um grunhido, mandando todos ficarem em suas formas humanas.

-- Quem mandou trazerem essas espécies para dentro do meu território? Quem mandou vocês agirem como bem entendem? – Todos ficam quietos. – Eu acho bom que quando voltar da minha cabana, tudo isso esteja em ordem como sempre ficou. Não é só por eu ter ficado longe por um tempo, que qualquer um de vocês mande aqui! Isso é meu, e quero de volta tudo no lugar, AGORA. – Começam a andar.

Me viro para minha mãe, uma negra de cabelos meio grisalhos e lisos. Ela sorri para mim com lagrimas nos olhos e se aproxima, beijando meu rosto e me abraçando, mas se afasta quando sente o cheiro.

-- Que cheiro é esse, filhote? – Pergunta.

-- Achei a minha fêmea, mãe. – Sorrio pequeno.

-- Parabéns, meu filhote. – Me abraça apertado. – Quero conhece-la. – Diz e confirmo.

-- Claro. Mas por amanhã, hoje ela está .... Dormindo. – Falo indo para onde a deixei, mas vejo uma fêmea ali olhando para ela, mas querendo pegar o filhote que se afastava de seu toque. – O que quer? – Se assusta e se encolhe um pouco.

-- Ele é meu, senhor. – Diz e olho para ele que não parecia querer ir. – Não estava o achando, pensei que algum predador tinha o pegado. – Olha para baixo.

-- E estava vivendo como se nada estivesse acontecido? – Arqueio a sobrancelha. – Você deixou ele sozinho, perdeu ele. – Rosno. – Os filhotes são o que temos de mais importante e você consegue o perder? UM, filhote. – Engole em seco. – Se eu souber que você causou algo a mais com ele, mesmo que pequeno, mato você. Para mim você não é mãe!  – Pego a minha fêmea no colo e olho para o filhote. – Até mais. –

Dou as costas para os dois, ouvindo ele soltar os típicos gritos de macaco quando a fêmea lê pega. Não posso simplesmente tomar ele dela, e também ele verá todos os dias a Lara, então não me preocupo em os separar.

Vou na direção da minha cabana, subo as escadas que dá próximo as arvores e entro, levando a mesma para o meu quarto e quando a deito, pego um pano e passo em seu ombro que estava sangrado um pouco, ouvindo seu gemido de dor, mas continua dormindo.

Tenho que ir pelo no alfa da reserva, por não ter ido nas reuniões, com toda a certeza, estão atrás de mim e reviro os olhos só de imaginar aquele macho fazendo muitas perguntas para mim.

E não estou afim de responder nenhuma, somente contarei o que aconteceu por cima e shark deve ter contado também, já que conheceu a Lara e sentiu o meu cheiro nela.

🌟.....

💬 38

Meu gorila Onde histórias criam vida. Descubra agora