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Depois de algumas horas na beira da praia, Jenna esfriou a cabeça e caiu em si.

Ela fez merda, e agora teria que consertar.

Jenna percebeu que dois seguranças a acompanhavam, desde que saiu da casa.

Ela entrou em casa, e viu a Emma deitada no sofá com o novo celular na mão.

- Onde estão as nossas mães? - Jenna perguntou se sentando ao lado da Emma.

- Foram dormir. Sua mãe pediu pra você ir lá no quarto dela quando chegasse.

- Eu vou, mas antes eu preciso te pedir desculpas.

- Tudo bem, tá desculpada. - Emma falou sem olhar nos olhos da Jenna.



Jenna

Emma não quer olhar nos meus olhos, eu sei que ela não vai me perdoar tão facilmente.

- Se me desculpa mesmo, por quê não olha nos meus olhos?

- Porque uma coisa é te desculpar, outra é querer conversar com você depois das merdas que você falou. Não é fácil esquecer.

- Eu sei. - Segurei a mão dela. - Sei que eu acabei agindo de uma forma idiota, mas quero que saiba que eu me arrependi.

- Preciso que você entenda que não sou um brinquedo seu, Jenna. - Finalmente Emma olhou nos meus olhos. - Você acha fala o que quer, depois pede desculpas e acha que tudo vai ficar bem? Essa merda machuca. Suas palavras tem força.

- Eu sei...

- Eu não tenho culpa de terem colocado fogo na sua casa. Não tenho culpa de terem tentado matar a gente.

- Eu sei que não, me desculpa.

- Eu sei que você e sua mãe tem problemas financeiros e a casa era única coisa que vocês tinham de verdade, e que você amavam. Então eu estou me comprometendo, depois que essa merda acabar, vamos construir uma casa nova pra vocês, ou melhor, vamos comprar uma nova toda mobiliada.

- Emma, não precisa. Eu e minha mãe nos viramos.

- Precisa sim. E isso já está decidido.

- E quanto a gente ?

- Preciso pensar...

- Emma, por favor. - Pedi segurando o rosto dela. - Eu gosto de você de verdade, não quero te perder.

- Então pensa antes de falar coisas que machucam. Fora que a minha mãe e a sua viram aquela ceninha ridícula.

- Vou me desculpar com elas amanhã.

- Eu acho bom.

- Prometo que não vou fazer mais aquilo. Eu só estava nervosa e com medo, ainda estou.

- Amanhã minha mãe e eu vamos pintar o cabelo.

- O que? - Estranhei a mudança repentina. - Por que ?

- Precisamos mudar um pouco, e não podemos ser reconhecidas como Emma Myers e Ester Myers.

- Eu gosto de você loira. - Falei abraçando a cintura dela.

- Não me agarra, ainda estou com raiva de você, sua bruta.

- O que eu posso fazer pra você me perdoar ?

- Talvez criar vergonha na cara e me pedir em namoro. - Arregalei os olhos. - Ou melhor, você aceita namorar comigo?

- Você está me pedindo para namorar comigo? - Perguntei dando um sorriso de lado.

- Você é uma frouxa, tenho que fazer isso por você.

- Pois agora você namora uma frouxa. - Falei beijando Emma devagar abraçando a cintura dela. - Aceito namorar com você.

- Agora talvez eu tenha te perdoado. - Emma falou com a boca quase encostada na minha.

Voltamos a nos beijar, Emma veio para cima de mim, se sentou no meu colo, levando as mãos até meus cabelos.

Desci minha mão pra bunda da Emma e apertei puxando mais pra mim.

Parei de beijar a boca dela, e desci para o pescoço, beijando devagar, saboreando. Emma colocou as mãos dentro da minha blusa e arranhou minha barriga.

Meu corpo entrou em alerta geral, as unhas dela passavam lentamente pela minha pele me fazendo arrepiar.

- Tira a blusa. - Emma pediu baixinho.

- Estamos indo rápido demais. - Falei com os olhos fechados.

Senti as mãos da Emma puxando minha blusa para cima, tirando e jogando em algum lugar da sala.

As mãos da Emma voltaram para o meu corpo, apertando minhas costas, sua boca subiu trilhando meu pescoço.

Subi minhas mãos lentamente por dentro da blusa dela, sentindo sua pele quente, quando chegou até os seios, eu apertei sem muita força. Emma se mexeu desconfortável no meu colo, e gemeu baixinho.

- Acho melhor a gente parar, a situação está um pouquinho complicada pra mim. - Falei baixo tirando minhas mãos de dentro da blusa dela.

Emma se afastou lentamente e me olhou com cara de desejo. Ela olhou para baixo, acho que ela percebeu que eu estou excitada. Calça de moletom não disfarça nada.

Emma desceu uma das mãos e segurou meu pênis, ela me olhou procurando alguma reação. Quando percebeu que eu não iria brigar, ela mexeu a mão, fazendo movimentos lentos por cima da calça.

Fechei o olhos tentando não surtar, é a segunda vez que a Emma coloca a mão ali, e já estou quase morrendo.

Emma colocou a mão na barra da minha calça, como se fosse enfiar a mão ali.

- Jenna? - Ouvi a voz da minha mãe e abri os olhos imediatamente.

- Emma? - Agora é a voz da Ester. - São vocês?

Emma saiu do meu colo rápido, e eu coloquei uma almofada.

- Sim, estamos conversando. - Respondi com a voz meio falhada.

Elas desceram as escadas e acenderam a luz.

- Conversando? - Minha mãe perguntou encarando a gente.

- Sim, sua filha me pediu desculpas. - Emma respondeu.

- E por que ela está só de sutiã na sala? - Ester perguntou a Emma.

- É que está muito calor aqui, não deu tempo de me acostumar com o clima. - Falei rápido me levantando. - Eu vou dormir, amanhã temos que acordar cedo.

Sai andando rápido...

- Essa conversa tava muito boa, Natalie. - Dona Ester fala pra minha mãe. - As duas com a boca borrada de batom, as roupas desalinhadas, e você viu o quão animada a Jenna está...

Olhei para baixo, merda, isso ainda está marcando.
Fingi que não escutei e caminhei para o meu quarto.

✌🏽

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