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Ando na direção que vi uma movimentação, mas chegando no lugar, não tinha nada e nem ninguém. Estranho por uns minutos, mas logo olho para baixo ao sentir algo bater no meu sapato e sorrio quando vejo uma pequena, píton amarela.
Sorrio de lado e me abaixo devagar, sendo rápida o suficiente para pega-la pela cabeça, prendendo para não ser mordida. Mesmo que ela não seja venenosa, a mordida dói para o cão.
-- O que você está fazendo fora do seu recinto? – Beijo sua cabeça pequena. – Safado! – Sorrio quando mostra a sua linguinha.
Caminho para o recinto dele, que é um grande espaço cercado de vidro, tendo uma pequena árvore e uma roxa como caverna para a mesma. Tem mais três com ela, mas separados, já que cada um com o seu casalzinho.
-- Aí que safadinhos, já estão começando a fazer safadezas? – Olho para as cobras ao lado, tendo o macho encima da fêmea. – Até a vida amorosa de vocês são melhores que a minha. – Faço bico e entro no recinto, colocando a cobra no chão. – Que depressão. – Falo e saio, deixando ele com sua donzela. – Até amanhã. –
Saio de lá e vou para onde fica o lugar dos funcionários, mas observo se tudo estava nos conformes com todos e noto Nala brincando com o pai, esse que estava poucas ideias para ela, somente parado e aguentando a pequena puxando a orelha dele.
Dou risada e passo direto, vendo que do outro lado tem a dos gorilas e um deles vem em meus pensamentos. De um modo estranho, sinto que ele é ....Diferente. não sei dizer ao certo, mas vejo isso.
Ao mesmo tempo que ele se comporta como os outros, ele se comporta deferente. E o seu olhar, aquele olhar, posso até estar ficando louca, mas juro que parece humano. Um humano sério e frio, mas parece.
Outros se submeteriam ao Fábio, já que ele é o dominante daqui, sempre foi assim, mesmo trazendo outros machos bem maiores, eles abaixavam a cabeça, submissão a ele. Mas esse? Não sei explicar.
Fora que o corpo dele é bem diferente também, a pelagem é mais negra, sendo que é comum os gorilas serem mais a coloração varia do preto azulado ao cinza acastanhado, ele é todo preto, até os olhos um negro profundo.
Não sei onde ele foi pego exatamente por aqueles traficantes de animais, mas gostaria muito de ver os animais de lá, para ver se tem outros como ele. Fora que também será uma atração diferente tendo ele.
Mas como ele chegou hoje e deve estar cansado, assim como o filhotinho que veio com ele, pedirei para não deixarem eles serem expostos por enquanto. O que Fábio e seu bando irão amar.
Eles odeiam que fiquei os vigiando, ainda mais homens que querem se achar os machos alfa de algo.
(.....)
Assim que chego em casa, beijo a cabeça do meu gatinho mingau. Ele se esfrega nas minhas pernas e se estica, batendo na minha cintura e passo a mão na sua cabeça. Ele é um Maine coon preto, com heterocromia. Meu pai me deu ele quando completei 17 anos.
Ele é o amor da minha vida.
Deixando ele no sofá, me levanto e vou para o andar de cima, indo direto para o banheiro e tomo o meu banho de princesa, sendo de uns 30 minutos, já que pago conta ainda.
É a vida, meu bem. Quer ser adulta? Bem-vinda. Comece pagando as contas, depois boletos, cartão, sinto até vontade de chorar.
Ao terminar, visto um pijama curto e um pouco apertado, passo o mata gente e um pouquinho de creme, passando por todo o corpo, prendo a minha juba e saio do quarto, tendo o meu guarda costa atrás de mim.
Na cozinha, preparo o meu melhor prato, miojo. Rápido, fácil e gostoso. Preparo rapidamente e me sento para comer, tendo o gato me encarando, me inclino para o lado e vejo o porquê dá encarada.
-- Já entendi. – Me levanto novamente e preparo o que ele tanto queria, colocando para ele comer, que mia e sorrio. – De nada. – Me sento novamente, voltando a comer.
Quando termino, lavo a louça e escovo os dentes, pronta para dormir. Deito na cama e olho para o nada, a imagem daquele gorila vem em meus pensamentos.
Mas ignoro e fecho meus olhos, virando de lado e acabo dormindo rapidamente, já que tenho um sono bem .... Típico pela adormecida.
(....)
Acordo assustada e ofegante, sentindo a minha amiguinha que não vê um pau a anos contrair e úmida. Encaro o lada por um tempo, tentando entender o que deu em mim para sonhar com aquele gorila e um homem que nem o rosto estava conseguindo ver.
Que porra é essa?
Lara? Se toca, amiga. Falo para mim mesma em pensamentos e me levanto, indo direto para o banheiro e tiro aquele pijama suado e entro embaixo do chuveiro assim que abro.
Fecho os meus olhos e juro que posso sentir a mão daquele homem em meu corpo, enquanto beijava o meu pescoço, apertando o meu seio. Sem notar direito o que estava fazendo, aperto meu seio que estava sensível, além que é pelo leite, também pelo tesão estranho que estava sentindo.
Solto um gemido baixo, mas não me contentando, desço minha mão lentamente pelo meu corpo e chego ao meu destino, fazendo uma pequena pressão no meu clitóris, apertando minhas pernas umas nas outras e me repreendo mentalmente, as abrindo novamente e desço mais os dedos, enfiando dois de uma vez na minha boceta.
Jogando minha cabeça para trás, enquanto movimentava rápido e tendo, ir o mais fundo que conseguia, enquanto a imagem do homem sorrindo me assombrava. No banheiro só se ouvia os meus suspiros e a água caindo.
Contraio a boceta e solto um gemido alto quando gozo, sentindo as minhas pernas bambas e me seguro na parede, respirando rápido e forte. Não acredito que me toquei pensando em um homem que não vejo nem o rosto e nunca nem vi.
Ao recuperar a minha respiração, tomo o meu banho normalmente e saio me enrolando na toalha, arregalo os olhos ao sair do banheiro e ver as horas.
-- Puta merda! – Corro para me trocar.
Pego somente um short jeans que é própria do serviço e uma regata branca qualquer, hoje estava bem calor. Prendo o meu cabelo, não querendo lidar com ele agora, passo o mata gente e só.
Perfume incomoda algumas narinas dos animais.
Ao terminar, pego o meu celular e desço as escadas, me sentando no sofá e coloco o meu tênis. Pego uma maçã, coloco a comida do mingau e saio, crendo para o meu carro.
Hoje é dia.
(....)
Quando chego, já vejo algumas movimentações de ônibus escolar. Droga! Me esqueci dos pirralhos estudantes. Saio do meu carro e entro no zoológico. Passando pelos outros e chego onde devo.
-- Atrasada. – Marcos diz batendo o dedo indicador no relógio.
-- Eu sei, eu sei. – Falo e pego, os alimentos dos animais. -- Bem que poderia ajudar a sua funcionaria preferida, né? – Sugiro brincando.
-- Eu não. Não ganho para isso. – Empina o nariz e sorrio.
-- Tem razão. Já está velho, pode quebrar a coluna. – Saio de lá antes que fale algo.
