Capítulo 5 🦍

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Aquele macho desgraçado, a vontade que eu sinto de arrançar sua cabeça é grande

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Aquele macho desgraçado, a vontade que eu sinto de arrançar sua cabeça é grande. A sua sorte foi a fêmea que apareceu, não sei nem dá onde conseguir pular aquele muro liso.

Foi quando voltei e vi o filhote deitado chorando baixo, ao pega-lo no colo, vi que estava um pouco mole e sua respiração baixa, estando com uma alta temperatura. Para ninguém ver, o levei para a caverna, deixando em um ambiente mais gelado possível.

Ouço o portão atrás de mim sendo aberto e sei que a fêmea estra entrando, o que xingo mentalmente, tentando acalmar ele para não notar. Ouço seus passos se aproximando, solto grunhidos ameaçadores na direção dela, mas a mesma continuava vindo.

-- Meu deus! – Ele se aproxima mais e assim que vê o filhote na sua forma humana, arregala os olhos e abre a boca. – Meu ... deus... do céu. -- Se afasta um pouco, querendo sair, mas me aproximo dela e a mando fica batendo no peitoral.  – O que essa criança está fazendo aqui? Como ela apareceu aqui? Cadê aquele filhote? Onde você pegou ele? Meu deus. – Sua respiração estava ofegante.

Droga! Irei ter que confiar nela. Solto um grunhido e volto para a minha forma humana, e se antes ela estava surpresa, agora ela desmaia e a pego rápido para não sair e se machucar.

Bufo e a deixo perto do filhote, vendo ele indo até ela, passando o rosto nela. Me viro vendo os outros gorilas ali, não ligando se me encarando.

Sei que eles não vão machuca-la, muito menos o filhote, mesmo estando na forma humana. Me aproximo do portão, vendo que somente estava encostada e abro, não vendo ninguém ali.

Ando a procura da alguma roupa para mim, andando mais ao fundo, mas nada encontrava e uma das portas que ali tinha, estava trancada. Tento abrir sem fazer barulho, mas perco a paciência e faço força abrindo.

Olho pelos cantos daquela sala e parecia um lugar que eles guardam as coisas, sentindo o cheiro da minha fêmea próxima por ali, procurando e abro o que vinha o cheiro dela.

Tinha somente uma roupa e bolsa aqui. Abro outra e encontro uma roupa masculina e mesmo não gostando, pego me vestindo e volto para o lugar a direção que eu vim. Na entrada, é um grande portão preto e vi um homem ali dormindo, e procuro um modo de saída daqui, mas como com o filhote junto.

Volto para a cela que estava e entro vendo todos ali sentados comendo alguma fruta, ando até onde estava a fêmea e arregalo os olhos quando vejo ele grudado no seio dela mamando.

Sinto o cheiro de leite. Ela tem filhote? Não sinto cheiro, muito menos de macho em seu corpo.

Me aproximo deles e tiro ele que abre os olhos e me encara bravo, resmungando acabando voltando a sua forma animal. Arrumo a roupa dela a vendo se remexer, soltando pequenos sons.

-- Aí, minha cabeça..... – Abre os olhos e olha em volta, se afastando um pouco ao me ver. – Aí. Meu. Deus. – Abre a boca. – Não foi um sonho. – Se levanta se afastando mais.

-- Como saio daqui? – Pergunto me aproximando.

-- Como você entrou aqui, meu bem? – Noto seu tom estranho. – Como esqueço? Vi você virando humano  ..... Que, humano.  – Me encara de cima para baixo. – Não tira o meu foco, negão delicia. – Bufa e olha para baixo, vendo o filhote.

-- Como saio daqui? – Volto a perguntar.

-- O que você é? – Me ignoro.

-- Sou um shifters. Um humano que pode virar animal, no meu caso, gorila.  – Abre a boca surpresa e se aproxima rápido, tocando no meu braço, sentindo o meu gorila se agitar.

-- Tem mais de você? – Sorri, vendo seus olhos brilharem.

-- Tem. – Bate os pés rápidos, batendo as mãos. – Como saio daqui? – Resmunga e faz careta.

-- Por que não me mostrou do primeiro dia? Sabe o que pode acontecer comigo se do nada um dos animais sumir? Ainda mais um filhote. – A encaro.

-- É só abrir o portão. – Arqueio a sobrancelha.

-- Não é só abrir o portão, .... Qual é o seu nome? – O filhote tenta ir para o seu colo.

-- Glon, Fêmea. – Suspiro.

-- Prazer, meu nome é ..... – A corto.

-- Lara. – Falo e abre um grande sorriso.

-- Olha, eu sei que não podem ficara aqui, mas eu tenho que arrumar pelo menos um jeito, primeiro para os tirar. Somente peço alguns dias para ver o que faço. Ou eles podem ir atrás de vocês. – Penso um pouco.

-- Ok. – É o que somente digo.

-- Tenho que saber mais ou menos da onde você veio. –

-- Reserva, lado sul. Alguns humanos vão até lá. – Confirma.

-- Está bem. Você vai ter que tirar essa roupa, irei devolver para seja lá de qual funcionário você pegou. – Sem demora, tiro a roupo e ela me encara de cima a baixo, virando a cara logo depois.

-- Mas não na minha frente, cara.  – Morde os lábios. -- ..... Bem na minha frente... E que frente. -- Virando de costa, mas sinto o seu cheiro de excitação, me deixando ainda mais agitado.

Me afasto um pouco dela para não deixar o gorila me dominar e eu toma-la aqui mesmo. Seu cheiro é forte, estava entrando no seu cio.

-- Tem que me tirar logo daqui. Rápido! Vou começar a ficar agressivo. – Me olha por cima do ombro, mas vira novamente.

-- O que foi? – Me afasto mais.

-- Está entrando no seu cio. – Se vira como tudo. – Vou ficar um pouco agressivo. – Ela sorri.

-- Ué, olha as fêmeas.  Ou você não pode? Mas gorilas não entram especificamente no cio, mas como você é diferente, deve ser isso, né? Mas tem muitas fêmeas ali, nesse quesito, Fábio talvez não ligaria.  – Suspiro.

-- ..... Você .... Você está entrando no cio e isso vai me atrair, me deixando agressivo ao não te ter. – Falo de uma vez.

-- Eu sei, mas ..... Que? – Me encara surpresa.

-- Pessoas como eu, tem fêmeas especificas para nós. Você é a minha. – Abre e fecha a boca.

-- ..... Eu conheço uma amiga ..... Ela ..... Ela está sempre indo para esses lados. Ela tem um recinto, cuida dos animais e os devolve. Podemos fazer isso para te devolver. – Morde os lábios. – Eu .... Eu tenho que ir. – Coloca o filhote no chão, vai para sair, mas seguro o seu braço pequeno, inalando mais daquele cheiro.

-- Não toque em nenhum macho. – Fica incrédula. – Você é minha! É melhor não deixar nenhum macho chegar perto. – Se solta.

-- O Tarzan reverso? Não venha querer mandar em mim. – Sai andando até a porta e sai.

Solto um grunhido e volto para a minha forma animal, vendo o filhote querendo dormir e o pego, colocando em meu ombro e o sinto segurar o meu pelo. Olho na direção que a fêmea foi, não foi como eu pensei, mas também foi algo estranho.

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